NA TRILHA DO COLTAN: UMA CONTROVÉRSIA CIENTÍFICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO BRASIL EM TORNO DAS ENTRANHAS DOS SMARTPHONES
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2024v29n1p327Palavras-chave:
Smartphone, Coltan, Discurso Digital Escolar relativo à Química, Controvérsia Científica, Narrativa TransmídiaResumo
O uso de telefones inteligentes ou smartphones (em inglês) como recurso didático-pedagógico para o ensino está se tornando cada vez mais presente nos diferentes níveis educacionais. No entanto, há pouca discussão nas escolas sobre este dispositivo tecnológico em si. Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa que, adotando como referencial teórico-metodológico noções da Análise de Discurso em sua vertente iniciada por Pêcheux, visa compreender de que modo um grupo de professores de química em formação inicial, participantes na implementação de uma unidade de ensino estruturada na forma de controvérsia científica ao redor do coltan e desenvolvida com a mediação da Narrativa Transmídia (NT) como recurso didático, produzem Discurso Digital Escolar relativo à Química (DDErQ), analisando os possíveis efeitos dessa mediação nos seus processos formativos. A unidade de ensino implementou-se na sua integridade de maneira virtual ao longo de seis semanas com duas turmas de professores em formação que cursavam disciplinas que compõem a grade curricular da Licenciatura Integrada em Química e Física e da Licenciatura em Química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A coleta de informações foi realizada através de questionários escritos, gravações de áudio e vídeo das oficinas síncronas e das narrativas construídas ao redor da temática selecionada disponibilizadas pelos participantes através de diferentes plataformas tecnológicas. A partir desta experiência, os resultados desvendam cinco condições relevantes para compreender os modos de produção do DDErQ e, com base nas reflexões dos participantes, permitem inferir alguns indícios de relações entre as condições de produção discursiva, a unidade de ensino e a mediação da NT como recurso didático em seus processos de formação inicial. Apontam também para a necessidade de mobilizar novos modos de leitura das tecnologias e do digital em sala de aula. Por fim, as análises sustentam a tese de que tais elementos representam subsídios potenciais no intuito de traçar novos percursos que contribuam à reinterpretação e à ressignificação de suas práticas escolares futuras no contexto de ensino de química.Referências
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