REDE DE SENTIDOS NA FORMAÇÃO DOCENTE EM FÍSICA: A TEORIA DA ATIVIDADE COMO REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO

Autores

  • Andréa Borges Umpierre Universidade Federal do Rio Grande - FURG http://orcid.org/0000-0003-2018-3134
  • Jaqueline Ritter Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n3p348

Palavras-chave:

Teoria da Atividade, Formação de Professores, Licenciatura em Física, Rede de Sentidos

Resumo

O presente artigo tem como sujeitos os licenciandos em Física a partir do sexto semestre objetivando acompanhar o movimento de apropriação dos Saberes Docentes após terem concluído as disciplinas de Atividades de Ensino de Física oferecidas pelo curso de Licenciatura em Física. A pesquisa, em sentido mais amplo, está pautada no referencial da Teoria da Atividade (TA) desenvolvida por Leontiev (1978), visando a entender o sentido pessoal norteador dos “motivos” que levam ao desenvolvimento de uma “atividade”, a saber, a Atividade docente. Neste ínterim, o objetivo deste trabalho, consistiu em compreender como se dá o desenvolvimento desse estado de consciência dos licenciandos quando mediado pelos conhecimentos e saberes relativos à humana docência, desenvolvidos nas disciplinas de Atividades de Ensino de Física. A pesquisa parte do seguinte interrogante: após cursarem as quatro disciplinas de Atividades de Ensino de Física (400h), como os licenciandos percebem-se em Atividade docente como resultado desses processos formativos? Entendemos que a Teoria da Atividade (TA) possibilitar-nos-á olhar para os processos mediacionais de internalização dos conceitos e apropriação de saberes docentes desenvolvidos ao longo de um curso de licenciatura. Esses, segundo a Teoria da Atividade, são constitutivos da consciência objetal dos sujeitos, possíveis de serem identificados por meio de rede de Sentidos, que cada licenciando tece no caminho de suas significações, com base no contexto social vivido; Sentido Pessoal, profissional e acadêmico; e, pelo desenvolvimento intelectual que constitui a “atividade coletiva”. Dessa forma, entendemos que a Atividade Humana é um fluxo interno totalmente influenciado pelo meio externo, no entanto, são processos da nossa consciência social, que refratam os significados pessoais de cada indivíduo na relação com seus objetos.

Biografia do Autor

Andréa Borges Umpierre, Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Aluna de doutorado no PPGEC, pela Universidade Federal do Rio Grande. Mestre em Ensino de Ciências pelo Instituto Federal do Rio de Janeiro (2015), Especialista em Educação em Ciências e Tecnologia pela Universidade Federal do Pampa (2009). Graduação em Física Licenciatura pela Universidade Federal do Rio Grande (2003). Tenho 14 anos de experiência na área de docência em Física e pesquisa na área Ensino de Física. Pesquisadora do Projeto em Rede 17683_OBEDUC_2013-2016 (OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO/ Edital 2012/CAPES-INEP- IMPACTO DOS MESTRADOS PROFISSIONAIS EM ENSINO DE CIÊNCIAS NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA/ UFMG-UERJ-CEFET/RJ-IFRJ-UFRGS). Pesquisadora no Grupo de Pesquisa GEQPC / FURG - Grupo de Educação Química na produção curricular - Área de CNT, atuando principalmente no seguinte tema: Formação de professores, práticas de Ensino como a interdisciplinaridade e contextualização, políticas educacionais, conteúdos de física e Teoria da Atividade.

Jaqueline Ritter, Universidade Federal do Rio Grande

Pós-doutorado em Didáctica de las ciencias experimentales en la Universidad Autónioma de Madrid (UAM), Espanha - Apoio Capes processo 88881-3337199/2019/01. Professora Adjunta na Escola de Química e Alimentos (EQA) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), onde atua como professora e coordenadora do curso de Química Licenciatura. Mestrado (2011) e doutorado (2015) em Educação nas Ciências pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ/RS com um período de doutorado Sanduiche na Universidade Autónoma de Madrid (UAM), na Espanha - Apoio Capes PDSE Nº 8940/12-6. Possui graduação em Ciências Plenas - Habilitação em Química - UNIJUÍ/RS (2001) e Especialização em Gestão e Apoio Pedagógico na Escola Básica - Ênfase em Administração e Supervisão Escolar pela Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ/RS (2003). Tem experiência na Educação Básica: Direção e Supervisão Escolar, professora de Ciências e Matemática no Ensino Fundamental e Química no Ensino Médio. Desde 2012, atua na formação de professores de Química, ministra aulas de Educação Química, Estágio supervisionado, Química Geral e Fundamentos de Química. É professora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências PPGEC/FURG - Química da vida e saúde. Desenvolve pesquisa em Educação na área de Formação de Professores e desenvolvimento de Currículo com ênfase na Abordagem histórico-cultural. Coordena o curso de Química Licenciatura (EQA-FURG) e o o Grupo de Pesquisa GEQPC / FURG - Grupo de Educação Química na produção curricular - Área de CNT . Desenvolve ações de ensino, pesquisa e extensão no Programa da capes Residência Pedagógica, também na área de CNT - na FURG

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Publicado

2021-12-30

Como Citar

Umpierre, A. B., & Ritter, J. (2021). REDE DE SENTIDOS NA FORMAÇÃO DOCENTE EM FÍSICA: A TEORIA DA ATIVIDADE COMO REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO. Investigações Em Ensino De Ciências, 26(3), 348–372. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n3p348

Edição

Seção

Artigos