EDUCAÇÃO AMBIENTAL E EDUCAÇÃO CTS NUMA PERSPECTIVA FREIREANA: A NECESSÁRIA SUPERAÇÃO DA CONTRADIÇÃO ENTRE CONSERVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n5p162Palabras clave:
Educação em Ciências, Paulo Freire, Ideologias, Situações-Limite, HumanizaçãoResumen
No cenário mundial atual, marcado pelas relações capitalistas de produção, se faz necessário que o ensino de ciências problematize as contradições socioambientais na direção do enfrentamento da crise civilizatória vivenciada. Este artigo tem o objetivo de discutir as contribuições da Educação Ambiental e da Educação CTS, numa perspectiva freireana, para o desvelamento da contradição entre conservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico no contexto da Educação em Ciências. Para isso, refletimos sobre os obstáculos e desafios à humanização, com destaque para as ideologias e situações-limite que impedem a percepção das condições existenciais dos sujeitos. Diante desse contexto, ressaltamos os contributos da Educação CTS e da Educação Ambiental no processo de desvelamento e transformação da realidade capitalista opressora, por meio de um ensino de ciências que possa contribuir para a construção de uma nova forma de sociabilidade em que a conciliação entre desenvolvimento e conservação esteja finalmente materializada no seio das relações sociais.Citas
Amaral, I. A. (2001). Educação Ambiental e Ensino de Ciências: uma história de controvérsias. Pro-posições, 12(1), 73-93. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8644012/11461
Almeida, E. S. (2018). A Investigação Temática na perspectiva da articulação Freire-CTS. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Brasil. Recuperado de http://www.biblioteca.uesc.br/biblioteca/bdtd/ 201610055D.pdf
Almeida, E. S., & Gehlen, S. T. (2019). Organização Curricular na perspectiva Freire-CTS: propósitos e possibilidades para a Educação em Ciências. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 21, 1-24. https://doi.org/10.1590/1983-21172019210126
Archanjo, M. G. J., & Gehlen, S. T. (2020). A Tecnologia Social e sua contribuição para a Educação em Ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 20, 345-374. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u345374
Auler, D. (2002). Interações entre ciência-tecnologia-sociedade no contexto da formação de professores de ciências. (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/82610
Auler, D., & Delizoicov, D. (2006). Ciência-Tecnologia-Sociedade: relações estabelecidas por professores de ciências. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 5(2), 337–35. Recuperado de http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen5/ART8_Vol5_N2.pdf
Auler, D. (2018). Cuidado! Um cavalo viciado tende a voltar para o mesmo lugar. Curitiba, PR: Appris.
Barbosa, L. S., Lima, J. A., Santos, J. S., & Gehlen, S. T. (2020) O Brincar e os Três Momentos Pedagógicos: contribuições para o ensino de Ciências Naturais na Educação Infantil. Experiências em Ensino de Ciências, 15(1), 39-60. Recuperado de http://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID677/v15_n1_a2020.pdf
Bourdieu, P. (1996). Razões práticas: sobre a teoria da ação. Tradução Mariza Corrêa. Campinas, São Paulo, SP: Papirus.
Cachapuz, A., Gil Pérez, D., Carvalho, A. M. P., Praia, J., & Vilches, A. (2011). A necessária renovação do ensino das ciências. (2a ed.). São Paulo, SP: Cortez.
Chauí, M. (2008). O que é ideologia. (2a ed. 9a. reimpr.). São Paulo, SP: Brasiliense.
Deconto, D. C. S., Cavalcanti, C. J. H., & Ostermann, F. (2016). A perspectiva Ciência, Tecnologia e Sociedade na formação inicial de professores de Física: estudando concepções a partir de uma análise Bakhtiniana. Alexandria, Revista de Educação em Ciência e Tecnologia 9(2), 87-119. https://doi.org/10.5007/1982-5153.2016v9n2p87
Delizoicov, D. (1991). Conhecimento, tensões e transições. (Tese de doutorado). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/75757?locale-attribute=es
Delizoicov, D., Angotti, J. A. P., & Pernambuco, M. M. C. A. (2018). Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. (5a. ed.). São Paulo, SP: Cortez.
Dias, G. F. (2004). Educação Ambiental: princípios e práticas. (9a ed.). São Paulo, SP: Gaia.
Diegues, A. C. (2008). O mito moderno da natureza intocada. (6a. ed.). São Paulo, SP: Hucitec.
Duarte, N. (2000). Educação e moral na sociedade capitalista em crise. In V. M. Candau (Org.). Ensinar e aprender: sujeitos, saberes e pesquisa. Rio de Janeiro, RJ: DP&A, 175-189.
Farias, C. R. O., & Freitas, D. (2007). Educação ambiental e relações CTS: Uma perspectiva integradora. Revista Ciência & Ensino, (v. esp.1). Recuperado de http://200.133.218.118:3535/ojs/index.php/cienciaeensino/article/viewFile/159/124
Fernandez, B. (2011). Ecodesenvolvimento, Desenvolvimento Sustentável e Economia Ecológica: em que sentido representam alternativas ao paradigma de desenvolvimento tradicional? Desenvolvimento e Meio ambiente, 23(0),109-120. https://doi.org/10.5380/dma.v23i0.19246
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, SP: Paz e Terra.
Freire, P. (2005). Pedagogia do oprimido. (42a. ed. 49a. reimpr.) Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Freire, P., Shor, I. (1986). Medo e ousadia: o cotidiano do professor. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Frigotto, G. (2003). Educação e formação humana: ajuste neoconservador e alternativa democrática. In G. Frigotto (Ed.). Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo, SP: Cortez, p. 135-207.
Gentili, P. (1996). Neoliberalismo e educação: manual do usuário. In T. T. Silva & P. Gentili (Orgs.). Escola S.A.: quem ganha e quem perde no mercado educacional no neoliberalismo. Brasília, DF: CNTE. p. 9-49.
Hansen, T. R., Marsango, D., & Santos, R. A. (2019). Práticas educativas CTS e Educação Ambiental na problematização dos valores presentes no direcionamento dado ao desenvolvimento científico-tecnológico. REMEA - Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 0(2), 118-129. https://doi.org/10.14295/remea.v0i2.8885
Layrargues, P. P., & Lima, G. F. C. (2014). As macrotendências político-pedagógicas da Educação Ambiental Brasileira. Ambiente & Sociedade, 7(1), 23-40. https://doi.org/10.1590/s1414-753x2014000100003
Leff, E. (2001). Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis,RJ: Vozes.
Lessa, S., & Tonet, I. (2008). Introdução à filosofia de Marx. São Paulo, SP: Expressão Popular.
Lima, G. F. C. (1997). O debate da sustentabilidade na sociedade insustentável. Política & Trabalho (Impresso), 13, 202-222. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/6404
Lima, G. F. C. (2003). O discurso da sustentabilidade e suas implicações para a educação. Ambiente & Sociedade, 6(2), 99-119. https://doi.org/10.1590/s1414-753x2003000300007
Loureiro, C. F. B. (2012). Trajetórias e fundamentos da Educação Ambiental. (4a. ed.). São Paulo, SP: Cortez.
Loureiro, C. F. B., & Lima, J. G. S. (2009). Educação ambiental e educação científica na perspectiva Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS): pilares para uma educação crítica. Acta Scientiae, 11(1), 88-100. Recuperado de http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/viewFile/57/51
Löwy, M. (2010). Ideologias e ciência social: elementos para uma análise marxista. (19a. ed.). São Paulo, SP: Cortez.
Luz, R. (2019). Interfaces entre a Educação Ambiental e a Educação CTS e CTSA no Brasil: possibilidades e limitações. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Brasil. Recuperado de http://www.biblioteca.uesc.br/biblioteca/bdtd/201710069D.pdf
Luz, R., Almeida, E. S., Nascimento, E. S., & Prudêncio, C. A. V. (2019). Professores de Química em Formação Inicial: o que Pensam e Dizem sobre as Relações entre Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Sociedade. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 19, 537-563. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2019u537563
Luz, R., Araújo-Queiroz, M., & Prudêncio, C. A. V. (2019). CTS ou CTSA: o que (não) dizem as pesquisas sobre educação ambiental e meio ambiente? Alexandria, 12(1), 31-54. https://doi.org/10.5007/1982-5153.2019v12n1p31
Maknamara, M. (2009). Educação Ambiental e ensino de Ciências em escolas públicas alagoanas. Contrapontos, 9(1), 55-64. Recuperado de https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rc/article/viewFile/975/832
Marx, K. (1971). O capital: crítica da economia política. (2a. ed.). Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.
Marx, K., & Engels, F. (2007). A ideologia alemã. Trad. Rubens Enderle, Nélio Schneider e Luciano Cavini Martorano. São Paulo, SP: Boitempo.
Marx, K., & Engels, F. (2010). Manifesto do partido comunista. (5a. reimpr.). São Paulo, SP: Martin Claret.
Muenchen, C., & Auler, D. (2007). Configurações curriculares mediante o enfoque CTS: desafios a serem enfrentados na educação de jovens e adultos. Ciência e Educação. 13(3), 421- 434. https://doi.org/10.1590/s1516-73132007000300010
Rocha, C. C. (2014). “Bora vê quem pode mais”: uma etnografia sobre o fazer política entre os Tupinambá e Olivença (Ilhéus, Bahia). (Tese de doutorado). Programa de Pós Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/128885/ 329719.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Rosa, S. E. (2019). Educação CTS: contribuições para a constituição de culturas de participação. (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil. Recuperado de https://repositorio.unb.br/handle/10482/39240
Roso, C. C. (2017). Transformações na Educação CTS: uma proposta a partir do conceito de Tecnologia Social. (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/187060
Roso, C. C., & Auler, D. (2016). A participação na construção do currículo: práticas educativas vinculadas ao movimento CTS. Ciência & Educação, 22(2), 371-389. https://doi.org/10.1590/1516-731320160020007
Sachs, I. (1981). Espaços, tempos e estratégias do desenvolvimento. São Paulo, SP: Vértice.
Santos, W. L. P. (2008). Educação científica humanística em uma perspectiva Freireana: resgatando a função do ensino de CTS. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 1(1),109-131. Recuperado de https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/37426
Santos, B. S. (2020). A cruel pedagogia do vírus. Coimbra, Portugal: Almedina.
Santos, R. A., Brum, D. L., & Fucks, P. M. (2018). Compreensões da não neutralidade da CT construídas em práticas educativas CTS com enfoque na Educação Ambiental na Educação Básica. Tecné, Episteme y Didaxis: TED (Revista de la Facultad de Ciencia y Tecnología), 0(0), 1-7. Recuperado de https://revistas.pedagogica.edu.co/index.php/TED/article/view/9130/6853
Sato, M., Amorim, A. G., Silva Junior, A. A., Mellado, B. Y., Ferreira, C. R., Souza, C. F. S., Pedrotti-Mansilla, D. E., Santos, D. L. M. S., Amorim, D. A. R., Willms, E. E., Valles, E. A., Bertier, F. L., Nora, G., Gomes, G. R. N. S., Tamaio, I., Souza, J. P. T., Reis, K. F. M., Silva, M. L., Amorim, P. M., Ramos, R. B., Silva, R., Simione, R. M., Jales Senra, R. E. F., Nardi, T. C., Luiz, T. C., & Mello, V. M. (2020). Os condenados da pandemia. Cuiabá, MT: GPEA Sustentável.
Sato, M., Santos, D. L. M. S., & Sanches, C. (2020). Vírus: simulacro da vida? Cuiabá, MT: GPEA.
Sauvé, L. (2005). Educação Ambiental: possibilidades e limitações. Educação e Pesquisa, 31(2), 317-322. Recuperado de https://www.foar.unesp.br/Home/projetoviverbem/sauve-ea-possibilidades-limitacoes-meio-ambiente---tipos.pdf
Sauvé, L., & Asselin, H. (2017). En réponse à l’instrumentalisation de l’école comme antichambre du «marché du travail»: l’éducation à l’écocitoyenneté. Teoría de la Educación. 29(1), 217-244. http://dx.doi.org/10.14201/teoredu2017291217244
Silva. A. T. R. (2015). A conservação da biodiversidade entre os saberes da tradição e a ciência. Estudos Avançados, 29, 233-259. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142015000100012
Strieder, R. B. (2012). Abordagens CTS na educação científica no Brasil: sentidos e perspectivas. (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências. Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-13062012-112417/pt-br.php
Tabarelli, M., Pinto, L. P. Silva, J. M. C., Hirota, M. M., & Bedê, L. C. (2005). Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica Brasileira. Megadiversidade, 1(1), 132-138. Recuperado de http://www.avesmarinhas.com.br/Desafios%20e%20oportunidades%20para%20a%20 conservação%20da%20biodiversidade.pdf
Tonet, I. (2002). Ética e capitalismo. Presença Ética, 2(0), 13-25. Recuperado de http://ivotonet.xp3.biz/arquivos/ETICA_E_CAPITALISMO.pdf
Tonet, I. (2009). Expressões socioculturais da crise capitalista na atualidade. In CFESS; ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: DF.
Tonet, I. (2014). Atividades educativas emancipadoras. Práxis Educativa, 9(1), 9-23. https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.9i1.0001
Tonet, I. (2015). Educação e meio ambiente. REBELA, 5(3), 479-491. Recuperado de https://rebela.emnuvens.com.br/pc/article/view/248
Torres, J. R., & Maestrelli, S. R. P. (2012). Apropriações da concepção educacional de Paulo Freire na Educação Ambiental: um olhar crítico. Revista Contemporânea de Educação, 07(14), 309-334. https://doi.org/10.20500/rce.v7i14.1674
Torres, J. R., & Maestrelli, S. R. P. (2014). Abordagem temática freireana: uma concepção curricular para a efetivação de atributos da educação ambiental escolar. Revista e-Curriculum, 12(2), 1391-1417. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/curriculum/article/view/9272#:~:text=Este%20estudo%20pressup%C3%B5e%20que%20a,da%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20Ambiental%20escolar%20em
Tozoni-Reis, M. F. C. (2006). Temas Ambientais como 'temas geradores': contribuições para uma metodologia educativa ambiental crítica, transformadora e emancipatória. Educar em Revista, (27), 93-110. https://doi.org/10.1590/S0104-40602006000100007
Vilches, A., Gil Pérez, D., & Praia, J. (2011). De CTS a CTSA: educação por um futuro sustentável. In W. L. P. Santos & D. Auler (Orgs.). CTS e educação científica: desafios, tendências e resultados de pesquisas. Brasília: UNB, 161-184.
Zizek, S. (1996). O espectro da ideologia. In S. Zizek (Org.). Um mapa da ideologia. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, RJ: Contraponto, 7-36.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.