UMA REFLEXÃO SOBRE O USO DE ANALOGIAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS E O DESDOBRAMENTO MULTIMODAL DA REALIDADE: O EXEMPLO DE TÓPICOS DA TEORIA DA EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n2p80Palabras clave:
Analogia de Ensino, Analogia Modal, Dooyeweerd, EvoluçãoResumen
As analogias são uma fonte heurística de pensamento para compreensão ou transição de ideias para a formação dos conceitos científicos, sendo muito utilizadas por cientistas e no cotidiano. Neste ensaio, buscamos fazer uma aproximação do conceito de analogia modal da teoria dooyeweerdiana com a Metodologia de Ensino com Analogia (MECA), no intuito de enriquecer as percepções ordinárias dos signos e a abertura cultural analítica científica. Realizamos uma pesquisa de sondagem sobre métodos de ensino com uso de analogias, para em seguida expormos conceitos da teoria cosmonômica de Dooyeweerd buscando fundamentar o conceito de analogia modal, abertura cultural e princípio Shalom. Por fim, evidenciamos o diálogo dessa concepção filosófica dooyeweerdiana com o uso da MECA no exemplo da analogia da Árvore da Vida de Charles Darwin. Nessa interação percebemos o enriquecimento (abertura cultural) de relações analógicas já conhecidas de desenvolvimento evolutivo, extinção e aparecimento de espécimes em função dos órgãos vegetais gomos, folhas e ramos; a construção de novas relações analógicas modais para outros órgãos e situações em que o vegetal comumente sobrevive, como a presença dos seres nos meios ambientais distintos (aquáticos, terrestres e aéreos) e reprodução de caráter teleológico em relação aos órgãos de raízes e frutos; e também a discursividade do equilíbrio para o contexto social e ambiental por meio do princípio Shalom.Citas
Acevedo J. A., Vázquez, A., Paixão, M. F., Acevedo, P., Oliva J. M. & Manassero, M. A. (2005). Mito da didática das Ciências acerca dos motivos para incluir a Natureza da Ciência no Ensino de Ciências. Revista Ciência e Educação, 11(1), 1–15. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132005000100001
Ausubel, D. P. (1960). The use of advance organizers in the learning and retention of meaningful verbal material, Journal of Education Psychology, 51(5), 267-272. https://doi.org/10.1037/h0046669
Basden, A. (2009). O Princípio de Shalom: Uma Teoria Dooyeweerdiana de Ética. Recuperado de http://kgsvr.net/dooy/shalom.html
Cachapuz, A. (1989). Linguagem metafórica e o ensino de ciências. Revista Portuguesa de Educação, 2(3), 117–129.
Curtis, R. V., & Reigeluth, C. M. (1984). The use of analogies in written text. Instructional Science, 13(2), 99–117. https://doi.org/10.1007/BF00052380
Dooyeweerd, H. (1969). A New Critique of Theoretical Thought. Deel 3. The Structures of Individuality of Temporal Reality (pp. 155–222). The Presbyterian and Reformed Publishing Company. Recuperado de https://www.dbnl.org/tekst/dooy002newc07_01/
Dooyeweerd, H. (2018). No crepúsculo do pensamento ocidental: estudo sobre a pretensa autonomia do pensamento filosófico. Brasília, DF: Monergismo.
Dooyeweerd, H., & Knudsen, R. D. (1954). De analogische grondbegrippen der vakwetenschappen en hun betrekking tot de structuur van den menselijken ervaringshorizon. Letterkunde, Amsterdam, 17(6), 1–17.
Duarte, M. C. (2005). Analogias na educação em ciências contributos e desafios. Investigações em ensino de ciências, 10(1), 7-29. Recuperado de https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/520
Dussel, E. (2019). Analogy and Communication. Philosophies, 4(2), 31. https://doi.org/10.3390/philosophies4020031
Fabião, L. S., & Duarte, M. D. C. (2006). As analogias no ensino de Química: um estudo no tema Equilíbrio Químico com alunos/futuros professores de Ciências. In: R. Nardi & M.J.P.M Almeida. (Orgs.). Analogia, leituras e modelos no Ensino da Ciência: a sala de aula em estudo (pp.29-44). São Paulo, SP: Escrituras.
Goulart, J. A. B. (2008). Analogias e Metáforas no Ensino de Física: Um Exemplo em Torno da Temática de Campos. (Dissertação de mestrado). Universidade de Brasília. Brasília, DF.
Harrison, A. G., & Treagust, D. F. (2006). Teaching and learning with analogies. In Metaphor and analogy in science education (pp. 11-24). Springer, Dordrecht.
Kalsbeek, L. (2015). Contornos da filosofia cristã: a melhor e mais sucinta introdução à filosofia reformada de Herman Dooyeweerd. São Paulo, SP: Cultura Cristã.
Lakoff, G., & Johnson, M. (2002). Metáforas da vida cotidiana: As faces da Linguística aplicada. Campinas/São Paulo, SP: EDUC/Mercado de Letras.
Leite, R., & Duarte, M. D. C. (2006). Percepções de professores sobre o conceito de analogia e de sua utilização no ensino-aprendizagem da Física e da Química. . In: R. Nardi & M.J.P.M Almeida. (Orgs.). Analogia, leituras e modelos no Ensino da Ciência: a sala de aula em estudo, pp. 45-49. São Paulo, SP: Escrituras.
Lipovetsky, G., & Serroy, J. (2011). A cultura-mundo: resposta a uma sociedade desorientada. São Paulo, SP: Cia das Letras.
Marcelos, M. F., & Nagem, R. L. (2008). Uso da analogia entra a árvore e a evolução por professores de Biologia. Centro de Educação Profissional Federal de Minas Gerais. I Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. Anais.... Minas Gerais: Belo Horizonte, MG.
Morin, E. (2009). Cultura de Massas no século XX: Neurose. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária. Recuperado de https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxmbGFtYXJpb25hcnF1aXZvc3xneDo3ZGUxZDViNGYwN2U5ZmE0
Nagem, R. L., & de Fátima Marcelos, M. (2005) Analogias e metáforas no ensino de biologia: a árvore da vida nos livros didáticos. In Anais do V Encontro Nacional de Pesquisadores em Educação em Ciência, (pp. 1-13). Águas de Lindoia, SP. Recuperado de http://abrapecnet.org.br/enpec/v-enpec/conteudo/artigos/3/pdf/p206.pdf
Nagem, R. L., Carvalhaes de Oliveira, D., & Dias Yamauchi Teixeira, J. A. (2001). Uma proposta de metodologia de ensino com analogias. Revista Portuguesa de Educação, 14(1), 197-213. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/374/37414109.pdf
Nersessian, NJ (1992). Como os cientistas pensam? Capturando a dinâmica da mudança conceitual na ciência. Modelos cognitivos da ciência, 15, 3-44.
Seiffert Santos, S. C., Fachin-Teran, A., & Nagem, R. L. (2013). Analogias e metáforas por professores de ciências de escolas municipais de Manaus-AM, Brasil. In 3o Simpósio em educação em ciências na Amazônia – III SECAM. Manaus-AM: ENS/UEA. Recuperado de http://files.ensinodeciencia.webnode.com.br/200000972-561ae5714e/2013_Analogias%20e%20met%C3%A1foras%20por%20professores%20de%20ci%C3%AAncias%20de%20escolas%20municipais%20de%20Manaus-Am-%20Brasil.pdf
Seiffert Santos, S. C., & Fachín-Téran, A. (2012). A concepção e construção de analogias e metáforas por profissionais da educação básica municipal de Manaus-AM, Brasil. In 2o Simpósio em educação em ciências na Amazônia – II SECAM. Recupedo de http://files.secam-uea.webnode.com/200000208-c032fc2268/RP%20A%20concep%C3%A7%C3%A3o%20e%20constru%C3%A7%C3%A3o%20de%20analogias.pdf
Verkerk, M. J., Hoogland, J., van der Stoep, J., & de Vries, M. J. (2018). Filosofia da tecnologia: uma introdução. Viçosa, MG: Ultimato.
Vigotski, L. S. (1934). Myshlenie i rech. Trad. M. M. Rotger (1977). Pensamiento y language. Buenos Aires: La Pléyede. In Josué Ignácio Pozo (1995). Teorías cognitivas da aprendizagem. Trad. Juan Acuña Llorena (3a ed). Porto Alegre, RS: Artes Médicas.
Vigotski, L. S. (2007). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológico superiores. Trad. José Cipolla e colaboradores. (7a ed.) São Paulo, SP: Martins Fontes.
Vigotski, L. S. (1982). Estudio del desarrollo de los conceptos científicos en la edad infantil. In Obras escogitas: Tomo II - Problemas de psicologia geral (pp. 181–285). Moscou, Editorial Pedagógica.
Vogt, C. (2003). A espiral da cultura científica. Revista ComCiência, (Jul.), 1–5. Retrieved from http://www.comciencia.br/reportagens/cultura/cultura01.shtml
Wilbers, J., & Duit, R. (2006). Post-festum and heuristic analogies. In Metaphor and analogy in science education (pp. 37-49). Springer, Dordrecht.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.