A FUNÇÃO DO PROBLEMA: APROXIMAÇÕES ENTRE VYGOTSKY E FREIRE PARA A EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n2p347Palabras clave:
relações Vygotsky-Freire, programas escolares, problematização, ZDPResumen
Alguns estudos na área de Educação em Ciências têm-se apoiado no pensamento de Lev S. Vygotsky para discutir aspectos que envolvem a linguagem, a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) e o processo de formação de conceitos científicos em de sala de aula, em diferentes níveis de ensino. Além disso, há pesquisadores que compartilham da concepção de que a perspectiva marxista fundamenta tanto as ideias de Vygotsky quanto as de Freire, no que concerne ao processo de humanização, e buscam estabelecer relações entre esses autores. Com o intuito de aprofundar essas relações, objetiva-se investigar articulações teóricas entre as ideias de Freire e Vygotsky que possam contribuir na elaboração e desenvolvimento de programas curriculares na Educação em Ciências. Para tal, realizou-se um estudo das principais obras de Vygotsky e Freire utilizadas no ensino de ciências brasileiro por meio da Análise Textual Discursiva. Dentre os resultados, destacam-se as relações teóricas estabelecidas entre Freire e Vygotsky, quais sejam: i) conceitos espontâneos e codificação; ii) conceitos científicos e descodificação e ii) problematização e ZDP. Essas relações se constituem em parâmetros analíticos a serem considerados no planejamento e desenvolvimento de atividades de sala de aula, bem como na organização de programas escolares, em que o ponto de partida sejam situações da vivência dos sujeitos, marcadas por contradições sociais e/ou demandas sociais, e as estruturas conceituais subordinadas à essas situações.Referencias
Aguiar, O.G., & Mortimer, E. F. (2005). Tomada de consciência de conflitos: análise da atividade discursiva em uma aula de Ciências. Investigações em ensino de Ciências, 10(2), 179-207. Recuperada de http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm
Auler, D. (2018). Cuidado! Um cavalo viciado tende a voltar para o mesmo lugar. Curitiba, PR: Appris.
Bachelard, G. (1977). O racionalismo aplicado. Rio de Janeiro, RJ: Zahar.
Barbosa, R. G., & Batista, I. L. (2018). Vygotsky: um Referencial para Analisar a Aprendizagem e a Criatividade no Ensino da Física. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 18(1), 49-67. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec201818149
Bertanha, A., & Silva, A. F. G. (2020). A epistemologia em Freire e sua relação com o currículo da cidade de Sorocaba. Contexto & Educação, 35(111), 29-45. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2020.111.29-45
Bonfim, V. S. (2019). O processo de humanização em atividades didático-pedagógicas de ciências: relações Vygotsky e Freire nos Três Momentos Pedagógicos. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA. Recuperada de http://www.biblioteca.uesc.br/biblioteca/bdtd/201710071D.pdf
Boss, S. L., Souza Filho, M. P., Mianutti, J., & Caluzi, J. J. (2012). Inserção de conceitos e experimentos físicos nos anos iniciais do ensino fundamental: uma análise à luz da teoria de Vigotski. Revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), 14(3), 289-312. https://doi.org/10.1590/1983-21172012140318.
Camillo, J. (2015). Contribuições iniciais para uma filosofia da educação em ciências. (Tese de doutorado). Programa de Pós-graduação Interunidades em Ensino de Ciências: Modalidades Física e Química, Universidade São Paulo, São Paulo, SP. Recuperada de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-25112015-144311/pt-br.php
Centa, F. G., & Muenchen, C. (2016). O Despertar para uma Cultura de Participação no Trabalho com um Tema Gerador. Alexandria: Revista de Educação em Ciências e Tecnologia, 9(1), 263-291. https://doi.org/10.5007/1982-5153.2016v9n1p263
Crepalde, R. S., & Aguiar, O. G. (2016). A formação de conceitos como ascensão do abstrato ao concreto: da energia pensada à energia vivida. Investigações em Ensino de Ciências, 8(2), 299-325. Recuperado de https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/132
Cunha, E. L., & Dickman, A. G. (2018). O estudo da Óptica na modalidade de Educação para Jovens e Adultos (EJA) por meio de uma sequência didática diversificada. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 35 (1), 262-289. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2018v35n1p262
Delizoicov, D. (1991). Conhecimento, Tensões e Transições. (Tese de doutorado). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP: FEUSP. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/75757/82794.pdf
Delizoicov, D.(2002). Problemas e Problematizações. In M. Pietrocola (Org.), Ensino de Física: conteúdo, metodologia e epistemologia em uma concepção integradora (pp. 125- 150). Florianópolis, SC: UFSC.
Delizoicov, D. (2008). La Educación en Ciencias y la Perspectiva de Paulo Freire. Alexandria. Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 1(2), 37-62. Recuperado de http://www.ppgect.ufsc.br/alexandriarevista/numero_2/artigos/demetrio.pdf.
Fleck, L. (1986). La génesis y el desarrollo de un hecho científico. Madrid, España: Alianza Universidad.
Freire, P. (1987). Pedagogia do Oprimido. (17a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Freire, P. (2002). Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Freire, P. (1978). Cartas à Guiné-Bissau. (2a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Freire, P. (1993). Política e Educação: ensaios. (12a ed.). São Paulo, SP: Cortez.
Freire, P. (2007). Ação cultural para a liberdade e outros ensaios. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Freire, P. (2005). Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. (12a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Gehlen, S. T. (2009). A função do problema no processo de ensino aprendizagem de Ciências: Contribuições de Freire e Vygotsky. (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
Gehlen, S. T., & Delizoicov, D. (2012). A dimensão epistemológica da noção de problema na obra de Vygotsky: implicações no ensino de ciências. Investigações em Ensino de Ciências, 17(1) 59-79. Recuperado de: http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID279/v17_n1_a2012.pdf
Gehlen, S.T., Maldaner, O.A. & Delizoicov, D. (2010). Freire e Vygotsky: um diálogo com pesquisas e sua contribuição na educação em ciências. Pro-Posições, 21(1) 129-148. https://doi.org/10.1590/S0103-73072010000100009.
Gehlen, S.T., Schroeder, E., & Delizoicov, D. (2007). A Abordagem histórico-cultural no Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Atas do VI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis, SC. Recuperado de: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/vienpec/CR2/p557.pdf
Góes, M. C. (2001). A construção de conhecimentos e o conceito de zona de desenvolvimento proximal. In E. F. Mortimer & A. L. Smolka (Orgs.). Linguagem, cultura e cognição: reflexões para o ensino e a sala de aula. (pp. 77-88). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Góes, M. C. R. (1997). As relações intersubjetivas na construção de conhecimentos. In M. C. R. Góes & A. L. Smolka (Orgs.). A Significação nos Espaços Educacionais: interação social e subjetivação. São Paulo, SP. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).
Goldmann, L. C. (1974). Ciências Humanas e Filosofia. O que é a sociologia? (4a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil S.A.
Grimes, C., & Schoeder, E. (2015). Os conceitos científicos dos estudantes do Ensino Médio no estudo do tema “origem da vida”. Ciência & Educação (Bauru), 21(4), 959-976. http://dx.doi.org/10.1590/1516-731320150040011
Hippler, E. L.P.R. (2020). A proposta curricular de ciências no município de São Paulo (2019): aproximações e distanciamentos com a concepção educacional freireana. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba, SP.
Kuhn, T. (1975). A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo, SP: Perspectiva.
Laburú, C. E., Zompero, A. F., & Barros, A. A. (2013). Vygotsky e múltiplas representações: leituras convergentes para o ensino de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 30(1), 7-24. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2013v30n1p7
Lambach, M. (2013). Formação permanente de professores de Química da EJA na Perspectiva Dialógico-Problematizadora Freireana. (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Recuperada de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/122825
Lima Júnior, P.; Ostermann, F. & Rezende, F. (2013). Marxism in Vygostkian approaches to cultural studies of Science education. Cultural Studies of Science Education, 9(3), 543-566. https://doi.org/10.1007/s11422-013-9485-8
Maia, R. N. P., Caetano, R. R. S., & Marinho, F. (2016). Aspectos da teoria de Vigotski no processo de medição de grandezas físicas na universidade. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 33(3), 822-838. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2016v33n3p822
Maldaner, O. A. (2007). Situações de Estudo no Ensino Médio: nova compreensão de educação básica. In R. Nardi (Org.). Pesquisa em Ensino de Ciências no Brasil: alguns recortes (pp. 237-253). São Paulo, SP: Escrituras.
Marx, K. (1983). O capital: crítica da economia política. São Paulo, SP: Abril Cultural.
Mendonça, A. R. A. (2016). A aposta da reorientação curricular via Tema Gerador no Projeto Parnamirim Interdisciplinar. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN. Recuperada de https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/24564/1/ArianeRochelleMendonca_DISSERT.pdf
Michels, I. B., & Volpato, G. (2011). Marxismo e fenomenologia nos pensamentos de Paulo Freire. Filosofia e Educação, 3(1), 122-134. https://doi.org/10.20396/rfe.v3i1.8635473
Milli, J. C. L. (2019). A Investigação Temática à luz da Análise Textual Discursiva: em busca da superação do obstáculo praxiológico do silêncio. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA. Recuperada de http://www.biblioteca.uesc.br/biblioteca/bdtd/201710065D.pdf
Miranda, A. C., Jófili, Z. M. S., Leão, A. M. A. C., & Lins, M. (2010). Alfabetização ecológica e formação de conceitos na educação infantil por meio de atividades lúdicas. Investigações em Ensino de Ciências, 15(1), 181-200. Recuperado de: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/320/207
Moraes, R., & Galiazzi, M.C. (2011). Análise Textual Discursiva. Ijuí, RS: Unijuí.
Mortimer, E. F. (2000). Linguagem e formação de conceitos no Ensino de Ciências. Belo Horizonte, MG: UFMG.
Mortimer, E. F., & Scott, P. (2002). Atividade discursiva nas aulas de Ciências: uma ferramenta sociocultural para analisar e planejar o ensino. Investigações em Ensino de Ciências, 7(3), 283-306. Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID94/v7_n3_a2002.pdf
Moura, T. M. M. (2004). A Prática pedagógica dos alfabetizadores de Jovens e Adultos: Contribuições de Freire, Ferreiro e Vygotsky. (2a ed.). Maceió, AL: EDUFAL.
Nicolai, A. (1973). Comportamento econômico e estruturas sociais. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional.
Palinscar, A. S. (1998). Keeping the metaphor of scaffolding fresh: A response to C. Addison Stone’s “The metaphor of scaffolding: Its utility for the field of learning disabilities”. Journal of Learning Disabilities, 31, 370- 373. https://doi.org/10.1177/002221949803100406
Pereira, A. P., & Lima-Júnior, P. (2014). Implicações da perspectiva de Wertsch para a interpretação da teoria de Vygotsky no ensino de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física. 31(3), 518-535. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2014v31n3p518
Pfundt, H. ,& Duit, R. (1994). Bibliography. Students’ Alternative Frameworks and Science Education (4th ed.). Kiel, German: IPN. Institute for Science Education.
Pinto, A.V. (1960). Consciência e Realidade Nacional. Rio de Janeiro, ISEB, 1960, vol. II.
Rodríguez-Arocho, W. (2000). El tema de la conciencia en la psicología de Vygotski y en la pedagogía de Freire: implicaciones para la educa-ción. En X Encuentro Nacional de Educación y Pensamiento. San Juan/Puerto Rico. Recuperado de: http://encuentropensamiento.org/docs/el%20tema%20de%20la%20conferencia%20vygotsky,%20freire.htm
Rodrigues, A., Camillo, J., & Mattos, C. (2014). Quasi-appropriation of dialectical materialism: a criticalreading of Marxism in Vygotskian approaches to culturalstudies in science education. Cultural Studies of Science Education (on line), 9, 583-589. https://doi.org/10.1007/s11422-014-9570-7
Sangiogo, F., Halmenschlager, K. R., Hunsche, S., & Maldaner, O. A. (2013). Pressupostos epistemológicos que balizam a Situação de Estudo: algumas implicações ao processo de ensino e à formação docente. Ciência & Educação Bauru), 19(1), 35-54. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132013000100004
Santos, J. O. (2019). Amaba/projeto reculturarte – o esquecido círculo de cultura da Aracaju dos anos 1980 e 1990. In P.R. Padilha & J. Abreu (Orgs.). Paulo Freire em tempos de Fake News [livro eletrônico]: artigos e projetos de intervenção produzidos durante o curso da EaD Freiriana do Instituto Paulo Freire. (pp.150-156). São Paulo, SP: Instituto Paulo Freire.
Saul, A. M. (2012). O pensamento de Paulo Freire na Educação Brasileira: análise de sistemas de ensino a partir de 1990. Currículo sem Fronteiras, 12(3), 37-56. Recuperado de: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol12iss3articles/saul.pdf
Silva, A. F. G. (2004). A construção do currículo na perspectiva popular crítica: das falas significativas às práticas contextualizadas. (Tese de Doutorado). Programa de Pós-graduação em Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP. Recuperada de https://tede2.pucsp.br/handle/handle/22098
Schaffer, R. H. (2002). Episódios de envolvimento conjunto como contexto para o desenvolvimento. In: H. Daniels, (Org.). Uma introdução a Vygotsky. (Trad. Marcos Bagno). São Paulo, SP: Loyola.
Sodré, F. (2017). Uma proposta de levantamento de Perfil Conceitual Complexo de Tempo. (Tese de doutorado em Ensino de Ciências: Modalidades Física e Química, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Recuperada de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-10072018-134104/pt-br.php
Solino, A. P. (2017). Potenciais Problemas Significadores em aulas investigativas: contribuições da perspectiva histórico-cultural. (Tese de doutorado). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Recuperada de https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14072017-171353/pt-br.php
Solino, A. P., & Sasseron, L. H. (2018). Investigando a significação de problemas em sequências de ensino investigativa. Investigações em Ensino de Ciências, 23(2), 104-129. http://dx.doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2018v23n2p104
Vygotsky, L. S. (2005). Pensamento e Linguagem. (3a ed. Trad. Jefferson Luiz Camargo). São Paulo, SP: Martins Fontes.
Vygotsky, L. S. (2001). A Construção do Pensamento e da Linguagem. (Trad. Paulo Paulo Bezerra). São Paulo, SP: Martins Fontes.
Vygotsky, L. S. (1998). A Formação Social da Mente. (6a ed.). São Paulo, SP: Martins Fontes.
Vygotsky, L. S. (1982). Incluye Pensamento y Lenguaje: Conferencias sobre Psicología. Obras Escogidas II. Coleción Aprendizaje. (Trad. José María Bravo). Madrid, España: Visor.
Vande Der Verr, R. & Valsiner, J. (1996). Vygotsky: uma síntese. (Trad. Cecília C. Bartalotti). São Paulo, SP: Loyola.
Wenzel, J. S., & Maldaner, O. A. (2016). A prática da escrita e da reescrita orientada no processo de significação conceitual em aulas de química. Revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), 18(2),129-146. http://dx.doi.org/10.1590/1983-21172016180206
Zanella, A. V. (2001). Vygotski: contexto, contribuições à psicologia e o conceito de zona de desenvolvimento proximal. Itajaí, SC: UNIVALI.
Wertsch, J. V. (1998). Vygotsky y la formación social de la mente. Barcelona, España: Paidós.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.