O ESPAÇO NÃO FORMAL E O ENSINO DE CIÊNCIAS: UM ESTUDO DE CASO NO CENTRO DE CIÊNCIAS E PLANETÁRIO DO PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2019v24n3p345Palabras clave:
Ensino de Ciências, Educação Científica, Espaço Não FormalResumen
A todo o momento, outras formas de se fazer e pensar o ensino batem às portas das escolas e convidam para repensar a relação desta com a comunidade. Os espaços não formais de educação, cada vez mais, vêm constituindo um campo de investigação na área do ensino de ciências. Os Museus de Ciências tornam-se espaços atrativos para o público em geral e em especial ao escolar, onde professores buscam outras maneiras de ensinar e de potencializar a aprendizagem na educação básica. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho foi o de analisar como ocorre o ensino de ciências no Centro de Ciências e Planetário do Estado do Pará (CCPP). O trabalho tem uma abordagem de cunho qualitativo, utilizando como estratégia o estudo de caso (único e holístico), e para a descrição e análise dos dados utilizou-se a Análise Textual Discursiva (ATD). Os sujeitos da pesquisa são graduandos de licenciatura (biologia, física e química) que atuam como monitores no CCPP. A partir dos dados obtidos observa-se que a divisão entre ensino de ciências formal/não formal/ informal é uma linha tênue, permeável, que permite que características transpassem as definições herméticas da literatura da área. Constatou-se que ocorrem diversas características formais/informais no ensino de ciências não formal. O ensino de ciências híbrido aflora na pesquisa como possibilidade de mistura de espaços, de públicos, metodologias e objetivos. Considera-se com a discussão que o campo do ensino de ciências não formal vem se constituindo como área de investigação expoente e de encontro inevitável para as escolas, universidades e para a sociedade como um todo.Citas
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