O USO DE MAPAS CONCEITUAIS COMO INSTRUMENTO DIDÁTICO PARA IDENTIFICAR INDÍCIOS DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM DIFERENTES NÍVEIS DE ENSINO
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v21n3p23Palavras-chave:
Ausubel, Material potencialmente significativo, Teorias de ensino e aprendizagem, Ensino de física.Resumo
Atualmente o processo de ensino requer estratégias educacionais que contribuam com a efetiva aprendizagem dos estudantes de maneira dinâmica, bem como novos instrumentos para avaliar esta aprendizagem. Nesse sentido, a elaboração de Mapas Conceituais apresenta-se como uma possibilidade para professores e estudantes acompanharem e caracterizarem o domínio de conceitos e suas relações. O presente trabalho objetivou investigar a contribuição do uso de Mapas Conceituais como instrumento didático promotor de aprendizagem em distintos níveis de ensino, identificando indícios da aprendizagem significativa. Para tanto foram analisados 84 Mapas Conceituais de forma qualitativa de acordo com critérios utilizados como referência para classificá-los em três categorias que indicaram o nível de ocorrência desta aprendizagem. Constataram-se casos de avanços e retrocessos no processo de aprendizagem, características individuais dos estudantes na forma de representação do conhecimento e as evidências da aprendizagem significativa. Com esta análise foi possível compreender os Mapas Conceituais como instrumento didático e avaliativo atual e abrangente para promover aprendizagens significativas. Com ele o estudante é ativo e sujeito principal da aprendizagem, o professor pode valer-se desta ferramenta para averiguar aquilo que o aluno já sabe e ensiná-lo de acordo, um dos preceitos da Teoria da Aprendizagem Significativa.Referências
Ausubel, D. P. (1963). The psychology of meaningful verbal learning. New York, Grune and Stratton.
Ausubel, D. P. (1968). Educational psychology: a cognitive view. New York, Holt, Rinehart, and Winston.
Ausubel, D. P. (2003). Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Tradução Lígia Teopisto. Lisboa: plátano edições técnicas.
Ausubel, D. P.; Novak, J. D. & Hanensian, H. (1980). Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: Editora Interamericana.
Brasil. (1998). Secretaria de educação fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF.
Calheiro, L. B. (2014). Inserção de tópicos de física de partículas de forma integrada aos conteúdos tradicionalmente abordados no ensino médio (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: química da vida e saúde, Santa Maria.
Correia, P. R. M.; Silva, A. C. & Romano Jr., J. G. (2010). Mapas conceituais como ferramenta de avaliação na sala de aula. Revista Brasileira de Ensino de Física. Recuperado de http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/324402.pdf
Costamagna, A. M. (2001). Mapas conceptuales como expresión de procesos de interrelación para evaluar la evolución del conocimiento de alumnos universitarios. Enseñanza de las Ciencias, 19(2), 309-318.
Falcão, R. M. A. L. (2012). Mapas conceituais e a aprendizagem de conteúdo escolar no ensino fundamental I (Dissertação de mestrado). Universidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Educação, João Pessoa.
Hilger, T. R. & Griebeler, A. (2013). Uma proposta de unidade de ensino potencialmente significativo utilizando mapas conceituais. Investigações em Ensino de Ciências. Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID327/v18_n1_a2013.pdf
Lara, A. E. & Sousa, C. M. S. G. (2009). O processo de construção e de uso de um material potencialmente significativo visando a aprendizagem significativa em tópicos de colisões: apresentações de slides e um ambiente virtual de aprendizagem. Experiências em Ensino de Ciências. Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/eenci/artigos/Artigo_ID82/v4_n2_a2009.pdf
Lima, C. F. (2014). Os mapas conceituais na autoavaliação da aprendizagem (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual de Londrina, Centro de Educação, Comunicação e Artes, Londrina.
Marriott, R. C. V. & Torres, P. L. (2006). Tecnologias educacionais e educação ambiental: uso de mapas conceituais no ensino e na aprendizagem. Curitiba: FAEP.
Mendonça, C. A. S. & Moreira, M. A. (2012). Uma revisão da literatura sobre trabalhos com mapas conceituais no ensino de ciência do pré-escolar às séries iniciais do ensino fundamental. Revista Práxis. Recuperado de http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/141154/000990838.pdf?sequence=1
Moraes, R. M. (2005). A aprendizagem significativa de conteúdos de biologia no ensino médio, mediante o uso de organizadores prévios e mapas conceituais (Dissertação de mestrado). Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande.
Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, 22(37), 7-32. Recuperado de http://cliente.argo.com.br/~mgos/analise_de_conteudo_moraes.html
Moreira, M. A. (1993). Aprendizagem significativa: a visão clássica. Porto Alegre: Instituto de Física da UFRGS, monografias do grupo de ensino, série enfoques didáticos, n.1.
Moreira, M. A. (1999). Aprendizagem significativa. Primeira edição. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
Moreira, M. A. (2002). A teoria dos campos conceituais de Vergnaud, o ensino de ciências e a pesquisa nesta área. Investigações em Ensino de Ciências. Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID80/v7_n1_a2002.pdf
Moreira, M. A. (2003). Linguagem e aprendizagem significativa. In: II Encontro Internacional: linguagem, cultura e cognição. Mesa redonda linguagem e cognição na sala de aula de ciências. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Moreira, M. A. (2005). Mapas conceituais e aprendizagem significativa. Revisado e publicado em espanhol, em 2005, na revista chilena de educação científica, 4(2), 38-44. Revisado novamente em 2012. Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf
Moreira, M. A. (2006). Aprendizagem significativa: da visão clássica à visão crítica. Porto alegre. Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/~moreira
Moreira, M. A. (2006b). A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília: Universidade de Brasília.
Moreira, M. A. (2006c). Mapas conceituais e diagramas em V. Instituto de Física: UFRGS, Porto Alegre.
Moreira, M. A. (2011). Unidades de Enseñanza Potencialmente Significativas – UEPS. Aprendizagem Significativa em Revista. Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/asr/artigos/Artigo_ID10/v1_n2_a2011.pdf
Moreira, M. A. (2012). Unidades de Ensino Potencialmente Significativas UEPS. Porto Alegre: UFRGS, Instituto de Física. In.: Textos de apoio ao professor de física, 23(2). Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/public/tapf/moreira_v23_n2.pdf
Moreira, M. A. (2012b). O que é afinal a aprendizagem significativa? Qurriculum, la laguna, Espanha. Recuperado de http://moreira.if.ufrgs.br/oqueeafinal.pdf
Moreira, M. A. & Buchweitz, B. (1993). Novas estratégias de ensino e aprendizagem Os mapas conceituais e o Vê epistemológico. Platano Edições técnicas.
Moreira, M. A.; Caballero, M. C. & Rodríguez, M. L. (orgs.). (1997). Aprendizagem significativa: um conceito subjacente. Actas del encuentro internacional sobre el aprendizaje significativo. Burgos, España. 19-44.
Novak, J. D. & Gowin, D. B. (1998). Aprendiendo a aprender. Barcelona: Martínez Roca. Tradução para o espanhol do original learning how to learn.
Nunes, P. E. & Pino, J. C. (2008). Mapa conceitual como estratégia para a avaliação da rede conceitual estabelecida pelos estudantes sobre o tema átomo. Experiências em Ensino de Ciências. Recuperado de http://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID54/v3_n1_a2008.pdf
Pelizzari, A.; Kriegl, M. L.; Baron, M. P.; Finck, N. T. L. & Dorocinski, S. I. (2002). Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências, 2(1), 37-42.
Rodrigues, K. G. & Barni, E. M. (2009). Mapas conceituais: potencializador da aprendizagem na modalidade de ensino a distância do curso superior de pedagogia de uma instituição de Curitiba. Anais do IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE: políticas e práticas educativas: desafios da aprendizagem; Anais do III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia. Curitiba: Champagnat, 722-732.
Santos, H. C. F. & Costa, K. C. (2011). Mapas conceituais: estruturas, habilidades e ferramentas. Revista Tecnologias na Educação. Recuperado de http://tecnologiasnaeducacao.pro.br/wp-content/uploads/2015/07/Art3-ano3-vol-4-julho2011.pdf
Soares, E. M. S. & Sauer, L. Z. (2004). Um novo olhar sobre a aprendizagem de matemática para a engenharia. In: CURY. Disciplinas matemáticas em cursos superiores. Porto Alegre: EDIPUCRS.
Souza, C. M. S. G. & Moreira, M. A. (1981). Pseudoorganizadores prévios como elementos facilitadores da aprendizagem em física. Revista Brasileira de Física. Recuperado de http://sbfisica.org.br/bjp/download/v11/v11a14.pdf
Tavares, R. (2007). Construindo mapas conceituais. Ciências & cognição. Recuperado de http://www.cienciasecognicao.org/pdf/v12/m347187.pdf
Tavares, R. (2010). Aprendizagem significativa, codificação dual e objetos de aprendizagem. Revista Brasileira de Informática na Educação. Recuperado de http://www.br-ie.org/pub/index.php/rbie/article/view/1205/1114
Trindade, J. O. (2011). Ensino e Aprendizagem Significativa do conceito de ligação química por meio de mapas conceituais (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de São Carlos, São Paulo.
Trindade, J. O. & Hartwig, D. R. (2012). O uso combinado de mapas conceituais e estratégias diversificadas de ensino: uma análise inicial das ligações químicas. Química Nova na Escola. Recuperado de http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/06-PE-70-11.pdf
Viana, O. A. (2011). Conhecimentos prévios e organização de material potencialmente significativo para a aprendizagem da geometria espacial. Ciências e Cognição. Recuperado de http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/viewFile/698/506
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A IENCI é uma revista de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.