OS ESPAÇOS NÃO FORMAIS AMAZÔNICOS COMO POTENCIALIZADORES DE APRENDIZAGEM PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA PERSPECTIVA A PARTIR DA TEORIA FUNDAMENTADA
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2019v24n3p59Palavras-chave:
Espaços Não Formais Amazônicos, Teoria Fundamentada, Percepções de alunosResumo
Em plena Floresta Amazônica, extremamente rica em biodiversidade, alguns Espaços Não Formais (ENF) apresentam-se como locais propícios para aprendizagem, uma vez que naturalmente estimulam a criatividade, a sociabilidade, o emotivo, além de possivelmente contribuírem para a aquisição e retenção do conhecimento. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi de compreender a aprendizagem de Ciências a partir da percepção dos alunos quando visitam esses espaços. Os dados coletados (entrevistas e observações) foram analisados através da Teoria Fundamentada, visando à elaboração de uma teoria explicativa, buscando sempre ouvir as vozes das crianças. Dessa forma percebemos que os estudantes sentem curiosidade em aprender diversos conteúdos abordados nos ENF, além de destacarem que memorizar a imagem dos animais e a aula, de um modo geral, fará com que eles obtenham êxito nas provas. Verificamos também que a aprendizagem afetiva ou apreciativa predominou nas aulas nesses espaços não formais.Referências
Baggio, M. A., & Erdmann, A. L. (2016). Teoria Fundamentada nos dados ou Grounded Theory e o uso na investigação em Enfermagem no Brasil. Revista de Enfermagem, Referência III – 2(3), 177-185. Recuperado de http://www.index-f.com/referencia/2011pdf/33-177.pdf
Borim, D.C.D.E., Melo, W.V., & Siqueira, A. E. (2013). O ensino de ciências em espaços não formais: um estudo sobre a identificação e a utilização de parques naturais da baixada de Jacarepaguá (RJ) por professores de escolas do entorno. 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE. Recuperado de http://www.sbpcnet.org.br/livro/65ra/resumos/resumos/8694.htm
Campos, D. M. S. (2014). Psicologia da aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes.
Charmaz, K.(2009). A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise qualitativa. (2a ed.). Porto Alegre, RS: Artmed.
Creswell, J.W. (1998). Qualitative inquiry and research design: Choosing among five traditions. Thousand Oaks, United States of America: Sage.
Dantas, C. C., Leite, J. L., Lima, S. B. S., & Stipp, M. A. C. (2009). Teoria Fundamentada nos dados – Aspectos conceituais e operacionais: Metodologia possível de ser aplicada na pesquisa em enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 17(4), 01-08. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692009000400021
Deslandes, S.F., Neto, O. C., Gomes, R., & Minayo, M. C. S. (2007). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. (2a. ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Glaser, B.G., & Strauss, A. L. (1965). Awareness of dying. Chicago, United States of America: Aldine.
Glaser, B. (1978). Theoretical sensivity. Mill Valley, United States of America: Sociology Press.
Gomes, O. C., Martins, P. C. S., Silva, J. T., Gomes, S. R., & Fachín-Terán, A. (2014) Possibilidades de ensinar ciências no corredor ecológico do Mindu, Manaus-AM. In Anais do 4º Simpósio em Educação em Ciências na Amazônia. IX Seminário de Ensino de Ciências na Amazônia. Manaus. Recuperado de http://files.ensinodeciencia.webnode.com.br/200001152-aa323ab2b7/2014%20POSSIBILIDADES%20PARA%20ENSINAR%20CIENCIAS.pdf
Gonçalves, N. M. S. (2009). Recursos didáticos de cariz CTS para a educação não-formal em ciências. (Dissertação de mestrado em Educação em Ciências). Departamento de Didática e Tecnologia Educativa, Universidade de Aveiro, Portugal. Recuperado de http://hdl.handle.net/10773/1389
Lorenzetti, L., & Delizoicov, D. (2001). Alfabetização científica no contexto das séries iniciais do ensino fundamental. Ensaio – Pesquisa em educação em ciências. 3(1), 5-15. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/epec/v3n1/1983-2117-epec-3-01-00045.pdf
Maciel, H.M., & Fachín-Terán, A. (2014). O potencial pedagógico dos espaços não formais da cidade de Manaus. Curitiba, PR: Crv.
Mattos, C. L. G., & Castro, P. A. (2015). A entrevista nos estudos sobre o fracasso escolar: silenciando a voz dos alunos e falando sobre eles. In C. L. G. Mattos, L. P. C. Borges, P. A. Castro & T. B. Fagundes, (Orgs.) Pesquisas em Educação: A produção do Núcleo de Etnografia em Educação (NetEDU) (pp. 1-12). Campina Grande, PA. Recuperado de http://www.lapeade.com.br/publicacoes/artigos/E-book%20NetEdu.pdf
Milles, M., & Huberman, M. (1994). Qualitative Data Analysis. Thousand Oaks, United States of America: Sage.
Oliveira, R. I. R. (2011). Utilização de espaços não formais de educação como estratégia para a promoção de aprendizagens significativas sobre evolução biológica. (Dissertação de mestrado em Ensino de Ciências). Faculdade UnB Planaltina, Universidade de Brasília, DF. Recuperado de http://repositorio.unb.br/handle/10482/9324
Oliveira, R. I. R., & Gastal, M. L. A. (2009). Educação formal fora da sala de aula: olhares sobre o ensino de ciências utilizando espaços não formais. In VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências 2009, Florianópolis. Anais eletrônicos... Florianópolis. Recuperado de http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/1674.pdf
Passos, E. F. (2013). As pegadas das crianças nas trilhas do bosque da ciência: Estudo sobre a vivência das crianças na visita a um espaço não formal. (Dissertação de mestrado em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia). Escola Normal Superior, Universidade do Estado do Amazonas, Manaus. Recuperado de http://tede.uea.edu.br/jspui/handle/tede/119
Pinto, L.T., & Figueiredo, V. A. (2010). O ensino de ciências e os espaços não formais de ensino. Um estudo sobre o ensino de ciências no município de Duque de Caxias/RJ. In II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia. Rio de Janeiro, RJ. Recuperado de http://www.sinect.com.br/anais2010/artigos/EC/179.pdf
Reis, T. R., Ghedin, E., & Silva, S. J. R. (2014). O uso de espaços não formais de educação em estratégias didáticas com enfoque CTS. In IV Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia – SINECT. Ponta Grossa, PR. Recuperado de http://www.sinect.com.br/2014/down.php?id=3075&q=1
Rocha, S. C. B. (2008) A escola e os espaços não formais: possibilidades para o ensino de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental. (Dissertação de mestrado em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia). Escola Normal Superior. Universidade do Estado do Amazonas, Manaus. Recuperado de http://www.pos.uea.edu.br/data/area/titulado/download/10-18.pdf
Silva, C. C., & Kalhil, J. D. B. (2017). A aprendizagem de genética à luz da Teoria Fundamentada: um ensaio preliminar. Revista Ciência e Educação, 23(1), 125-140. http://dx.doi.org/10.1590/1516-731320170010008
Silva, C. C., Maciel-Cabral. H. M., & Castro, P. M. (2019). Investigando os obstáculos da aprendizagem de genética básica em alunos do ensino médio. ETD- Educação Temática Digital, 21(3), 718-737. https://doi.org/10.20396/etd.v21i3.8651972
Silva, C. C., & Kalhil, J. D. B. (2019). Análise sistêmica do processo ensino aprendizagem de genética à luz da Teoria Fundamentada. Revista Brasileira de Ensino de Ciências e Tecnologia, 12(1), 347-367. https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/8045
Silva, I. A. (2014) A utilização de espaços não formais de educação na prática pedagógica de professores da educação básica. (Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Ciências Naturais). Faculdade Universidade de Brasília, Planaltina, DF. Recuperado de http://bdm.unb.br/bitstream/10483/9730/1/2014_IvaneideAlvesDaSilva.pdf
Strauss, A., & Corbin, J. (2008). Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. (2 ed.). Porto Alegre, RS: Artmed.
Strauss, A., & Corbin, J. (1990). Basics of qualitative research. (2a ed.). Thousand Lage Daks, United States of America: Lage Publications.
Tarozzi, M. (2011). O que é a grounded theory: metodologia de pesquisa e de teoria fundamentada nos dados. Petrópolis, RJ: Vozes.
Teixeira, H. B., Queiroz, R. M., Almeida, D. P. A., Ghedin, E., & Fachín-Terán, A. (2012). A inteligência naturalista e a educação em espaços não formais: um novo caminho para uma educação científica. Revista Areté, 5(9), 55-66. Recuperado de http://periodicos.uea.edu.br/index.php/arete/article/view/47
Vieira, I. C. G., Silva, J. M. C., & Toledo, P. M. (2005). Estratégias para evitar a perda de biodiversidade na Amazônia. Estudos Avançados, 19(54), 153-164, http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142005000200009
Xavier, D. A. L., & Luz, P. C. S. (2016). Dificuldades enfrentadas pelos professores para realizar atividades de educação ambiental em espaços não formais. Revista Margens Interdisciplinar, 9(12), 290-311. Recuperado de https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistamargens/article/download/3077/3098
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A IENCI é uma revista de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.