CONTRIBUIÇÃO DE SIGNOS ARTÍSTICOS À SUSTENÇÃO DA ESTRATÉGIA DISCURSIVA DIALÓGICA DE AUTORIDADE EM SALA DE AULA

Autores

  • Osmar Henrique Moura da Silva Departamento de Física Universidade Estadual de Londrina Rod Celso Garcia Cid/ Pr 445 Km 380/ Campus Universitário – Londrina – PR/ Brasil
  • Carlos Eduardo Laburú Departamento de Física Universidade Estadual de Londrina Rod Celso Garcia Cid/ Pr 445 Km 380/ Campus Universitário – Londrina – PR/ Brasil
  • Elisa Barbosa Leite da Freiria Estevão Programa de Pós-graduação em Educação Científica e Matemática Universidade Estadual de Londrina Rod Celso Garcia Cid/ Pr 445 Km 380/ Campus Universitário – Londrina – PR/ Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v21n1p31

Palavras-chave:

função estética, signos artísticos, semiótica, discurso, educação científica

Resumo

O presente estudo parte de uma proposta de abordagem discursiva identificada como dialógico-de autoridade e originalmente elaborada para levantar distintos entendimentos dos estudantes como também estabelecer um processo de negociação consensual entre estudantes e professor, de modo a confluir o pensamento dos estudantes com o conhecimento científico. Dentro dessa proposta de discurso, porém, a literatura tem ressaltado a dificuldade de o educador manter o discurso de tipo dialógico, desequilibrando assim a dinâmica discursiva almejada, ao pender, de forma predominante e por força do hábito, para o discurso de tipo autoridade. Dada essa problemática, o presente estudo propõe uma vinculação da potencialidade dos signos artísticos, em permitir possibilidades de interpretação pela função estética que carregam, num processo educacional sustentado no discurso dialógico-de autoridade em sala de aula por meio da denotação e conotação, envolvendo o tema “conservação ambiental”. Partindo-se do objetivo de investigar o desempenho do emprego desses signos nesse sentido, ao estabelecer uma alternância dos gêneros discursivos mencionados, os resultados alcançados indicam tensões discursivas com interações cognitivamente proveitosas nos estudantes pela participação ativa dos mesmos na construção conjunta do conhecimento referido.

Referências

Aguiar, O. G., & Mortimer, E. F. (2005). Tomada de consciência de conflitos: análise da atividade discursiva em uma aula de ciências. Investigações em Ensino de Ciências. 10(2), 179-207.

Chin, C. (2007). Teacher questioning in science classrooms: Approaches that stimulate productive thinking. Journal of Research in Science Teaching, 44(6), 8–15.

Coelho Netto, J. T. (1980). Semiótica, informação e comunicação: diagrama da teoria do signo. São Paulo: Perspectiva.

Ecocartoon. (2010). 3º Salão Internacional Pátio Brasil de Humor sobre Meio Ambiente - ECOCARTOON. 1ª ed. Brasília: Pátio Brasil Shopping. Recuperado de http://www.cartoonart.eu/Shop/books/catalogo2010.pdf

Epstein, I. (1986). O signo. São Paulo: Ática.

Flôres, O. (2002). A leitura da charge. Canoas: ULBRA.

Exploratorium Institute for Inquiry (2006). Professional Development Tools for Inquiry?Based Science. (Vol. 3) Effective Questioning, San Francisco University.

Hargie, O. D. W. (1978). The importance of teacher questions in the classroom. Educational Researche, 20(2), 99-102.

Joly, M. (2008). Introdução à análise da imagem. Lisboa. Edições 70.

Laburú, C. E., Silva, O. H. M., & Sales, D. R. (2010). Superações conceituais de estudantes do ensino médio em medição a partir de questionamentos de uma situação experimental problemática. Revista Brasileira de Ensino de Física, 32(1), 1402-1 a 1402-15. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/rbef/v32n1/a12v32n1.pdf

Lorencini Jr, A. (2000). O Professor e as perguntas na construção do discurso reflexivo em sala de aula. (Tese de doutorado, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, SP). http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48133/tde-04042014-145646/pt-br.php

Machado, F. V., & Sasseron, L. H. (2012). As perguntas em aulas investigativas de Ciências: a construção teórica de categorias. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 12(2), 29-44. Recuperado de http://revistas.if.usp.br/rbpec/article/view/317/301

Marshall, J. C., & Smart, J. (2013). Interactions between Classroom Discourse, Teacher Questioning, and Student Cognitive Engagement in Middle School Science. Journal Science Teacher Education, 24(2), 249-267. Recuperado de http://link.springer.com/content/pdf/10.1007%2Fs10972-012-9297-9.pdf

Martens, M. L. (2000). Productive questions: Tools for supporting constructivist learning. Science Children. [NCES] National Center for Education Statistics. Highlights from the Third International Mathematics and Science Study-Repeat (TIMSS-R).

Miller JR., G. T. (2007). Ciência Ambiental. São Paulo: Cengage Learning.

Mortimer, E. F., Massacame, T., Tiberghien, A., & Buty, C. (2007). Uma metodologia para caracterizar os gêneros de discurso como tipos de estratégias enunciativas nas aulas de ciências. In Roberto Nardi. (Org.). A pesquisa em ensino de ciências no Brasil: alguns recortes. 1, 53-94, São Paulo: Escrituras.

Mortimer, E. F., & Machado, A. H. (2000). Anomalies and conflicts in classrom Discurse. Science Education, 84, 429-444.

Mortimer, E. F., & Scott, P. (2002). Atividade discursive nas salas de aula de ciências: uma ferramenta sociocultural para analisar e planejar o ensino. Investigações em Ensino de Ciências. 7(3), 283-306. Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID94/v7_n3_a2002.pdf.

Neri de Souza, F. (2009). Questionamento activo na promoção da aprendizagem activa. In VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis, SC. Recuperado de

http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/1303.pdf.

Penick, J.E., Crow, L.W., & Bonnstetter, R.J. (1996). Questions are the answer: A logical questioning strategy for any topic. The Science Teacher, 63, 27-29.

Quino, J. S. L. (2010). Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes.

Santaella, L. & Nöth, W. (2008) Imagem: cognição, semiótica e mídia. São Paulo: Iluminuras.

Silva, O. H. M., & Laburú, C. E. (2013). Um encaminhamento didático fundamentado na formulação de perguntas como auxílio ao processo educacional de medição. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 13(3), 195-213. Recuperado de

Scott, P. H., Mortimer, E. F., & Aguiar, O. G. (2006). The tension between authoritative and dialogic discourse: a fundamental characteristics of meaning making interactions in high science lessons. Science Education, 90(7), 605-631.

Downloads

Publicado

2016-04-30

Como Citar

Silva, O. H. M. da, Laburú, C. E., & Estevão, E. B. L. da F. (2016). CONTRIBUIÇÃO DE SIGNOS ARTÍSTICOS À SUSTENÇÃO DA ESTRATÉGIA DISCURSIVA DIALÓGICA DE AUTORIDADE EM SALA DE AULA. Investigações Em Ensino De Ciências, 21(1), 31–45. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v21n1p31

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2