REPRESENTAÇÕES NÃO LINGUÍSTICAS E JOGOS COOPERATIVOS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA BIOLOGIA CELULAR

Autores

  • Gabriel Mathias Carneiro Leão Instituto Federal do Paraná
  • André Andrian Padial Universidade Federal do Paraná
  • Marco Antonio Ferreira Randi Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2018v23n2p406

Palavras-chave:

Estratégias de ensino e aprendizagem, Aulas expositivas, Jogos cooperativos, Representações não linguísticas, Ensino da Biologia Celular

Resumo

Enquanto as aulas expositivas têm assegurado seu lugar de destaque nas práticas docentes, metodologias diferenciadas são utilizadas de maneira tímida em sala de aula. Representações não linguísticas e jogos cooperativos são alternativas que podem promover o protagonismo e a participação ativa dos estudantes, facilitando o processo de ensino e aprendizagem. Para avaliar o potencial didático dessas estratégias, aulas de Biologia Celular foram desenvolvidas com estudantes do 1º ano do ensino médio em escolas públicas no Paraná. As turmas foram organizadas em grupos que participaram de aulas expositivas, onde os professores utilizaram a exposição oral ilustrada como metodologia de ensino; representações não linguísticas (RNL), que envolveu a construção de modelo tridimensional e a confecção de um cartaz bidimensional; ou aprendizagem cooperativa, realizada através de aventuras de Role-Playing Game (RPG). Os estudantes foram avaliados antes das aulas, e em curto e médio prazos posterior às aulas. Nas avaliações por questões e por mapas conceituais, os melhores resultados foram alcançados pelos estudantes que participaram dos grupos das RNL e RPG, indicando um aprendizado mais efetivo e significativo. Além dos resultados positivos em relação à performance em curto e em médio prazo, as metodologias diferenciadas tiveram boa aceitação por parte dos estudantes e professores.

Referências

Acco, T. (2016). Como ingressar no CEP. Recuperado de http://www.cep.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=167

Amabis, J. M., & Martho, G. R. (2010). Biologia. São Paulo, SP: Moderna.

Armbruster, P., Patel, M., Johnson, E., & Weiss, M. (2009). Active learning and student-centered pedagogy improve student attitudes and performance in introductory biology. CBE—Life Sciences Education, 8(3), 203–213. DOI: 10.1187/cbe.09-03-0025

Bacich, L., & Moran, J. (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre, RS: Penso.

Beijaard, D., Verloop, N., & Vermunt, J. D. (2000). Teachers’ perceptions of professional identity: an exploratory study from a personal knowledge perspective. Teaching and Teacher Education, 16(7), 749–764. DOI: 10.1016/S0742-051X(00)00023-8

Bossolan, N. R. S., da Silva, A. R., & Beltramini, L. M. (2010). Continuing education in structural biology for science teachers. Procedia - Social and Behavioral Sciences, 2(2), 3145–3149. DOI: 10.1016/j.sbspro.2010.03.479

Brandão, C. R. (2003). O que é educação. São Paulo, SP: Editora Brasiliense.

Buzbee, L. (2014). Blackboard: A Personal History of the Classroom. Education. Minneapolis, Minnesota: Gray Wolf Press.

Carlan, F. de A., Sepel, L. M. N., & Loreto, E. L. S. (2014). Teaching cell biology in primary schools. Education Research International, 2014, 1–5. DOI: 10.1155/2014/272475

Catani, A., Carvalho, E. G., dos Santos, F. S., Aguilar, J. B. V., & Campos, S. H. de A. (2013). Ser protagonista: Biologia. São Paulo, SP: Edições SM.

Confortin, R., & Caimi, F. E. (2017). Constituição e Mobilização de Saberes Docentes: Perscrutando Práticas de Professores de Biologia no Ensino Médio. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 17(1), 157–181. DOI: 10.28976/1984-2686rbpec2017171157.

Demo, P. (2005). A educação do futuro e o futuro da educação. Campinas, SP: Autores Associados.

DeNeve, K. M., & Heppner, M. J. (1997). Role Play Simulations: The Assessment of an Active Learning Technique and Comparisons with Traditional Lectures. Innovative Higher Education, 21(3), 231–246. DOI: 10.1007/BF01243718

Depresbiteres, L., & Tavares, M. R. (2009). Diversificar é preciso...: instrumentos e técnicas de avaliação de aprendizagem. São Paulo, SP: Editora Senac.

DiCarlo, S. E. (2006). Cell biology should be taught as science is practised. Nature Reviews. Molecular Cell Biology, 7(4), 287–290. DOI: 10.1038/nrm1856.

Ferreira, L. B. M., Guimarães, Z. F. S., Guimarães, E. M., & Franco, L. S. (2013). O papel dos modelos na formação de licenciandos em ciências biológicas: uma investigação do tipo professor-pesquisador. In Anais do VI Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências, 1, 1–12. Recuperado de http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/vienpec/CR2/p853.pdf

Frankel, F. (2004). The power of the “pretty picture”. Nature Materials, 3(7), 417–419. DOI: 10.1038/nmat1166

Freeman, S., Eddy, S. L., McDonough, M., Smith, M. K., Okoroafor, N., Jordt, H., & Wenderoth, M. P. (2014). Active learning increases student performance in science, engineering, and mathematics. Proceedings of the National Academy of Sciences, 111(23), 8410–8415. DOI: 10.1073/pnas.1319030111

Freire, P. (2006). A importância do Ato de Ler: três artigos que se completam. São Paulo, SP: Cortez.

Gygax, G., & Arneson, D. (1974). Dungeons & Dragons. Rio de Janeiro, RJ: Devir.

Hande, S. & Hande, M. (2009). A handy interactive class for teaching introductory cell biology. Journal of Effective Teaching, 9(1), 48–53. Recuperado de https://eric.ed.gov/?id=EJ1092200

Hijzen, D., Boekaerts, M., & Vedder, P. (2007). Exploring the links between students’ engagement in cooperative learning, their goal preferences and appraisals of instructional conditions in the classroom? Learning and Instruction, 17(6), 673–687. DOI: 10.1016/j.learninstruc.2007.09.020

Hoss, M., & ten Caten, C. S. (2010). Processo de Validação Interna de um Questionário em uma Survey Research Sobre ISO 9001:2000. Produto & Produção, 11(2), 104–119. DOI: 10.22456/1983-8026.7240

Huizinga, J. (2005). Homo Ludens. São Paulo, SP: Perspectiva.

IFPR. (2015). Edital IFPR nº 21/2015. Processo Seletivo IFPR 2016 para ingresso nos Cursos Técnicos de Nível Médio. Recuperado de http://reitoria.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2014/10/Edital_21_2015_MEDIO.pdf

Iwasa, J. H. (2010). Animating the model figure. Trends in Cell Biology, 20(12), 699–704. DOI: 10.1016/j.tcb.2010.08.005

Laburú, C. E., Arruda, S. de M., & Nardi, R. (2003). Pluralismo Metodológico no Ensino de Ciências. Ciência & Educação, 9(2), 247–260.

LeClair, E. E. (2003). Alphatome-Enhancing Spatial Reasoning. Journal of College Science Teaching, 33(1), 26–31. Recuperado de http://www.nsta.org/publications/news/story.aspx?id=48459

Libâneo, J. C. (2013). Didática. São Paulo, SP: Cortez.

Linhares, S., & Gewandsznadjer, F. (2014). Biologia Hoje. São Paulo, SP: Ática.

Lira, B. C. (2016). Práticas pedagógicas para o século XXI: A sociointeração digital e o humanismo ético. Petrópolis, RJ: Editora Vozes.

Lopes, S., & Rosso, S. (2013). Bio. São Paulo: Saraiva.

Lord, T. R. (1990). Enhancing Learning in the Life Sciences through Spatial Perception. Innovaitive Higher Education, 15(1), 5–16. DOI: 10.1007/BF00889733

Luckesi, C. C. (2011). Filosofia da Educação. São Paulo, SP: Cortez Editora.

Martini, M. (2015). El uso de modelos. Para Educar. Ministério de Educación de la Nacíon Argentina.

Marzano, R. J., Pickering, D. J., & Pollock, J. E. (2008). O ensino que funciona: estratégias baseadas em evidências para melhorar o desempenho dos alunos. Porto Alegre, RS: Artmed.

Mendonça, V. L. (2013). Biologia. São Paulo, SP: AJS.

Ministério da Educação. (2008). Lei nº 11.892 de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm

Novak, J. D. (2003). The promise of new ideas and new technology for improving teaching and learning. Cell Biology Education, 2(2), 122–132. DOI: 10.1187/cbe.02-11-0059

Osório, N. S., Rodrigues, F., Garcia, E. A., & Costa, M. J. (2013). Drawings as snapshots of student cellular anatomy understanding. Medical Education, 47(11), 1120–1121. DOI: 10.1111/medu.12320

Pavão, A. (2000). A aventura da Leitura e da Escrita entre Mestres de Roleplayng Game (RPG). Rio de Janeiro, RJ: Devir.

Randi, M. A. F. (2011). Criação, aplicação e avaliação de aulas com jogos cooperativos do tipo RPG para o ensino de biologia celular (Tese de Doutorado). Universidade Estadual de Campinas, São Paulo.

Rocha, C. E. dos S., & Spohr, C. B. (2016). O uso de mapas conceituais como instrumento didático para identificar indícios de aprendizagem significativa em diferentes níveis de ensino. Investigações em Ensino de Ciências, 21(3), 23–52. DOI: 10.22600/1518-8795.ienci2016v21n3p23

Rodrigues, S. (2004). Roleplayng Game e a Pedagogia da Imaginação no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil.

Saviani, D. (1991). Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo, SP: Cortez: Autores Associados.

SEED, S. D. E. D. E. Instrução Conjunta nº 001/2014 - SEED/SUED/-SUDE. (2014). Orienta a Matrícula nas Instituições de Ensino da Rede Estadual, Escolas de Educação Especial e Escolas Conveniadas para o ano letivo de 2015. Recuperado de http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2014%20sued%20seed/instrucaoconjunta0012014seedsued.pdf

StatSoft Inc. (2011). STATISTICA (data analysis software system), version 10. Tulsa. Retrieved from www.statsoft.com.

Tang, Y.-Y. (2017). Brain-Based Learning and Education. Principles and Practice. Brain-Based Learning and Education. Lubbock, Texas: Academic Press. DOI: 10.1016/B978-0-12-810508-5.00009-2

Tanner, K., & Allen, D. (2004). Approaches to Biology Teaching and Learning: Learning Styles and the Problem of Instructional Selection--Engaging All Students in Science Courses. Cell Biology Education, 3(4), 197–201. DOI: 10.1187/cbe.04-07-0050

Tanner, K., Chatman, L. S., & Allen, D. (2003). Approaches to cell biology teaching: cooperative learning in the science classroom - beyond students working in groups. Cell Biology Education, 2(1), 1–5. DOI: 10.1187/cbe.03-03-0010

Tharayil, S., Borrego, M., Prince, M., Nguyen, K. A., Shekhar, P., Finelli, C. J., & Waters, C. (2018). Strategies to mitigate student resistance to active learning. International Journal of STEM Education, 5(1), 7. DOI: 10.1186/s40594-018-0102-y

Tondeur, J., Hermans, R., van Braak, J., & Valcke, M. (2008). Exploring the link between teachers’ educational belief profiles and different types of computer use in the classroom. Computers in Human Behavior, 24(6), 2541–2553. DOI: 10.1016/j.chb.2008.02.020h

Veiga, I. P. A., Amaral, A. L., Dalben, A. I. L. F., Sá Carneiro, C. C. B., Romanowski, J. P., Araujo, J. C. S., Martins, P. L. O. (2013). Novas tramas para as técnicas de ensino e estudo. Campinas, SP: Papirus.

Veiga, I. P. A., Amaral, A. L., Dolben, Â. I. L. de F., Araújo, J. C. S., Behrens, M. A., Damis, O. T., & Guimarães, S. (2012). Técnicas de ensino: Novos tempos, novas configurações. Campinas, SP: Papirus Editora.

Veiga, I. P. A., Lopes, A. O., Filho, A. F., Azambuja, J. Q. de, Araujo, J. C. S., Castanho, M. E. L. M., … Feltran, R. C. de S. (2011). Técnicas de ensino: por que não?. Campinas, SP: Papirus Editora.

Veselinovska, S. S., Gudeva, L. K., & Djokic, M. (2011). Applying appropriates methods for teaching cell biology. Procedia - Social and Behavioral Sciences, 15, 2837–2842. DOI: 10.1016/j.sbspro.2011.04.199

Yeong, F. M. (2013). Incorporating mind-maps in cell biology lectures – a reflection on the advantages and potential drawback. Procedia - Social and Behavioral Sciences, 103, 485–491. DOI: 10.1016/j.sbspro.2013.10.364

Downloads

Publicado

2018-08-30

Como Citar

Leão, G. M. C., Padial, A. A., & Randi, M. A. F. (2018). REPRESENTAÇÕES NÃO LINGUÍSTICAS E JOGOS COOPERATIVOS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA BIOLOGIA CELULAR. Investigações Em Ensino De Ciências, 23(2), 406–423. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2018v23n2p406

Edição

Seção

Artigos