ANÁLISE COMPARATIVA DA TEMÁTICA SAÚDE EM DOCUMENTOS CURRICULARES DA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA NO BRASIL, CHILE E COLÔMBIA
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2023v28n2p20Palavras-chave:
Ciências da Natureza, Educação em Saúde, América LatinaResumo
Este estudo teve por objetivo averiguar e compreender como a temática saúde está proposta nos documentos oficiais de ensino do Brasil, Chile e Colômbia. É parte de uma pesquisa mais ampla que investiga currículo de Ciências da Natureza em países da América Latina. Trata-se de um estudo qualitativo do tipo documental em que priorizou –se a busca em documentos curriculares normativos dos três países que discorrem sobre a temática saúde no ambiente escolar. Os documentos foram respectivamente Base Nacional Curricular Comum (Ministério da Educação, 2018), Bases Curriculares 1º ao 6º básico, Bases Curriculares 7° básico a 2° médio (Ministerio de Educación, 2015a, 2015b) e Estándares Básicos de Competências (Ministério da Educación Nacional, 2006). Nos documentos analisou- se as capacidades que os estudantes devem desenvolver ao longo do processo de escolarização. A fase de escolaridade escolhida para análise em cada documento está entre as idades de 11 a 14 anos. Pode-se averiguar que o tema saúde trabalhado nos países apresenta similaridades entre si, porém, foram encontradas algumas divergências entre eles em relação ao ano de escolaridade que são abordados os temas de alimentação saudável e prática de atividade física. As similaridades encontradas na temática saúde estão relacionadas aos conteúdos abordados, sendo elas substâncias psicoativas, sexualidade, imunização e Infecções Sexualmente Transmissíveis, entretanto, os conteúdos diferem quando ministrados nos anos de escolaridade dos países. Conclui-se que a temática saúde está em consonância entre si quanto à fase de escolaridade escolhida nos três países, portanto, embora possa haver diferenças culturais enquanto diferentes nações, há convergência entre os objetivos para os anos escolares analisados em relação à Educação em Saúde.Referências
Almeida, O. S., & Santos, B. G. (2014). Educação sexual na ótica de estudantes de ensino médio na Bahia. Revistas Eletrônicas da PUC, 7(22), 109-123.
Amorin, R. M., & Maia, A. C. B. (2012). Sexualidade na adolescência: dúvidas de alunos de uma escola pública. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 7(4), 95-106. Recuperado de https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/6290
Andrade, M. L. L., Borges, J .S. J., Maia, M. M. O., & Silva, F. G. (2013, Março-Abril). Nível de atividade física e ingestão energética em graduandos de educação física. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, 12(2), 114-118. https://doi.org/10.33233/rbfe.v12i2.3324
Avesani, C. M. (2009, Agosto) Nutrição nas doenças crônicas não-transmissíveis. CERES: Nutrição & Saúde, 4(3), 141-143. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/index. php/ceres/article/ view/1902
Bertoni, L. M., & Adorni, D. S. (2010). A prevenção às drogas como garantia do direito à vida e à saúde: uma interface com a educação. Cadernos CEDES, 30(81), 209-217. https://doi.org/10.1590/S0101-32622010000200006
Bonfim, J., & Mesquita, M. R. (2020). Nunca falaram disso na escola: um debate com jovens sobre gênero e diversidade. Psicologia & Sociedade, 32, 2-16. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2020v32192744
Carvalho, H. C. M. C. (2021). Educação sexual na formação de professores: caminhos para a prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes (Dissertação de mestrado). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Goiânia, GO. Recuperado de https://repositorio.ifgoiano.edu.br/handle/prefix/1718
Carvalho, M. P. (2000). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Cadernos De Pesquisa, (109), 240–242. https://doi.org/10.1590/S0100-15742000000100012
Cavalcanti, P. B., & Lucena, C. M. F. (2016). O uso da promoção da saúde e a intersetorialidade: tentativas históricas de integrar as políticas de saúde e educação. Revista Polemica, 16(1), 24-41. https://doi.org/10.12957/polemica.2016.21332
Figueiró, M. N. D. (2009). Educação sexual: como ensinar no espaço da escola. In M. N. D. Figueiró (Org.). Educação sexual: múltiplos temas, compromisso comum (pp.141-171). Londrina PR: Universidade Estadual de Londrina. Recuperado de http://www.cepac.org.br/blog/wp-content/uploads/2011/07/Educacao_Sexual_Multiplos_Temas.pdf
Fonseca, M. S. (2006). Prevenção ao abuso de drogas na prática pedagógica dos professores do Ensino Fundamental (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP. Recuperado de https://cetadobserva.ufba.br/pt-br/publicacoes/prevencao-ao-abuso-de-drogas-na-pratica-pedagogica-dos-professores-do-ensino-fundamental
Frasson, F., & Laburú, C. E (2021, Julho). Oficina de Culinária uma estratégia para a promoção da aprendizagem significativa de procedimentos. Revista Valore, 6, 663-678. https://doi.org/10.22408/reva602021839663-678
Gomes, R. (2009) A análise de dados em pesquisa qualitativa. In M. C. S. Minayo (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. (21a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes. Recuperado de https://wp.ufpel.edu.br/franciscovargas/files/2012/11/pesquisa-social.pdf
Louro, G. L. (2016). Pedagogias da sexualidade. In G. L. Louro (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade (3a ed., p. 7-34). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Mbonyiryivuze, A., Kanamugire, C., Yadav, L. L., y Ntivuguruzwa, C. (2018). Reforms in science curricula in last six decades: Special reference to physics. African Jornal of Educational Studies in Mathematics and Sciences, 14, 153-165. https://www.ajol.info/index.php/ajesms/article/view/178164
Medeiros, C. (2006). Drogas na adolescência: um olhar educativo. João Pessoa: CEFET-PB.
Ministério da Educação (2018). Base Nacional comum curricular. Brasília-DF: Ministério da Educação. Recuperado de http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Ministério da Educação e do Desporto (1998). Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais. Brasília, DF: Ministério da Educação e do Desporto. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf
Ministério da Educación Nacional (2006). Estándares Básicos de Competencias en Lenguaje, Matemáticas, Ciencias y Ciudadanas. Bogotá: Ministério da Educación Nacional. Recuperado de https://www.mineducacion.gov.co/1621/articles-340021_recurso_1.pdf
Ministério da Saúde, & Ministério da Educação (2012). Semana Saúde na escola: guia de sugestões de atividades. Brasília, DF: Ministério da Saúde, Ministério da Educação. Recuperado de https://docplayer.com.br/4215047-Semana-saude-na-escola-guia-de-sugestoes-de-atividades.html
Ministerio de Educación (2015a). Bases Curriculares 7° básico a 2° médio. Santiago: Ministerio de Educación. Recuperado de https://media.mineduc.cl/wp-content/uploads/sites/28/2017/07/Bases-Curriculares-7%C2%BA-b%C3%A1sico-a-2%C2%BA-medio.pdf
Ministerio de Educación (2015b). Bases Curriculares primero a sexto básico. Santiago: Ministerio de Educación. Recuperado de https://bibliotecadigital.mineduc.cl/bitstream/handle/20.500.12365/2342/mono-1003.pdf
Mohr, A. (2002). A natureza da educação em saúde no ensino fundamental e os professores de ciências. (Tese de doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/83375
Motta, M. B., & Teixeira, F. M. (2012, Julho-Dezembro). Educação alimentar na escola por uma abordagem integradora nas aulas de ciências. Inter-Ação, 37(2), 359-379. https://doi.org/10.5216/ia.v37i2.14644
Muller, A. C., Paul C. L., & Santos, N. I. S. (2008). Prevenção às drogas nas escolas: uma experiência pensada a partir dos modelos de atenção em saúde. Estudos de Psicologia, 25(4), 607-616. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2008000400015
Nascimento, J. S. (2015). Adesão de hábitos de higiene em crianças no ambiente escolar de uma comunidade da zona rural do Município de Junqueiro–Alagoas (Trabalho de conclusão do curso). Universidade Federal de Minas Gerais, Maceió, AL. Recuperado de https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/Adesao_de_habitos_higiene.pdf
Oliveira, E. B.; Bittencourt, L. P., & Carmo, A. C. (2010). A importância da família na prevenção do uso de drogas entre crianças e adolescentes: papel materno. Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas, 12(2), 9-23. https://doi.org/10.11606/issn.1806-6976.v4i2p01-16
Oliveira, N. P.; Beria, J. U., & Schemann, L. B. (2014). Sexualidade na adolescência: um estudo com escolares da cidade de Manaus/AM. Aletheia, 43(44), 129-146. Recuperado de http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/aletheia/article/view/3308/0
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (2016). Educação 2030: Declaração de Incheon rumo a uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e à educação ao longo da vida para todos. Brasília, DF: UNESCO. Recuperado de https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000243278_por
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (2015). Declaração de Incheon. Educação 2030: rumo a uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e à educação ao longo da vida para todos. Brasília, DF: UNESCO. Recuperado de https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000233137_por
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (2014). Orientações técnicas de educação em sexualidade para o cenário brasileiro: tópicos e objetivos de aprendizagem. Brasília, DF: UNESCO. Recuperado de https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/unesco/orientacoes_tecnicas_s exualidade_unesco_2014.pdf
Organização Mundial da Saúde (2000). Promoción de la salud: hacia una mayor equidade. Washington, United States of America: OMS. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_mexico_2000.pdf
Organização Pan-Americana de Saúde (2017). Agenda de saúde sustentável para as Américas 2018-2030. Washington, United States of America: OMS. Recuperado de https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/49172/CSP296%20por.pdf
Organización Mundial de La Salud (1996). Promoción de la salud: una antología. Washington, United States of America: OPAS.
Palma, Y. A., Piason, A. S., Manso , A. G., & Strey, M. N. (2015). Parâmetros curriculares nacionais: um estudo sobre orientação sexual, gênero e escola no Brasil. Temas em Psicologia, 23(3). http://dx.doi.org/10.9788/TP2015.3-16
Ramos, F. B. P., Carvalho, I. M., Silva, W. P., Fo, Nunes, P. S., & Nóbrega, M. M. (2019). A educação em saúde como ferramenta estratégica no desenvolvimento de ações de prevenção da transmissão do HIV: um relato de experiência. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 19. https://doi.org/10.25248/reas.e509.2019
Ronzani, T. M., & Silveira, P. S (2014). Prevenção ao uso de álcool e outras drogas no contexto escolar. Juiz de Fora, MG: Ufjf. Recuperado de https://www2.ufjf.br/editora//files/2018/02/Cartilha.pdf
Rosa, L. M., Nascimento A. A. C., Dias, A. L. F., Pereira, M. F. R., Mota, M. A., Filho, P. R. M., Nunes, M. R., & Menezes, J. C. (2020). Promoção da saúde na escola: prevenção da gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis. Brazilian Journal of Health Review, 3(1), 706-716. https://doi.org/10.34119/bjhrv3n1-055
Saito, M. I. (2000). Adolescência, cultura, vulnerabilidade e risco. Pediatria (Säo Paulo), 217-9. Recuperado de https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-296467
Sarmento, P. B. A (2018). Inversão dos valores na mídia e sua influência na conduta jornalística. e-Com, 10(2), 6-15. Recuperado de https://revistas.unibh.br/ecom/article/view/2367
Silva, M. I. F., Oliveira, L. V. B., & Pachú, C. O. (2021). O uso de drogas entre adolescentes: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 10(5), e22110514778. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14778
Conterno, S. D. F. R., & Stelle, C. A. C. S. (2021). Concepção de saúde incorporada pela base nacional comum curricular brasileira. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias: Góndola, Ens Aprend Cienc, 16(2), 312-327. Recuperado de https://revistas.udistrital.edu.co/index.php/GDLA/article/view/16135/16818
Teixeira, A. L. S., & Destro, D. S (2010, Julho-Dezembro). Obesidade infantil e educação física escolar: possibilidades pedagógicas. Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery, 9. Recuperado de https://docplayer.com.br/5943840-Obesidade-infantil-e-educacao-fisica-escolar-possibilidades-pedagogicas.html
Vieceli, L. (2022, Julho 13) Adolescentes diminuem o uso de camisinha em relações sexuais, segundo IBGE. Jornal Folha de São Paulo. Recuperado de https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/07/adolescentes-diminuem-uso-de-camisinha-em-relacoes-sexuais-indica-ibge.shtml
Vitor, M., Maistro, V. I. A., & Zômpero, A. F. (2020). Educação para a sexualidade e formação inicial docente: uma investigação nos currículos de licenciatura em ciências biológicas. Investigações em Ensino de Ciências, 25(1), 282-385. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n1p282
World Healt Organization (1997). Promoting Health through Schools
Report of a WHO. Expert Committee on Comprehensive School Health Education and Promotion. WHO Technical Report Series N.870. Geneva. Recuperado de https://apps.who.int/iris/handle/10665/41987
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Andréia de Freitas Zômpero, Bruna Alves Silva, Carlos Eduardo Laburú
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A IENCI é uma revista de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.