A Complexificação do Conceito de “Prova Científica” em um Contexto de Formação de Professores de Ciências
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci/2025v30n1p138Palabras clave:
problema da demarcação, prova científica, natureza da ciência, história e filosofia da ciência, teoria da atividadeResumen
Discutimos a complexificação do objeto “prova científica” no desenvolvimento das atividades realizadas em uma pesquisa de mestrado no contexto da Licenciatura em Educação do Campo (Ciências da Natureza e Matemática). Para tratar dessa complexificação, apontamos algumas contradições presentes na perspectiva do ensino em e sobre ciências, principalmente nas suas relações com a visão consensual sobre Natureza da Ciência e como essas relações, ao não tratarem a natureza contraditória com a qual se constroem consensos, acaba por reforçar e propagar, na Educação em Ciências, uma tendência consensualista. Essa tendência consensualista pode manifestar-se de diversas formas, sendo uma delas na redução da discussão sobre “prova científica” ao “problema da demarcação”, o que configura um reducionismo apenas à dimensão puramente epistêmica desse problema. Para o desenvolvimento da complexificação do objeto “prova científica”, nos apoiamos na Teoria da Atividade e utilizamos cinco textos sobre a temática que, articulados nas atividades de intervenção no contexto da formação de professores das escolas do campo, permitiram analisar como a dinâmica dessas atividades com licenciandos promoveu essa complexificação, de modo que discutiremos a importância desta na superação da tendência consensualista e no desenvolvimento da Educação em Ciências como ferramenta para o desenvolvimento de possibilidades concretas de emancipação humana.Referencias
Allchin, D. (2017). Beyond the Consensus View: Whole Science. Canadian Journal of Science, Mathematics and Technology Education, 17(1), 18–26. https://doi.org/10.1080/14926156.2016.1271921
Apple, M. W. (2002). Ideology and curriculum. Routledge.
Arthury, L. H. M. (2016). O ensino de Natureza da Ciência na escola por meio de um material didático sobre a gravitação. [Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina]. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/172563
Arthury, L. H. M., & Terrazzan, E. A. (2018). A Natureza da Ciência na escola por meio de um material didático sobre a Gravitação. Revista Brasileira de Ensino de Física, 40(3), e3403. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2017-0233
Auler, D. (2011). Novos caminhos para a educação CTS: ampliando a participação. In W. L. P. Santos, & D. Auler, D. (Orgs.). CTS e educação científica: Desafios, tendências e resultados de pesquisa (pp. 73–97). Editora Universidade de Brasília.
Azeri, S. (2013). Conceptual Cognitive Organs: Toward an Historical-Materialist Theory of Scientific Knowledge. Philosophia, 41(4), 1095–1123. https://doi.org/10.1007/s11406-013-9460-3
Azeri, S. (2017). The historical possibility and necessity of (Ilyenkov’s) anti-innatism. Theory & Psychology, 27(5), 1-20. https://doi.org/10.1177/0959354317714339
Bagdonas, A., Zanetic, J., & Gurgel, I. (2012). Críticas à visão consensual da Natureza da Ciência e a ausência de controvérsias na Educação Científica: o que é ciência, afinal? In: Atas XIV Encontro de Pesquisa em Ensino de Física (pp. 1). Maresias, SP, Brasil.
Bagdonas, A., Zanetic, J., & Gurgel, I. (2014). Controvérsias sobre a natureza da ciência como enfoque curricular para o ensino da física: o ensino de história da cosmologia por meio de um jogo didático. Revista Brasileira de História da Ciência, 7(2), 242-260. https://doi.org/10.53727/rbhc.v7i2.199
Bakhtin, M. (2016). Os gêneros do discurso. Editora 34.
Bakhurst, D. (1991). Consciousness and revolution in soviet philosophy: from the Bolsheviks to Evald Ilyenkov. Cambridge University Press.
Baptista, G. C. S. (2010). Importância da demarcação de saberes no ensino de Ciências para sociedades tradicionais. Ciência & Educação (Bauru), 16(3), 679–694. https://doi.org/10.1590/S1516-73132010000300012
Bazzul , J. (2020). A Educação em Ciências precisa de manifestos. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 37(3), 1020–1040. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2020v37n3p1020
Camillo, J. (2011). Experiências em contexto: A experimentação numa perspectiva sócio-cultural-histórica. [Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências, Instituto de Física, Universidade de São Paulo, São Paulo]. https://doi.org/10.11606/D.81.2011.tde-31052012-104321
Camillo, J. (2015). Contribuições iniciais para uma filosofia da educação em ciências. [Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências, Instituto de Física, Universidade de São Paulo, São Paulo]. https://doi.org/10.11606/T.81.2015.tde-25112015-144311
Camillo, J., & Garcia, J. O. (2021). Bring along the other: dialogue, togetherness, and possibilities in Science Education. Cultural Studies of Science Education, 16, 1097-1104. https://doi.org/10.1007/s11422-021-10025-z
Cofré, H., Núñez, P., Santibáñez, D., Pavez, J. M., Valencia, M., & Vergara, C. (2019). A Critical Review of Students’ and Teachers’ Understandings of Nature of Science. Science & Education 28, 205-248. https://doi.org/10.1007/s11191-019-00051-3
Engeström, Y. (1991). Non scolae sed vitae discimus: Toward overcoming the encapsulation of school learning. Learning and Instruction, 1(3), 243–259. http://doi.org/10.1016/0959-4752(91)90006-T
Engeström, Y. (2001). Expansive Learning at Work: Toward an activity theoretical reconceptualization. Journal of Education and Work, 14(1), 133–156. https://doi.org/10.1080/13639080020028747
Engeström, Y. (2014). Learning by Expanding: An Activity-Theoretical Approach to Developmental Research. Cambridge University Press.
Erduran, S. (2014). Revisiting the Nature of Science in science education: Towards a holistic account of science in science teaching and learning. In: Proceedings of the Frontiers in Mathematics and Science Education Research Conference (pp. 14-25), Famagusta, North Cyprus.
Erduran, S., Dagher, Z. R., & McDonald, C. V. (2019). Contributions of the Family Resemblance Approach to Nature of Science in Science Education. Science & Education 28, 311–328. https://doi.org/10.1007/s11191-019-00052-2
Erduran, S., Kaya, E., & Dagher, Z. R. (2018). From lists in pieces to coherent wholes: Nature of Science, scientific practices, and science teacher education. In J. Yeo, T. W. Teo, & K.-S. Tang (Orgs.). Science Education Research and Practice in Asia-Pacific and Beyond (pp. 3-24). Springer Nature, Singapore. https://doi.org/10.1007/978-94-017-9057-4
Fernández, I., Gil-Pérez, D., Carrascosa, J., Cachapuz, A., & Praia, J. (2002). Visiones deformadas de la ciencia transmitidas por la enseñanza. Ensenãnza de Las Ciências, 20(3), 477-488.
Gandolfi, H. E. (2019). In defence of non-epistemic aspects of nature of science: insights from an intercultural approach to history of science. Cultural Studies of Science Education, 14, 557–567. https://doi.org/10.1007/s11422-018-9879-8
Garcia, J. O. (2020). Discussões sobre ciência na formação de professores: articulações entre Natureza da Ciência e Teoria da Atividade Cultural-Histórica. [Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis]. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216434
Garcia, J. O., & Camillo, J. (2021a). Contribuições para o debate em torno dos aspectos consensuais em Natureza da Ciência a partir da Teoria da Atividade Cultural-Histórica. Alexandria, 14(2), 225-243. https://doi.org/10.5007/1982-5153.2021.e75663
Garcia, J. O., & Camillo, J. (2021b). Ondas gravitacionais em desenvolvimento: reflexões sobre ciência na educação em ciências. Ciência & Educação (Bauru), 27, 1-15. https://doi.org/10.1590/1516-731320210051
García-Carmona, A. (2024). The non-epistemic dimension, at last a key component in mainstream theoretical approaches to teaching the nature of science. Science & Education. https://doi.org/10.1007/s11191-024-00495-2
Gil-Pérez, D., Montoro, I. F., Alís, J. C., Cachapuz, A., & Praia, J. (2001). Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação (Bauru), 7(2), 125-153. https://doi.org/10.1590/S1516-73132001000200001
Guerra, A., Moura, C. B., & Gurgel, I. (2020). Sobre Educação em Ciências, Rupturas e Futuros (Im)possíveis. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 37(3), 1010–1019. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2020v37n3p1010
Guerra, A., & Moura, C. B. (2022). História da Ciência no ensino em uma perspectiva cultural: revisitando alguns princípios a partir de olhares do sul global. Ciência & Educação (Bauru), 28, 1-20. https://doi.org/10.1590/1516-731320220018
Ilyenkov, E. V. (2009). The Ideal in Human Activity. Marxist Internet Archive.
Irzik, G., & Nola, R. (2011). A Family Resemblance Approach to the Nature of Science for Science Education. Science & Education, 20, 591–607. https://doi.org/10.1007/s11191-010-9293-4
Irzik, G., & Nola, R. (2014). New Directions for Nature of Science Research. In M. Matthews (Org.). International Handbook of Research in History, Philosophy and Science Teaching (pp. 999-1021). Springer, Dordrecht. https://doi.org/10.1007/978-94-007-7654-8_30
Kaya, E., & Erduran, S. (2016). From FRA to RFN, or How the Family Resemblance Approach Can Be Transformed for Science Curriculum Analysis on Nature of Science. Science & Education, 25, 1115–1133. https://doi.org/10.1007/s11191-016-9861-3
Kaya, E., Erduran, S., Aksoz, B., & Akgun, S. (2018). Reconceptualised family resemblance approach to nature of science in pre-service science teacher education. International Journal of Science Education, 41, 21-47. https://doi.org/10.1080/09500693.2018.1529447
Kincheloe, J. L., & Tobin, K. (2009). The much exaggerated death of positivism. Cultural Studies of Science Education, 4, 513–528. https://doi.org/10.1007/s11422-009-9178-5
Lago, L. G., Ortega, J. L. N. A., & Mattos, C. R. (2019). A investigação científica-cultural como forma de superar o encapsulamento escolar: uma intervenção com base na Teoria da Atividade para o caso do ensino das fases da lua. Investigações em Ensino de Ciências, 24(1), 239–260. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2019v24n1p239
Lederman, N. G. (1992). Students’ and teachers’ conceptions of the nature of science: A review of the research. Journal of Research in Science Teaching, 29(4), 331–359. https://doi.org/10.1002/tea.3660290404
Martins, A. F. P. (2015). Natureza da Ciência no ensino de ciências: Uma proposta baseada em “temas” e “questões”. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 32(3), 703-737. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2015v32n3p703
Matthews, M. (1995). História, filosofia e ensino de ciências: a tendência atual de reaproximação. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 12(3), 164–214. https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/7084
Matthews, M. R. (2012). Changing the Focus: From Nature of Science (NOS) to Features of Science (FOS). In M. S. Khine (Org.). Advances in Nature of Science Research (pp. 3–26). Springer Netherlands. https://doi.org/10.1007/978-94-007-2457-0_1
Mattos, C. R. (2019). Edital 49/2019 - Concurso para Livre Docência. [Tese de Livre Docência, Instituto de Física, Universidade de São Paulo, São Paulo].
Mazzarella, A,; Schiffer, H., & Guerra, A. (2024). Educação em Ciências para a justiça social: discutindo atores invisibilizados no processo de construção da ciência. Ensaio - Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), 26, e48289. http://dx.doi.org/10.1590/1983-21172022240182
McComas, W. F. (2008). Seeking historical examples to illustrate key aspects of the nature of science. Science & Education, 17, 249–263. https://doi.org/10.1007/s11191-007-9081-y
McComas, W. F., Almazroa, H., & Clough, M. P. (1998). The Nature of Science in Science Education: An Introduction. Science & Education, 7, 511–532. https://doi.org/10.1023/A:1008642510402
Milani, I. G., & Arthury, L. H. M. (2019). A introdução de temas em aulas de física: utilização das concepções prévias nos modelos de mudança conceitual e perfil conceitual. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 36(2), 414–430. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2019v36n2p414
Moura, B. A. (2012). Formação crítico-transformadora de professores de Física: uma proposta a partir da História da Ciência. [Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação]. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-28092012-143219/pt-br.php
Moura, B. A. (2014). O que é natureza da Ciência e qual sua relação com a História e Filosofia da Ciência? Revista Brasileira de História da Ciência, 7(1), 32–46. https://doi.org/10.53727/rbhc.v7i1.237
Pazello, F. P., Camillo, J., & Mattos, C. R. (2011). Por um olhar dialético-complexo sobre o processo de ensino-aprendizagem de Física. Anais do XIII Encontro de Pesquisa em Ensino de Física (pp 1-3). Foz do Iguaçu, PR, Brasil. http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/enf/2011/sys/resumos/T0905-1.pdf
Peduzzi, L. O. Q. (1998). As concepções espontâneas, a solução de problemas e a história e filosofia da ciência em um curso de mecânica. [Tese de Doutorado, Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis]. http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/77998
Peduzzi, L. O. Q., & Raicik, A. C. (2020). Sobre a Natureza da Ciência: asserções comentadas para uma articulação com a história da ciência. Investigações Em Ensino de Ciências, 25(2), 19–55. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n2p19
Roth, W.-M., & Lee, Y.-J. (2007). ‘Vygotsky’s Neglected Legacy’: Cultural-Historical Activity Theory. Review of Educational Research, 77(2), 186–232. http://doi.org/10.3102/0034654306298273
Salem, S. (2012). Perfil, evolução e perspectivas da pesquisa em ensino de física no Brasil. [Tese de Doutorado, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo]. https://doi.org/10.11606/T.81.2012.tde-13082012-110821
Sannino, A. (2022). Transformative agency as warping: How collectives accomplish change amidst uncertainty. Pedagogy, Culture & Society, 30(1), 9–33. https://doi.org/10.1080/14681366.2020.1805493
Sannino, A., & Engeström, Y. (2018). Cultural-historical activity theory: founding insights and new challenges. Cultural-Historical Psychology, 14(3), 43-56. https://doi.org/10.17759/chp.2018140304
Silveira, F. L. (1989). A filosofia de Karl Popper e suas implicações no ensino da ciência. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 6(2), 148–162.
Silveira, F. L. (1996a). A filosofia da ciência de Karl Popper: o racionalismo crítico. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 13(3), 197–218.
Silveira, F. L. (1996b). A metodologia dos programas de pesquisa: a epistemologia de Imre Lakatos. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 13(3), 219–230.
Silveira, F. L., & Peduzzi, L. O. Q. (2006). Três episódios de descoberta científica: da caricatura empirista a uma outra história. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 23(1), 27–55.
Stetsenko, A. (2008). From relational ontology to transformative activist stance on development and learning: Expanding Vygotsky’s (CHAT) project. Cultural Studies of Science Education, 3(2), 471–491. https://doi.org/10.1007/s11422-008-9111-3
Stetsenko, A. (2016). The transformative mind: Expanding Vygotsky’s approach to development and education. Cambridge University Press.
Taber, K. S. (2017). Knowledge, beliefs and pedagogy: how the nature of science should inform the aims of science education (and not just when teaching evolution). Cultural Studies of Science Education, 12, 81-91. https://doi.org/10.1007/s11422-016-9750-8
Valero, R., Júnior, C. S. L., Massi, S., & Gomes, L. M. B. (2022). Análise marxista de elementos da concepção de ciência nos principais filósofos abordados na Educação em Ciências: aspectos ontológicos e epistemológicos. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 39(3), 828–858. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2022.e86571
Wu, J-Y., & Erduran, S. (2024). Investigating Scientists’ Views of the Family Resemblance Approach to Nature of Science in Science Education. Science & Education, 33, 73–102. https://doi.org/10.1007/s11191-021-00313-z
Yacoubian, H. A., & Hansson, L. (Orgs.). (2020). Nature of Science for Social Justice. Springer International Publishing. https://doi.org/10.1007/978-3-030-47260-3
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 João Otavio Garcia, Juliano Camillo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.