"DESCOBRINDO O AMBIENTE": DISCURSO E JOGO DE SENTIDOS EM LIVROS DIDÁTICOS PARA ENSINO DE CIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v21n1p01Palabras clave:
ciência ambiental, livros didáticos, discurso pedagógicoResumen
Este artigo mostra a análise de enunciados que versam sobre meio ambiente, tal como aparecem em dois volumes da série de livros didáticos, intitulada “ciências: descobrindo o ambiente”. O objetivo é mostrar de que modo aparecem efeitos discursivos por meio dos quais a circulação dos “saberes ambientais” é cooptada por mecanismos ideológicos dominantes. Ao tomar como ponto de partida a noção de discurso da Análise de Discurso francesa (AD) foram analisados dois livros didáticos veiculados pelo Programa Nacional do Livro Didático de modo que apontamos haver um mecanismo discursivo que sustenta efeitos de sentido baseados em asserções de absoluta igualdade nos usos do discurso “ambiental”.Citas
Assolini, F. E. P. (1999). Pedagogia da leitura parafrástica. (Dissertação de mestrado). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP.
Authier-Revuz, J. (1998). Palavras incertas: as não coincidências do dizer. Campinas: Unicamp.
Chetouani, L. (2009). Le discours de controverse scientifique sur l’effet de serre : quelle compétence langagière par/pour l’EEDD ? in Romero, C. Les discours écologistes. Colloque international: Paris.
Coracini, M. J. (1999). O livro didático nos discursos da lingüística aplicada e da sala de aula. In M.J. Coracini (Org.). Interpretação, autoria e legitimação do livro didático: língua materna e língua estrangeira. (pp. 17-26). Campinas: Pontes.
Faria, A. (1985). Ideologia no livro didático. São Paulo: Cortez.
Garric, N., & Mariscal, V. (2009). L’argument écologique dans les livres-programmes électoraux. In C. Romero. Les discours écologistes. Colloque international: Paris.
Ginzburg, C. (1989). Mitos, emblemas e sinais: morfologia e História. São Paulo: Cia das Letras.
Grigoletto, M. (1999). Leitura e funcionamento discursivo do livro didático. In Coracina, M. J.. (Org.). Interpretação, autoria e legitimação do livro didático: língua materna e língua estrangeira. (pp. 67-77) Campinas: Pontes.
Henry, P. A. (1992). Ferramenta imperfeita: língua, História e discurso. Campinas: UNICAMP.
Hofling, E. M. (2000). Notas para discussão quanto à implementação de programas de governo: em foco o Programa Nacional do Livro Didático. Educação & Sociedade, 21(70), 159-170. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302000000100009
Marpica, N. S. , & Logarezzi, A. J. M. (2010). Um panorama das pesquisas sobre livro didático e educação ambiental. Ciência & Educação.16(1), 115-130.
Maziere, F. (2009). Análise de Discurso. São Paulo: Parábola.
Megid Neto, J., & Fracalanza, H. (2003). O livro didático de ciências: problemas e soluções. Ciência & Educação, 9(2), 147-157. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132003000200001
Oliveira, N. R. (2008a). Descobrindo o ambiente (2o.ano, 3a ed.) São Paulo, SP: Atual. 2008a. PNLD/FNDE.
Oliveira, N. R. (2008b). Descobrindo o ambiente (3o.ano, 3a ed.) São Paulo, SP: Atual. 2008b. PNLD/FNDE.
Orlandi, E. P. (1987). A linguagem e seu funcionamento. Campinas: Pontes.
Orlandi, E. P. (1996). Discurso, fato, dado, exterioridade. In Castro, M.P.F. O método e o dado nos estudos da linguagem. Campinas: Unicamp.
Orlandi, E. P. (2001). Interpretação: leitura, autoria e efeitos do trabalho simbólico. Petrópolis, RJ: Vozes.
Pêcheux, M. (1993). Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: UNICAMP.
Pêcheux, M. (1997). Ler o arquivo hoje. In E.P. Orlandi (Org.). Gestos de Leitura: da História no discurso. (pp. 55-67). Campinas: UNICAMP.
Pêcheux, M., & Fuchs, C. (1997). A propósito da Análise Automática do discurso: atualização e perspectivas (1975). In F. Gadet & T. Hak (Org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. (pp. 163-235). Campinas: UNICAMP.
Ramos, R. (2009). Apports pour La caractérisation de la rhétorique « verte » dans la presse généraliste portugaise. In C. Romero. Les discours écologistes. Colloque international: Paris.
Serrani, S. M. (1997). Um método para estudar a discursividade na abordagem de questões socioculturais. In S. M. Serrani. A linguagem na pesquisa sociocultural: um estudo da repetição na discursividade. (pp. 53-71). Campinas: UNICAMP.
Souza, D. M. (1999a). Autoridade, autoria e livro didático. In M. J. Coracini. (Org.). Interpretação, autoria e legitimação do livro didático: língua materna e língua estrangeira. (pp. 27-31). Campinas: Pontes.
Souza, D. M. (1999b). Ideal de escrita e livro didático. In M. J. Coracini. (Org.). Interpretação, autoria e legitimação do livro didático: língua materna e língua estrangeira. (pp. 135-138). Campinas: Pontes.
Tfouni, L. V. (2006). Adultos não-alfabetizados em uma sociedade letrada. São Paulo: Cortez.
Tfouni, L. V., & Tfouni, F.E.V. (2007). “Entra burro, sai ladrão” – o imaginário sobre a escola materializado nos genéricos. Linguagem em (dis)curso – Lem(d), Tubarão, 7(2), 293-311.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.