The missing piece: clitoris and its (sub)representation in science and education
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2024v29n2p365Keywords:
History and Philosophy of Science, Biology Education, Science Education, Feminist Epistemology, Female Reproductive SystemAbstract
The clitoris is still a significantly underrepresented organ in today's society, especially in education. In light of this, the central objective of this work was to propose a didactic sequence that highlights the underrepresentation of the clitoris in science and education. To achieve this, historical and anatomophysiological aspects of the clitoris were systematized through bibliographic research in studies related to the organ. This allowed us to highlight aspects of the nature of science in this context and (re)contextualize aspects of clitoral anatomy and physiology for teaching. Furthermore, the analysis of textbooks and videos that claim to be educational materials made it evident that the (sub)representation of clitoral anatomophysiology and scientific knowledge is a prevalent issue. Based on these findings, we argue that discussing the anatomophysiological and historical aspects of the clitoris can be a means to address the nature of science in science and biology classes. Finally, we proposed a didactic sequence about the clitoris, aimed at Science and Biology teachers.References
Ainsworth, C. (2015). Sex redefined. Nature, 518, 288-291. https://doi.org/10.1038/518288a
Altmann, H. (2009). Educação sexual em uma escola: da reprodução à prevenção. Cadernos de Pesquisa, 39(136), 175-200. https://doi.org/10.1590/S0100-15742009000100009
Ampatzidis, G., Georgakopolou, D., & Kapsi, G. (2019). Clitoris, the unknown: what do postgraduate students of educational sciences know about reproductive physiology and anatomy? Journal of Biological Education, 55(3), 254-263. https://doi.org/10.1080/00219266.2019.1679658
Ampatzidis, G., & Armeni, A. (2022). Human reproduction in greek secondary education textbooks (1870s to Present). (2022). Current Research in Biology Education, 257-268. https://doi.org/10.1007/978-3-030-89480-1_20
Araujo, l. B., & Munchen, C. (2018). Os três momentos pedagógicos como estruturantes de currículos: algumas potencialidades. Alexandria Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 11(1), 51-69. https://doi.org/10.5007/1982-5153.2018v11n1p51
Baskin, L., Shen, J., Sinclair, A., Cao, M., Liu, X., Liu, G., Isaacson, D., Overland, M., Li, Y., & Cunha, G. R. (2018). Development of the human penis and clitoris. Differentiation, 103, 74-85. https://doi.org/10.1016/j.diff.2018.08.001
Bizimana, N. (2010). Another way for lovemaking in Africa: Kunyaza, a traditional sexual technique for triggering female orgasm at heterosexual encounters. Sexologies, 19, 157-162. https://doi.org/10.1016/j.sexol.2009.12.003
Brochmann, N., & Dahl, E. S. (2017). Viva a vagina: tudo que você sempre quis saber. São Paulo, SP: Editora Paralela.
Campbell, B. (1976). Neurophysiology of the clitoris. In T. P. Lowry, & T. S. Lowry The clitoris. [S. l.]: Warren H. Green Inc.
Carvalho, F. A., & Polizel, A. L. (2018). O Escola Sem Partido e o discurso sobre uma suposta “ideologia de gênero”. Inter-Ação, 43(2), 600-614. https://doi.org/10.5216/ia.v43i2.48954
Carvalho, F. A. (2021). Marcando passos, a(r)mando lutas: o(s) feminismo(s) e outras “bio-logias” na compreensão dos gêneros e sexualidades. Revista de Ensino de Biologia, 14(1), 427-452. https://doi.org/10.46667/renbio.v14i1.480
Coelho, L. J., & Campos, L. M. L. (2015). Diversidade sexual e ensino de ciências: buscando sentidos. Ciência & Educação(Bauru), 21(4), 893-910. https://doi.org/10.1590/1516-731320150040007
Di Marino, V., & Lepidi, H. (2014). Anatomic Study of the Clitoris and the Bulbo-Clitoral Organ. Heidelberg, Germany: Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-319-04894-9
Dulci, T. M. S., & Queiroga Júnior, T. M. (2019). “Professores-YouTubers": análise de três canais do YouTube voltados para o ensino de História. Escritas do Tempo, 1(1), 4-29. https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v1.i1.2019.0429
Eisenberg, J. F., McKay, G. M., & Jainudeen, M. R. (1971). Reproductive behavior of the asiatic elephant (Elephas maximus maximus L.). Journal Behavior, 38(3). Recuperado de https://www.jstor.org/stable/4533371?seq=1&cid=pdf-reference#references_tab_contents.
Elliott, K. J. (2003). The hostile vagina: reading vaginal discourse in a school health text. Sex Education, 3(2), 133-144. https://doi.org/10.1080/14681810309041
Fausto-Sterling, A. (2002). Dualismos em duelo. Cadernos Pagu, 17, 9-79. https://doi.org/10.1590/S0104-83332002000100002
Furlani, J. (2007). Sexos, sexualidades e gêneros: monstruosidades no currículo da educação sexual. Educação em Revista, 46, 269-285. https://doi.org/10.1590/S0102-46982007000200011
Gramowski, V. B. (2021). Entre tentativas de tutela e postura autônoma: relações de professores de Ciências com o livro didático. (Tese de doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/227169/PECT0478-T.pdf.
Heerdt, B., & Batista, I. de L. (2016). Questões de gênero e da natureza da ciência na formação docente. Investigações em Ensino de Ciências, 21(2), 30-51. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v21n2p30
Hendges, A. P. B., & Santos, R. A. (2023). Relações entre gênero e Ciência-Tecnologia no ensino de ciências brasileiro: o que dizem as pesquisas? Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 23,1-25. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2023u3155
Hollewand, K. (2022). De complete clitoris: ontdekt, vergeten en genegeerd? Jaarboek nederlandse boekgeschiedenis, 29(1), 179-216. Recuperado de https://doi.org/10.5117/JNB2022.007.HOLL.
Kelling, J. A., Erickson, C. R., Pin, J., & Pin, P. G. (2019). Anatomical dissection of the dorsal nerve of the clitoris. Aesthetic Surgery Journal, 40(5), 541-547. Recuperado de https://academic.oup.com/asj/article/40/5/541/5643525.
Laqueur, T. (2001). Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos à Freud. Rio de Janeiro, RJ: Relume Dumará.
Levin, R. J. (2018). The clitoral activation paradox: claimed outcomes from different methods of its stimulation. Clinical Anatomy, 31(5), 650-660. https://doi.org/10.1002/ca.23192
Levin, R. J. (2019). The clitoris: an appraisal of its reproductive function during the fertile years. Clinical Anatomy, 33, 136-145. https://doi.org/10.1002/ca.23498
Levin, R. J. (2007). The human sexual response: similarities and differences in the anatomy and function of the male and female genitalia: are they a trivial pursuit or a treasure trove? In E. Janssen (Ed.). The Psychophysiology of Sex. Bloomington, United States of America: Indiana University Press. Recuperado de https://iupress.org/9780253348982/the-psychophysiology-of-sex/#generate-pdf
Lowry, T. P. (1976). Some notes on the etymology of the word clitoris. In: Lowry, T. P., & Lowry, T. S. The clitoris. [S. l.]: Warren H. Green Inc.
Lowry, T. P., & Lowry, T. S. (1976). The clitoris. [S. l.]: Warren H. Green Inc.
Mazloomdoost, D., & Pauls, R. N. (2015). A comprehensive review of the clitoris and its role in female sexual function. Sexual Medicine Reviews, 3(4), 245–263. https://doi.org/10.1002/smrj.61
McFarland, L. Z. (1976). Comparative anatomy of the clitoris. In T. P. Lowry, & T. S. Lowry. The clitoris. [S. l.]: Warren H. Green Inc.
MEC (2018). Base Nacional Comum Curricular. Secretaria de Educação Básica do MEC. Brasília, DF: MEC/SEB. Recuperado de http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
MEC (2024). Guia Digital Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD): obras didáticas. Secretaria de Educação Básica. Brasília, DF: MEC/SEB. Recuperado de https://pnld.nees.ufal.br/pnld_2024_objeto1_obras_didaticas/pnld_2024_objeto1_obras_didaticas_codigos_colecao.
Medina, M. N., Braga, M., & Rego, S. C. R. (2015). Ensinar ciências para alunos do século XXI: o uso de vídeo-aulas de ciências da natureza por alunos do ensino médio de uma escola pública federal. In Anais do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. (pp. 1-8). Águas de Lindoia, SP: Abrapec.
Melo, M. E. (2021). Vídeos que se dizem aulas de ciências da natureza no YouTube: construção de instrumento para análise didático-pedagógica. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229078
Melo, M. E., Duso, L. (2022). Utilização de vídeos educativos de biologia no youtube por estudantes do ensino médio. ETD - Educação Temática Digital, 24(1), 71–90. https://doi.org/10.20396/etd.v24i1.8665025
Moura, B. A. (2014). O que é natureza da ciência e qual sua relação com a história e filosofia da ciência?. Revista Brasileira de História da Ciência, 7(1), 32-46. https://doi.org/10.53727/rbhc.v7i1.237
Mourão, I. A. C. F. História genealógica do conceito de homologia: uma análise filomemética. (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://teses.usp.br/teses/disponiveis/38/38131/tde-08032017-112112/publico/DissertacaodeIgorMourao.pdf.
Muenchen, C., & Delizoicov, D. (2014). Os três momentos pedagógicos e o contexto de produção do livro "Física". Ciência & Educação (Bauru), 20(3), 617-638. https://doi.org/10.1590/1516-73132014000300007
O’Connel, H. E., Eizenberg, N., Rahman, M., & Cleeve, J. (2008). The anatomy of the distal vagina: towards unity. The Journal of Sexual Medicine, 5, 1883-1891. https://doi.org/10.1111/j.1743-6109.2008.00875.x
O’Connel, H. E., Hutson, J. M., Anderson, C. R., & Plenter, R. J. (1998). Anatomical relationship between urethra and clitoris. The journal of urology, 159, 1892-1897. https://doi.org/10.1016/S0022-5347(01)63188-4
O’Connel, H. E., Sanjeevan, K. V., & Hutson, J. M. (2005). Anatomy of the clitoris. Journal of urology, 174, 1189-1195. https://doi.org/10.1097/01.ju.0000173639.38898.cd
Peduzzi, L. O. Q., & Raicik, A. C. (2020). Sobre a natureza da ciência: asserções comentadas para uma articulação com a história da ciência. Investigações em Ensino de Ciências, 25(2), 19-55. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n2p19
Pereira, T. T., & Sierra, J. C. (2020). Uma ficção biológico-conservadora: discursos de ódio contra as dissidências sexuais e de gênero e seus impactos na educação. Revista Retratos da Escola, 14(28), 39 56. https://doi.org/10.22420/rde.v14i28.1099
Pérez, D. G., Montoro, I. F., Alís, J. C., Cachapuz, A. ,& Praia J. (2001). Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação (Bauru), 7(2), 125-153. https://doi.org/10.1590/S1516-73132001000200001
Puppo, V. (2011). Anatomy of the clitoris: revision and clarifications about the anatomical terms for the clitoris proposed (without scientific bases) by Helen O’Connell, Emmanuele Jannini, and Odile Buisson. ISRN Obstetrics and Gynecology, 1-5. https://doi.org/10.5402/2011/261464
Ramos, M. C. (2018). Precisamos falar sobre o clitóris na escola: investigando representações de estudantes de graduação em biologia acerca do clitóris. (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188062
Roughgarden, J. (2004). Evolution's rainbow: diversity, gender and sexuality in nature and people. California, United States of America: University of California Press. Recuperado de https://www.ucpress.edu/book/9780520280458/evolutions-rainbow
Schiebinger, L. (2001). O feminismo mudou a ciência? Bauru, SP: Edusc.
Slongo, I. I. P., & Delizoicov, D. (2003). Reprodução humana: abordagem histórica na formação dos professores de Biologia. Contrapontos, 3(3), 435-447. Recuperado de http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/setembro2013/ciencias_artigos/historia_ciencia_reproducao.pdf.
Stromquist, L. (2018). A origem do mundo: uma história cultural da vagina ou a vulva vs. o patriarcado. São Paulo, SP: Quadrinhos na Cia.
Tavares, B., Ramos, M. B., & Mohr, A. (2021). Anne Fausto-Sterling e o espectro de sexo/gênero: contribuições para a educação em ciências e biologia. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, 14(1), 410–426. https://doi.org/10.46667/renbio.v14i1.494
Tavares, B. A biologia que não ousa dizer seu nome: olhares pós-dualistas para pesquisas nos temas gênero e sexualidade na Educação em Ciências. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/240925
Uloko, M. D., Isabey, E. P., & Peters, B. R. (2023). How many nerve fibers innervate the human glans clitoris: a histomorphometric evaluation of the dorsal nerve of the clitoris. The Journal of Sexual Medicine, 20(3), 247-252. https://doi.org/10.1093/jsxmed/qdac027
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Maria Eduarda de Melo Vieira, Matheus D'avila Schmitt, Bruno Tavares
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
IENCI is an Open Access journal, which does not have to pay any charges either for the submission or processing of articles. The journal has adopted the definition of the Budapest Open Access Initiative (BOAI), which states that the users have the right to read, write down, copy, distribute, print, conduct searches and make direct links with the complete texts of the published articles.
The author responsible for the submission represents all the authors of the work and when the article is sent to the journal, guarantees that he has the permission of his/her co-authors to do so. In the same way, he/she provides an assurance that the article does not infringe authors´ rights and that there are no signs of plagiarism in the work. The journal is not responsible for any opinions that are expressed.
All the articles are published with a Creative Commons License Attribution Non-commercial 4.0 International. The authors hold the copyright of their works and must be contacted directly if there is any commercial interest in the use of their works.