CONCEPÇÕES EQUIVOCADAS SOBRE EVOLUÇÃO BIOLÓGICA: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE GRADUANDOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E PÓS-GRADUANDOS
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n2p332Palabras clave:
Ensino de evolução, Evolução biológica, Concepções equivocadas, Ensino superiorResumen
Os desafios ao ensino de evolução são amplamente discutidos na literatura acadêmica. Quatro décadas de pesquisa revelaram uma prevalência surpreendentemente alta de concepções equivocadas sobre evolução em estudantes de diferentes níveis de ensino. Considerando a relevância deste tema, este trabalho pretende comparar a presença de concepções equivocadas sobre evolução entre estudantes brasileiros de ciências biológicas no início da graduação, avançados no curso e na pós-graduação. Um questionário de pesquisa com afirmações que expressam concepções equivocadas sobre evolução foi desenvolvido e validado, sendo aplicado em duas edições de um curso de extensão frequentado por alunos da área biológica de diferentes Universidades públicas e privadas. Obteve-se 46 respostas de graduandos em ciências biológicas no início do curso, 42 respostas de estudantes avançados na graduação e 34 respostas de pós-graduandos, totalizando 122 questionários preenchidos. A análise comparativa indicou uma redução média nas concepções equivocadas de acordo com o avanço na formação acadêmica dos estudantes. Diferenças significativas entre os graduandos de ciências biológicas e pós-graduandos foram encontradas em alguns itens, com os estudantes de pós-graduação apresentando uma frequência menor de concepções equivocadas sobre seleção natural e adaptação. No entanto, mesmo nestas questões, ainda há uma alta porcentagem de concordância em todos os grupos. Em conjunto, os dados analisados indicam a necessidade de uma atenção especial às concepções equivocadas relacionadas com seleção natural, adaptação e leitura de filogenias na formação de professores, biólogos e mesmo de pós-graduandos da área biológica.Citas
Alters, B. J., & Nelson, C. E. (2002). Teaching evolution in higher education. Evolution, 56(10), 1891-1901. https://doi.org/10.1111/j.0014-3820.2002.tb00115.x
Amorim, D. S. (2002). Fundamentos de Sistemática Filogenética. Ribeirão Preto, SP: Holos.
Balbinotti, M. A. (2005). Para se avaliar o que se espera: reflexões acerca da validade dos testes psicológicos. Aletheia, 21, 43-52.
Baum, D. A., Smith, S. D., & Donovan, S. S. (2005). The tree-thinking challenge. Science, 310(5750), 979-980. https://doi.org/10.1126/science.1117727
Bishop, B. A., & Anderson, C. W. (1990). Student conceptions of natural selection and its role in evolution. Journal of research in science teaching, 27(5), 415-427. https://doi.org/10.1002/tea.3660270503
Buckberry, S., & Silva, K. B. (2012). Evolution: improving the understanding of undergraduate biology students with an active pedagogical approach. Evolution: Education and Outreach, 5(2), 266-273. https://doi.org/10.1007/s12052-012-0416-z
Caponi, G. (2005). O darwinismo e seu outro, a teoria transformacional da evolução. Scientiae Studia, 3(2), 233-242. https://doi.org/10.1590/S1678-31662005000200004
Clough, E., & Wood-Robinson, C. (1985). How secondary students interpret instances of biological adaptation. Journal of Biological Education, 19(2), 125-130.
Freeman, S., & Herron, J. C. (2009). Análise evolutiva. Porto Alegre, RS: Artmed.
Futuyma, D. J. (1992). Biologia evolutiva. (2a ed.). Ribeirão Preto, SP: SBG.
Gil-Pérez, D., Montoro, I. F., Alís, J. C., Cachapuz, A., & Praia, J. (2001). Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação (Bauru), 7(2), 125-153. Recuperada de https://www.scielo.br/pdf/ciedu/v7n2/01.pdf
Godfrey-Smith, P. (2001). Three kinds of adaptationism. In S. H. Orzack, & E. Sober (Eds.), Adaptationism and Optimality (pp. 335-357). Cambridge University Press.
Gregory, T. R. (2008). Understanding evolutionary trees. Evolution: Education and Outreach, 1(2), 121-137. https://doi.org/10.1007/s12052-008-0035-x
Gregory, T. R. (2009). Understanding natural selection: essential concepts and common misconceptions. Evolution: Education and outreach, 2(2), 156-175. https://doi.org/10.1007/s12052-009-0128-1
Gregory, T. R., & Ellis, C. A. (2009). Conceptions of evolution among science graduate students. BioScience, 59(9), 792-799. https://doi.org/10.1525/bio.2009.59.9.10
Hernández-Nieto, R. A. (2002). Contributions to Statistical Analysis. Mérida, Venezuela: Universidad de Los Andes.
Mayr, E. (2004). What makes biology unique? Considerations on the autonomy of a scientific discipline. Cambridge University Press.
Meir, E., Perry, J., Herron, J. C., & Kingsolver, J. (2007). College students' misconceptions about evolutionary trees. The American Biology Teacher, 69(7), 71-76. https://doi.org/10.1662/0002-7685(2007)69[71:CSMAET]2.0.CO;2
Nehm, R. H., & Schonfeld, I. S. (2008). Measuring knowledge of natural selection: A comparison of the CINS, an open?response instrument, and an oral interview. Journal of Research in Science Teaching, 45(10), 1131-1160. https://doi.org/10.1002/tea.20251
Nunnally, J. (1978). Psychometric methods. New York, United States of America: McGraw Hill.
Oleques, L. C., Bartholomei, M. L. S., & Boer, N. (2011). Evolução biológica: percepções de professores de biologia. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 10(2), 243-263. Recuperada de http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen10/ART2_VOL10_N2.pdf
Oliveira, G., & Bizzo, N. (2015). Evolução biológica e os estudantes brasileiros: conhecimento e aceitação. Investigações em Ensino de Ciências, 20(2), 161-185. http://dx.doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v20n2p161
Paesi, R. A. (2018). Evolução humana nos livros didáticos de Biologia: o antropocentrismo em questão. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 17(1), 143-166. Recuperada de http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen17/REEC_17_1_7_ex1176.pdf
Pazza, R., Penteado, P. R., & Kavalco, K. F. (2010). Misconceptions about evolution in Brazilian freshmen students. Evolution: Education and Outreach, 3(1), 107-113. https://doi.org/10.1007/s12052-009-0187-3
Rubio, D. M., Berg-Weger, M., Tebb, S. S., Lee, E. S., & Rauch, S. (2003). Objectifying content validity: Conducting a content validity study in social work research. Social work research, 27(2), 94-104. https://doi.org/10.1093/swr/27.2.94
Shanahan, T. (2000). Evolutionary progress? BioScience, 50(5), 451-459. https://doi.org/10.1641/0006-3568(2000)050[0451:EP]2.0.CO;2
Sinatra, G. M., Brem, S. K., & Evans, E. M. (2008). Changing minds? Implications of conceptual change for teaching and learning about biological evolution. Evolution: Education and outreach, 1(2), 189-195. https://doi.org/10.1007/s12052-008-0037-8
Stearns, S. C. (1989). Trade-offs in life-history evolution. Functional ecology, 3(3), 259-268. Recuperada de https://www.jstor.org/stable/2389364
Tidon, R., & Lewontin, R. C. (2004). Teaching evolutionary biology. Genetics and molecular biology, 27(1), 124-131. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-47572004000100021
Ziadie, M. A., & Andrews, T. C. (2018). Moving evolution education forward: a systematic analysis of literature to identify gaps in collective knowledge for teaching. CBE—Life Sciences Education, 17(1), ar11. https://doi.org/10.1187/cbe.17-08-0190
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.