USO DE ANIMAIS NO ENSINO: UM ESTUDO DE CASO EM CURSOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n1p27Palabras clave:
Uso de Animais, Ensino, Ciências Biológicas, Estudo de casoResumen
Este artigo teve como objetivo investigar o uso de animais no ensino em Cursos de Ciências Biológicas de uma Instituição de Ensino Superior (IES). Utilizou-se abordagem qualitativa de pesquisa e tipologia de estudo de caso. Foram analisados os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC), os programas das disciplinas e a percepção de docentes e discentes. Verificou-se que o registro do uso de animais no ensino ainda é pouco contemplado nos documentos relacionados aos Cursos de Ciências Biológicas da instituição. Faz-se necessário que os documentos detalhem com maior clareza as metodologias a serem utilizadas, suas finalidades e os recursos didáticos que serão efetivamente empregados, em consonância com as diretrizes previstas pelo Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal (CONCEA). Em relação à percepção de docentes e discentes, identificou-se que parte caracteriza essa prática como sendo imprescindível para o aprendizado do conteúdo biológico teórico, enquanto outros defendem o uso de recursos alternativos.É importante que, no contexto do ensino, o uso de animais seja ponderado, especialmente levando-se em conta sua real necessidade para atingir os objetivos didáticos, os impactos que esse uso pode causar, bem como a questão da valorização e do respeito à vida.Citas
Amorim, A. C. R., Oliveira, W. M. Jr., Prado, G. V. T, Monteiro, A. F. M., Brígitte, P. A., & Camargo, T. S. (2003). Diagnósticos e intervenções sobre ambientalização curricular nos cursos de licenciatura em Biologia e Geografia. In M. Junyent, A. M. Geli, & E. Arbat (Orgs.). Procesos de diagnóstico de la Ambientalización Curricular de los Estudios Superiores. Girona, Italia: Universidad de Girona, v. 3, p. 93-130.
Azevêdo, D. M. M. R. (2006). Experimentação animal: aspectos bioéticos e normativos. In S. Costa, M. Fontes, & F. Squinca (Orgs.). Tópicos em bioética. Brasília, DF: Letras Livres.
Baeder, F. M., Padovani, M. C. R. L., Moreno, D. C. A., & Delfino, C. S. (2012). Percepção histórica da Bióetica na pesquisa com animais: possibilidades. Revista Bioéthikos, 6(3), 313-320. Recuperado de http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/96/7.pdf
Bastos, J. C. F., Rangel, A. M., Paixão, R. L., & Rego, S. (2002). Implicações éticas do uso de animais no processo de ensino-aprendizagem nas faculdades de medicina do Rio de Janeiro e Niterói. Revista Brasileira de Educação Médica, 26(3), 162-170. Recuperado de http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/resource/354792
Bitencourt, M. A. D. (2015). Proibição do retrocesso ambiental: uma análise da Lei Arouca (Trabalho de conclusão de curso). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/133942
Cardoso, E., & Vicente, C. C. (2007). Considerações éticas, legais e científicas para a substituição da coleta e uso de animais vivos nas disciplinas de Ciências Biológicas e Ciências afins nas universidades brasileiras: artigo de revisão. Saúde e Ambiente em revista, 2, 57-73.
Carvalho, O. S. de (2011). Estudo descritivo e preliminar das questões éticas, educativas e legais do uso de animais como recurso didático no ensino superior (Trabalho de conclusão de curso). Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, Brasil. Recuperado de https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/118580/carvalho_os_tcc_rcla.pdf
Carvalho, A. L. de L., & Waizbort, R. (2014). Sobre cães, vivissecção e darwinismo: uma história da Biologia e de seus dilemas éticos. Acta Scientiae, 16(2), 200-236. Recuperado de https://docplayer.com.br/34068324-Sobre-caes-vivisseccao-e-darwinismo-uma-historia-da-biologia-e-de-seus-dilemas-eticos.html
Chaer, G., Diniz, R. R. P., & Ribeiro, E. A. (2011). A técnica do questionário na pesquisa educacional. Revista Evidência, 7(7), 251-266. Recuperado de http://www.uniaraxa.edu.br/ojs/index.php/evidencia/article/view/201
Corbi, I. S. A., Silva, D. A., & Lopes, L. V. (2011). Reflexões acerca da validade do modelo animal como método científico: explicações éticas e metodológicas. Journal of the Health Sciences Institute, 29(1), 37-40. Recuperado de https://www.unip.br/presencial/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2011/01_jan-mar/V29_n1_2011_p37-40.pdf
Danielski, J. C. R., Barros, D. M., & Carvalho, F. A. H de (2011). O uso de animais pelo ensino e pela pesquisa: prós e contras. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 5(1), 72-84. Recuperado de https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/507
Diniz, R., Duarte, A. L. A., Oliveira, C. A. S., & Romiti, M. (2006). Animais em aulas práticas: podemos substituí-los com a mesma qualidade de ensino? Revista Brasileira de Educação Médica, 30(2), 31-41. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022006000200005&script=sci_abstract&tlng=pt
Feijó, A. G. S., Sanders, A., Centurião, A. D., Rodrigues, G. S., & Schwanke, C. H. A. (2008). Análise de indicadores éticos do uso de animais na investigação científica e no ensino em uma amostra universitária da área da saúde e das ciências biológicas. Scientia Médica, 18(1), 10-19. Recuperado de http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/2234/7848
Feijó, A. G. S., Santos, C. I. do & Grey, N. C. (2010). O animal não-humano e seu status moral para a ciência e o Direito no cenário brasileiro. Revista de Biomédica y Derecho, 19, 2-7. Recuperado de https://portalseer.ufba.br/index.php/RBDA/article/viewFile/11076/7990
Ferrari, B. G. (2004). Experimentação animal: aspectos históricos, éticos, legais e o direito à objeção de consciência (Trabalho de conclusão de curso). Faculdade de Direito de Bauru, Instituição Toledo de Ensino, Bauru, SP, Brasil. Recuperado de http://pea.org.br/educativo/mono_barbara.pdf
Fischer, M. L. & Oliveira, G. M. D. (2012). Ética no uso de animais: a experiência do Comitê de Ética no Uso de Animais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Estudos de Biologia – Ambiente e Diversidade, 34(83), 247-260. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/index.php/estudosdebiologia/article/viewFile/22926/22025
Fischer, M. L. & Santos, J. Z. (2017). Bem-estar em invertebrados: um parâmetro ético de responsabilidade científica e social da pesquisa? Revista Latinoamericana de Bioética, 18(1), 18-35. Recuperado de http://www.scielo.org.co/pdf/rlb/v18n1/1657-4702-rlb-18-01-00018.pdf
Greif, S. (2003). Alternativas ao uso de animais vivos na educação: pela ciência responsável. São Paulo, SP: Instituto Nina Rosa.
Greif, S. & Tréz, T. (2000). A verdadeira face da experimentação animal: sua saúde em perigo. São Paulo, SP: Sociedade Educacional Fala Bicho. Recuperado de http://falabicho.org.br/PDF/LivroFalaBicho.pdf
Lei n. 11.794, de 08 de outubro de 2008. Regulamenta o inciso VII do § 1º do artigo 225 da Constituição Federal, estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais; revoga a Lei n.6.638, de 8 de maio de 1978; e dá outras providências. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11794.htm
Levai, L. F. (2008). O direito à escusa de consciência na experimentação animal. Recuperado de http://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/31498-35710-1-PB.pdf
Lima, J. E. R. (2008). Vozes do Silêncio – Cultura científica: ideologia e alienação no discurso sobre vivissecção. São Paulo, SP: Instituto Nina Rosa.
Lüdke, M. & André, M. E.D.A.A. (2013). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. (2a ed.). Rio de Janeiro, RJ: E.P.U.
Melgaço, I.C.P.P.S; Meirelles R.M.S & Castro, H.C. (2011). Implicações Éticas e Legais do Uso de Animais no Ensino: As Concepções de Discentes dos Cursos de Graduação em Ciências Biológicas e Biomedicina de uma Instituição Federal de Ensino Superior Localizada no Estado do Rio de Janeiro – Brasil. Investigações em Ensino de Ciências. 16(2), 353-369. Recuperado de https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/233/165
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (2016). Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais em Atividades de Ensino ou de Pesquisa Científica-DBCA. Brasília, DF:Autor. Recuperado de http://www.mctic.gov.br/mctic/export/sites/institucional/institucional/concea/arquivos/legislacao/resolucoes_normativas/DBCA_RN.30.pdf
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (2018). Resolução Normativa no 38 de 17 de abril de 2018. Brasília: Autor. Recuperado de https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/legislacao/outros_atos/resolucoes/Resolucao_Normativa_CONCEA_n_38_de_17042018.html
Ministério da Educação (2010). Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior-SINAES: Cursos de Bacharelado e Licenciatura - Autorização. Brasília: Autor. Recuperado de http://download.inep.gov.br/download/superior/condicoesdeensino/2010/instrumento_autorizacao_bacharelado_licenciatura2.pdf
Ministério da Educação (2017). Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior-SINAES: Instrumento de avaliação de cursos de graduação – presencial e a distância. Brasília, DF: Autor. Recuperado de http://download.inep.gov.br/educacao_superior/avaliacao_cursos_graduacao/instrumentos/2017/curso_reconhecimento.pdf
Pagan, A. A. (2018). O ser humano do Ensino de Biologia: uma abordagem fundamentada no autoconhecimento. Revista Entreideias, Salvador, 7 (n. esp.), 73-86. Recuperado de https://portalseer.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/26530
Paixão, R. L. (2004). As comissões de éticas no uso de animais. Revista do Conselho Federal de Medicina Veterinária, 32, 13-20. Recuperado de http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/218/As%20Comissões%20de%20Ética%20no%20uso%20de%20animais.pdf
Paixão, R. L. (2008). Métodos substitutivos ao uso de animais vivos no ensino: repensando o que aprendemos com os animais no ensino. Ciência Veterinária Tropical, 11(1), 88-91. Recuperado de http://download.upf.br/AlternativasanimaisensinoRPaixao88-91.pdf
Tréz, T. A. (2012). O uso de animais no ensino e na pesquisa acadêmica: estilos de pensamento no fazer e ensinar ciência (Tese de doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96112
Tréz, T. A. (2015). A caracterização do uso de animais no ensino a partir da percepção de estudantes de ciências biológicas e da saúde. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 17(3), 863-880. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-59702015000300863&lng=en&tlng=pt
Tréz, T. A. & Nakada, J. I. L. (2008). Percepções acerca da experimentação animal como um indicador do paradigma antropocêntrico-especista entre professores e estudantes de ciências biológicas da UNIFAL-MG. Alexandria – Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 1(3), 3-28. Recuperado de https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/37824
Valadão, R. & Andrade, R. M. (1990). Cadernos de Saúde Pública, 6(4), 444-454. Recuperado de http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1990000400006
Wilges, L. B. M., Filho, J. B. R & Borges, R. M. R. (2007). A abordagem bioética na educação de professores de ciências: que desafios permeiam essa questão?. Recuperado de http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/vienpec/CR2/p1080.pdf
Yin, R. K. (2010). Estudo de caso: planejamento e métodos (4a ed.). Porto Alegre, RS: Bookman.
Zanetti, M. B. F. (2009). O uso experimental de animais como instrumento didático nas práticas de ensino no curso de medicina veterinária. Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, Curitiba, PR, Brasil, 9. Recuperado de http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2009/3558_2032.pdf
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.