OFICINA DE APRENDIZAGEM: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO

Autores

  • Tania Belizário Mastelari Universidade Norte do Paraná – UNOPAR R. Tietê, 1208, Vila Nova- Londrina – PR, 86025-230
  • Andréia de Freitas Zômpero Universidade Norte do Paraná – UNOPAR R. Tietê, 1208, Vila Nova- Londrina – PR, 86025-230

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2017v22n3p224

Palavras-chave:

Competências, Enem, Ensino de Biologia, Oficina de Aprendizagem

Resumo

O objetivo principal da escola atual é desenvolver competências que permitam ao aluno alcançar sucesso pessoal e profissional, visando dar espaço para que cada um possa aprender a utilizar os seus saberes para atuar com eficiência. O presente estudo teve como objetivo investigar as habilidades e competências que se convergem aos eixos estruturadores do Enem, que os alunos desenvolveram ao participarem de uma oficina de aprendizagem. Analisou-se, inicialmente, as convergências entre as competências que a oficina propõe e aquelas exigidas pelos documentos oficiais, como o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio e o PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais. Para tanto, foi analisada a oficina intitulada “The Big Bang” desenvolvida com alunos do Ensino Médio. A oficina contempla a perspectiva das Ciências da Natureza e suas Tecnologias, na disciplina de Biologia. Levantou-se quais as convergências entre as competências propostas pelo ENEM, PCN e o texto da oficina. Após este levantamento, verificou-se quais destas competências se convergiram aos eixos estruturadores do Enem: contextualização, interdisciplinaridade e situação-problema. Pode-se observar que a metodologia proporciona a possibilidade de desenvolvimento das competências e habilidades, porém, ressalta-se que a forma como é trabalhada acerca da importância de compreender nuances do processo de ensino-aprendizagem, a clareza dos conceitos de competências e habilidades, a trans e interdisciplinaridade e, principalmente, como as Diretrizes Curriculares estão implicadas em todo o contexto educacional, devem dar sentido aos critérios que os docentes devem utilizar para alcançar os objetivos pedagógicos e, que, muitas vezes, estes indicadores não estão claros no processo de ensino-aprendizagem para os educadores, necessitando de uma conscientização para que a ação do ensinar tenha uma maior eficácia.

Biografia do Autor

Tania Belizário Mastelari, Universidade Norte do Paraná – UNOPAR R. Tietê, 1208, Vila Nova- Londrina – PR, 86025-230

Psicóloga, mestre em Ensino de Linguagesn e Tecnologias pela Unopar. Docente do curso de Psicologia da Unopar

Andréia de Freitas Zômpero, Universidade Norte do Paraná – UNOPAR R. Tietê, 1208, Vila Nova- Londrina – PR, 86025-230

Doutora em Ensino de Ciências . Docente do curso de Mestrado em Ensino de Linguagens e Tecnologias da Unopar.Docnete do curso de Ciêncis Biológicas da Unopar EaD

Referências

Antunes, C. (2001). Como desenvolver competências em sala de aula. Petrópolis: Vozes.

Astolfi, J.-P., Darot, E., Ginsburger-Vogel, Y., & Toussaint, J. (2002). As palavras-chave da didática das ciências. (M. L. Figueiredo, trad.). Lisboa: Instituto Piaget.

Ausubel, D. P. (1963). The psychology of meaningful verbal learning. New York: Grune and Stratton.

Ausubel, D. P. (1976). Psicología educativa: um punto de vista cognoscitivo. México: Editorial Trillas.

Ausubel, D. P. (1982). A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes.

Ausubel, D. P., Novak, J. D., & Hanesian, J. (1980). Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana.

Azevedo, T. M., & Rowell, V. M. (2010, maio). Competências a serem desenvolvidas ao longo da educação infantil e do ensino fundamental. Anais do Congresso Internacional de Filosofia e Educação, Caxias do Sul, RS, Brasil, 5.

Bolzan, D. P. V. (2002). Formação de professores: compartilhando e reconstruindo conhecimentos. Porto Alegre: Mediação.

Caballero Sahelices, M. S. C. (2009). Qué aprendizaje promueve el desarrollo de competencias? Una mirada desde el aprendizaje significativo. Revista Qurrículum, 22, 11-34.

Carroll, J. B. (1993). Human cognitive abilities: a survey of factor-analytic studies. New York: Cambridge University Press.

Cavalcante, L., Oliveira, R., Reali, A., & Tancredi, R. (2008). Enem 2005: pressupostos teóricos, desenho metodológico e análise dos resultados. Revista de Ciências Humanas, 6(2), 309-319.

Conselho Nacional de Educação. (1998). Parecer n. 15/98. Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio. Brasília, DF. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ 1998/pceb015_98.pdf

Eyng, A. M., Ens, R. T., & Junqueira, S. R. A. (Orgs.). (2003). O tempo e o espaço na educação: a formação do professor. Curitiba: Champagnat.

Fazenda, I. C. A. (2002). Interdisciplinaridade: qual o sentido? São Paulo: Paulus.

Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Garcia, L. A. M. (2016). Competências e habilidades: você sabe lidar com isso. Recuperado de http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0023a.html

Gentille, P., & Bencini, R. (2000). Construindo competências: entrevista com Philippe Perrenoud. Nova Escola, 19-31. Recuperado de http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). (1999). Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM: documento básico 2000. Brasília, DF: MEC/INEP.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) (2005). Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): fundamentação teórico-metodológica. Brasília: MEC/INEP, 2005.

Mayer, J., & Salovey, P. (1998). O que é inteligência emocional? In Salovey, P., Sluyter, D. J. (Orgs.). Inteligência emocional na criança: aplicações na educação e no dia-a-dia (pp. 13-49). Rio de Janeiro: Campus.

Ministério da Educação. (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais: novo ensino médio. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica.

Ministério da Educação. (2000). Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Brasília, DF: MEC.

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. (2002). PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais - Ciências da natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC.

Moraes, M. C. (2007). A formação do educador a partir da complexidade e da transdisciplinaridade. Diálogo Educacional, 7(22), 13-38.

Moreira, M. A. (2006). A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília: Editora da UnB.

Moreira, M. A. (2013). Aprendizagem significativa em mapas conceituais. Recuperado de https://www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigmapasport.pdf

Moretto, V. P. (2003). Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. (3a ed.) Rio de Janeiro: DP&A.

Omiste, A. S., López, M. Del C., & Ramirez, J. (2000) Formação de grupos populares: uma proposta educativa. In V. M. Candau, & S. Sacavino (Orgs.). Educar em direitos humanos: construir democracia. Rio de Janeiro: DP&A.

Paviani, N. M. S., & Fontana, N. M. (2009). Oficinas pedagógicas: relato de uma experiência. Conjectura, 14(2), 77-88.

Perrenoud, P. (1999). Construir as competências desde a escola. Porto Alegre, RS: Artes Médicas.

Perrenoud, P. (2000). Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed.

Ramos, M. N. (2002). A educação profissional pela pedagogia das competências: para além da superfície dos documentos oficiais. Educação & Sociedade, 23(80), 405-427. DOI:10.1590/S0101-7330200200800002

Tanguy, L. (1997). Saberes e competências: o uso de tais noções na escola e na empresa. São Paulo: Papirus.

Vieira, E., & Volquind, L. (2002). Oficinas de ensino: O quê? Por quê? Como? (4a ed.). Porto Alegre: Edipucrs.

Zabala, A. (1998). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

Downloads

Publicado

2017-12-16

Como Citar

Mastelari, T. B., & Zômpero, A. de F. (2017). OFICINA DE APRENDIZAGEM: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO. Investigações Em Ensino De Ciências, 22(3), 224–243. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2017v22n3p224

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)