Religion and Science: What the Discursive Interactions Show us about the Challenges of a Teaching of Dialogical Biology

Authors

  • Priscila Silva de Figueiredo Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Claudia de Alencar Serra e Sepulveda Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2018v23n2p228

Keywords:

Multiculturalism, discursive interactions, evolution teaching

Abstract

The present work analyzes episodes of teaching in which religious knowledge and scientific knowledge appear as alternative explanations for the same topic, seeking to identify what kind of relationship between science and religion the teaching discourse can promote. Discursive interactions produced along a didactic sequence on Darwinian Theory of Evolution are analyzed. The analysis of the discursive interactions is done through an analytical structure that integrates the analytical tool of Eduardo Mortimer and Phil Scott with the ideas of Jay Lemke regarding the types of activities and strategies of control of the discourse in the classroom. The relationship between science and religion is interpreted in view of the different epistemological, political and ethical positions that permeate the debate on cultural diversity in the school context. Among the five analyzed episodes, there was a predominance of a communicative approach of authority, with the teacher using strategies to silence student discourse or using what they had to say only from the point of view of science. Also, no attempts were made to demarcate the frontiers between different knowledge, nor to explore the arguments of each of them, highlighting, for example, the different criteria of validation and social application of knowledge. Therefore, it does not favor the development of an intercultural, pluralistic teaching practice, promoting a context of conflict, an ethics of coexistence and moral autonomy, according to the references used. These results indicate that these defining aspects, in our perspective of multicultural education, are a great challenge for science teachers, and that considering the discursive interactions in pedagogical planning seems to be fundamental in this sense.

Author Biographies

Priscila Silva de Figueiredo, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Professora assistente do Departamento de Ciências Exatas e Naturais da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Claudia de Alencar Serra e Sepulveda, Universidade Estadual de Feira de Santana

Professora do Departamento de Educacação da Universidade Estadual de Feira de Santana

References

Amaral, E., & Mortimer, E. F. (2006). Uma metodologia para estudar a dinâmica entre as zonas de um perfil conceitual no discurso da sala de aula. In Santos, F. M.T. & Graça, I. M.R. (Org.). A pesquisa em ensino de ciências no Brasil e suas metodologias (pp. 239-296). Ijuí: Editora UNIJUI.

Amorim, M. C., & Leyser, V. (2009). A evolução biológica e seu ensino nos Encontros Nacionais de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC). In Atas do VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciência. Florianópolis: ABRAPEC. Recuperado de http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/1152.pdf

Bakhtin, M. M. (1981). Discourse in the novel. In Holquist, M. (Ed.). Dialogical Imagination: Four essays by M.M. Bakhtin (pp. 269-422). Austin: University of Texas Press.

Bandeira, F. P. S. F. (2001). Construindo uma epistemologia do conhecimento tradicional: problemas e perspectivas. In Atas do I Encontro Baiano de Etnobiologia e Etnoecologia (p. 109-133). Feira de Santana: UEFS.

Candau, V. M. (2000). O currículo entre o relativismo e o universalismo: Dialogando com Jean-Claude Forquin. Educação & Sociedade, Campinas, 21(73), 79-83. DOI: 10.1590/S0101-73302000000400006

Candau, V. M. (2008). Direitos humanos, educação e interculturalidade: as tensões entre igualdade e diferença. Revista Brasileira de Educação, 13(37), 45- 56. DOI: 10.1590/S1413-24782008000100005

Candau, V. M. (2011). Multiculturalismo e educação: desafios para a prática pedagógica. In: A.F. MOREIRA & V.M. CANDAU. Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas (pp. 13-37). Petrópolis: Vozes.

Candau, V. M., & Koff, A. M N S e. Conversas com... sobre a didática e a perspectiva multi/intercultural. Revista Educação & Sociedade, Campinas, 27(95), 471-493. 2006. DOI: 10.1590/S0101-73302006000200008

Candau, V. M., & Leite, M. S. A. (2007). Didática na perspectiva multi/intercultural em ação: construindo uma proposta. Cadernos de Pesquisa, 27(132), 731-758. DOI: 10.1590/S0100-15742007000300011

Canen, A. (2000). Educação multicultural, identidade nacional e pluralidade cultural: tensões e implicações curriculares. Cadernos de Pesquisa, (111),135–150. DOI: 10.1590/S0100-15742000000300007

Canen, A., &; Oliveira, A. M. A. (2002). Multiculturalismo e currículo em ação: um estudo de caso. Revista Brasileira de Educação, (21), 61-74. DOI: 10.1590/S1413-24782002000300006

Castro, E. C. V., & Leyser, V. (2007). A ética no ensino de evolução. In Atas do VI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis: ABRAPEC. Recuperado de http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/vienpec/CR2/p816.pdf

Cobern, W. W., & Loving, C. C. (2001). Defining science in a multicultural world: implications for science education. Science Education, 85(1), 50-67. DOI: 10.1002/1098-237X(200101)85:1%3C50::AID-SCE5%3E3.0.CO;2-G

El-Hani, C. N., & Mortimer, E. F. (2007) Multicultural education, pragmatism, and the goals of science teaching. Cultural Studies of Science Education, 2(4), 657-687. DOI: 10.1007/s11422-007-9064-y

El-Hani, C. N., & Sepulveda, C. (2006) Referenciais teóricos e subsídios metodológicos para a pesquisa sobre as relações entre educação científica e cultura. In: F.M.T. Santos, F. M. T & I.M.R. Greca (Orgs.). A pesquisa em ensino de ciências no Brasil e suas metodologias (pp. 161-212). Ijuí: UNIJUÍ.

Figueiredo, P. S. (2013). A dinâmica discursiva nas salas de aula de ciências: contribuições teóricas e metodológicas para análise da prática de ensino sob a perspectiva do multiculturalismo na educação científica. Dissertação (Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências). Instituto de Física, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

Figueiredo, P. S. & Sepulveda, C. (2014). Multiculturalismo e interações discursivas nas salas de aula de ciências: uma estrutura teórico-metodológica para análise da prática de ensino. In: T. Galieta, & P.M., Giraldi. (Org). Linguagens e Discursos na Educação em Ciências (pp. 422-441). Rio de Janeiro: Editora Multifoco.

Forquin, J. (2000). O currículo entre o relativismo e o universalismo. Educação & Sociedade, 21(73), 47-70. Recuperado de https://social.stoa.usp.br/articles/0016/3188/O_curriculo_entre_o_relativismo_e_o_universalismo.pdf

Futuyma, D. J. (2002). Evolução, ciência e sociedade. São Paulo: Sociedade Brasileira de Genética. Recuperado de https://www.sbg.org.br/sites/default/files/evolucao_ciencia_e_sociedade.pdf

Geertz, C. (1973). Interpretation of cultures. New York-NY: Basic Books.

Goedert, L. (2004) A formação do professor de biologia na UFSC e o ensino da evolução biológica. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/101549/213161.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Hicks, D. (1995). Discourse, learning and teaching. Review of Research in Education, 21, 49- 95. DOI: 10.2307/1167279

Hodson, D. (1993). In search of a rationale for multicultural science education. Science Education, 77, 685–711. DOI: 10.1002/sce.3730770611

Lemke, J. L. (1990). Talking science: language, learning and values. Norwood, New Jersey: Ablex Publishing Corporation.

Lopes, A. R. C. (1999). Pluralismo cultural em políticas de currículo nacional. In: A.F.B. Moreira, (Org.) Currículo: políticas e práticas (pp. 59-80). Campinas: Papirus.

Machado, R. F.? Reis, V.P.G.? Amarante, A. L. A. P. C.? Carneiro, M. C. L.? El-Hani, C. N.? Sepulveda, C. (2016) O potencial de jogos como ferramentas didáticas promotoras de motivação e aprendizagem conceitual no ensino de Biologia In: C. Sepulveda & M. C. Almeida (Org.) Pesquisa Colaborativa e Inovações Educacionais no Ensino de Biologia (pp. 249-278). Feira de Santana: UEFS Editora.

Matthews, M. R. (1994). Science teaching: the role of history and philosophy of science. New York: Routledge. Recuperado de https://www.academia.edu/806564/Science_teaching_The_role_of_history_and_philosophy_of_science?auto=download

McLaren, P. (1997). Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez.

McLaren, P. (2000). Multiculturalismo revolucionário: pedagogia do dissenso para o novo milênio. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Meyer, D., & El-Hani, C. N. (2005). Evolução: o sentido da biologia. São Paulo: Unesp.

Moreira, A. F. B., & Candau, V. M. (2003). Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação, (23),156-167. DOI: 10.1590/S1413-24782003000200012

Mortimer, E. F. (2002). Uma agenda para a pesquisa em Educação em Ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. Porto Alegre, 2(1), 25-35. Recuperado de https://seer.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/2351/1751

Mortimer, E. F., & Scott, P. H. (2002). Atividade discursiva nas salas de aula de ciências: uma ferramenta sociocultural para analisar e planejar o ensino. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, 7 (3), 283-306. Recuperado de https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/562/355

Mortimer, E. F., & Scott, P. H. (2003). Meaning making in secondary science classrooms. Maidenhead, Open University Press, 2003.

Ogawa, M. (1995). Science education in a multiscience perspective. Science Education, 79, 583–593.

Oliveira, G. S. (2009) Aceitação/rejeição da evolução biológica: atitudes de alunos da educação básica. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-26022010-093911/pt-br.php

Oliveira, G. S., & Bizzo, N. (2009). Ciência, religião e evolução biológica: atitudes de estudantes do ensino médio. In Atas do VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis: ABRAPEC. Recuperado de http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/325.pdf

Pinhão, F., & Martins, I. (2009). A análise do discurso e a pesquisa em ensino de ciências no Brasil: um levantamento da produção em periódicos entre 1998 e 2008. In Atas do VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis: ABRAPEC. Recuperado de http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/518.pdf

Razera, J. C. C., & Nardi, R. (2006). Ética no ensino de Ciências: responsabilidades e compromissos com a evolução moral da criança nas discussões de assuntos controvertidos. Investigações em Ensino de Ciências, 11 (1) 53-66. Recuperado de https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/502/302

Razera, J. C. C., & Nardi, R. (2010). Ensino de Ciências e educação moral: uma interface de implicações mútuas. Revista Iberoamericana de Educación, 53 (3) Recuperado de https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/134428/ISSN1681-5653-2013-53-03-01-12.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Reis, V.P.G.? Carneiro, M. C. L.? Amarante, A. L. A. P. C.? Almeida, C.A? Sepulveda, C.? El-Hani, C. N. (2013). O jogo dos clipsitacídeos: uma simulação do processo de seleção natural como estratégia didática para ensino de ciências. Ciência em Tela, 6(2), 01 -18. Recuperado de http://www.cienciaemtela.nutes.ufrj.br/artigos/0602sa01.pdf

Reis, V. P. G. S.; Almeida, M. C.; Figueiredo, P. S.; Carneiro, M. C. L.; Costa, A. L. A. P; El-Hani, C. N.; Sepulveda, C. (2016). Percurso de investigação de uma sequência didática para ensino de evolução segundo a abordagem metodológica da design research. In: C. Sepulveda, C.& M. C. Almeida (Org.). Pesquisa colaborativa e inovações educacionais em Ensino de Biologia (pp.211-247). Feira de Santana: UEFS Editora.

Sepulveda, C. A. S. (2010). Perfil conceitual de adaptação: uma ferramenta para a análise de discurso de salas de aula de Biologia em contextos de ensino de evolução. Tese (Doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências), Instituto de Física, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

Sepulveda, C., & El-Hani, C. N. (2006). Apropriação do discurso científico por alunos protestantes de Biologia: uma análise à luz da teoria da linguagem de Bakhtin. Investigações em Ensino de Ciências, 11(1), 29-51. Recuperado de https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/501/301

Scott, P. H.; Mortimer, E. F., & Aguiar-Junior, O. (2006) The tension between authoritative and dialogic discourse: a fundamental characteristic of meaning making interactions in high school science lessons. Science Education, 90(7), 605-631. DOI: 10.1002/sce.20131

Silva, M. G. B. (2008). Um estudo de revisão bibliográfica sobre pesquisas que enfocam o ensino de evolução. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em Ciências Biológicas) Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié.

Snively, G., & Corsiglia, J. (2001) Discovering indigenous science: implications for science education. Science Education, 85, 6-34. DOI: 10.1002/1098-237X(200101)85:1%3C6::AID-SCE3%3E3.0.CO;2-R

Tidon, R., & Vieira, E. (2009). O ensino da evolução biológica: um desafio para o século XXI. Revista ComCiência. 7. Recuperado de http://www.comciencia.br/comciencia/index.php?section=8&edicao=45&id=535

Published

2018-08-30

How to Cite

Figueiredo, P. S. de, & Sepulveda, C. de A. S. e. (2018). Religion and Science: What the Discursive Interactions Show us about the Challenges of a Teaching of Dialogical Biology. Investigations in Science Education, 23(2), 228–255. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2018v23n2p228