CONTRIBUIÇÕES E LIMITES DA QUESTÃO SOCIOCIENTÍFICA FOSFOETANOLAMINA NAS AULAS DE CIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n3p344Palabras clave:
Ensino de Ciências, Perspectiva CTS, Teoria Histórico-cultural, Mediação Pedagógica, Conceitos Espontâneos e CientíficosResumen
Este trabalho objetiva analisar as contribuições e limites do ensino organizado por meio da QSC Fosfoetanolamina para o reconhecimento e a reflexão dos aspectos científicos, éticos, políticos e econômicos em relação ao tema discutido. Para tanto, fundamentando-se na perspectiva Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS) e na Teoria Histórico-Cultural (THC), desenvolveu-se uma proposta didático-pedagógica, que abordou aspectos intrínsecos da QSC Fosfoetanolamina, em uma turma do 8º ano do Ensino Fundamental, de uma escola municipal, da região sul de Mato Grosso do Sul. Os resultados da investigação constituíram-se por diálogos entre estudantes e professora/pesquisadora, registrados por questionários, gravações em áudio das aulas e entrevista semiestruturada, procedidos pela Análise de Conteúdo. De maneira geral, verificou-se que o ensino organizado por meio da QSC fosfoetanolamina e da mediação pedagógica contribuiu para o reconhecimento e discussão dos estudantes sobre os aspectos científicos, políticos, econômicos e éticos, bem como dos riscos/custos e benefícios que envolvem essa QSC, auxiliando-os no processo de aprendizagem em ciências de maneira contextualizada. Por outro lado, por meio da análise crítica da proposta didático-pedagógica, se fortalece a necessidade de elaborar estratégias de ensino que promovam a transposição didática e ampliação da ZDP dos estudantes por meio de pistas, anunciações intencionais e questionamentos que façam os estudantes refletirem sobre os conceitos e situações estudadas.Citas
Aikenhead, G. S. (2009). Research into STS science education. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 9(1), 1-21. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4005/2569.
Angell, M. A. (2008). Verdade sobre os laboratórios farmacêuticos: como somos enganados e o que podemos fazer a respeito. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record.
Auler, D. (2007). Enfoque Ciência- Tecnologia- Sociedade: Pressupostos para o contexto brasileiro. Ciência & Ensino, 1, 1-20. Recuperado de http://200.133.218.118:3536/ojs/index.php/cienciaeensino/article/viewFile/147/109.
Auler, D. (2002). Interações sobre Ciência – Tecnologia – Sociedade no contexto da formação de professores de ciências. (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/82610.
Bakovic, M., Fullerton, M. D., & Michel, V. (2007). Metabolic and molecular aspects of ethanolamine fhosfhoslipid biosynthesis: the role CTP: fhosfhoethanolamine cytidyltransferase (Pcyt2). Biochem Cell Biol., 85, 283-200. https://cdnsciencepub.com/doi/10.1139/O07-006.
Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. São Paulo, SP: Edições 70.
Bazzo, W. A. (2015). Ciência, Tecnologia e Sociedade: e o contexto da educação tecnológica. Florianópolis, SC: UFSC.
Bazzo, W. A., Pereira, L. T. V., & Bazzo, J. L. S. (2016). Conversando sobre Educação Tecnológica. Florianópolis, SC: UFSC.
Brasil (1998). Ministério da Educação. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf
Carvalho, L. M (2014). Diálogos entre educação formal e não formal no ensino médio público: potencial pedagógico para a alfabetização científica com enfoque CTSA. (Dissertação de Mestrado). Instituto Federal do Espírito Santo, Vitória, ES. Recuperado de https://repositorio.ifes.edu.br/handle/123456789/188
Chassot, A. (2010). Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí, RS: Unijuí.
Fontana, R. Ap. C. (2005). Mediação pedagógica na sala de aula. Campinas, SP: Autores Associados.
Galvão, C., & Reis, P. (2008). A promoção do interesse e da relevância do ensino da ciência através da discussão de controvérsias sociocientíficas. In R. M. Vieira et al. (Orgs.), Ciência-tecnologia-sociedade no ensino das ciências: Educação científica e desenvolvimento sustentável (131-135). Aveiro, Portugal: Universidade de Aveiro.
Gauthier, C., & Tardif, M. (2010). A pedagogia: teorias e práticas da antiguidade aos nossos dias. Petrópolis, RJ: Vozes.
Hilário, T., & Reis, P. R. (2009). Potencialidades e limitações de sessões de Discussão de controvérsias sociocientíficas como contributos para a literária científica. REU, 35(2), 167-183. Recuperado de https://repositorio.ipsantarem.pt/handle/10400.15/31.
Junqueira, L. C., & Carneiro, J. (1991). Biologia celular e molecular. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan.
Luria, A.R. (1994). Linguagem e Pensamento. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.
Meneguelo, R. (2007). Efeito antiptoliferativos e apoptóticos da fosfoetanolamina sintética no melanoma B16F10. (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo. São Paulo, SP. Recuperado de https://ambienteporinteiro.com/_files/200000101-6da7f6ea2d/TDE_RenatoMeneguelo.pdf.
Oliveira, M. K. de. (1997). Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sóciohistórico. São Paulo, SP: Scipione.
Pedrancini, V. D. (2015). Percepção pública da Ciência e Tecnologia dos medicamentos: Subsídios para o Ensino de Ciências. (Tese de Doutorado). Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru, São Paulo. Recuperado de https://repositorio.unesp.br/handle/11449/154687.
Pedrancini, V. D., Corazza, M. J., & Galuch, M. T. B. (2011). Mediação pedagógica e a formação de conceitos científicos sobre hereditariedade. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 10(1), 109-132. Recuperado de http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen10/ART6_Vol10_N1..pdf.
Pérez, L. F. M. (2012). Questões sociocientíficas na prática docente: ideologia, autonomia e formação de professores. São Paulo, SP: UNESP.
Pinheiro, M. A. N., Silveira, F. C. M. R., & Bazzo, A. W. (2007). Ciência, tecnologia e sociedade: a relevância do enfoque CTS para o contexto do ensino médio. Ciência & Educação (Bauru), 13(1), 71-84. Recuperado de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5274182.
Ratcliffe, M., & Grace, M. (2003). Science Education for citizenship: Teaching socioscientific issues. United States of America: Open University Press.
Reis, P. (2006). Uma iniciativa de desenvolvimento profissional para a discussão de controvérsias sociocientíficas em sala de aula. Interacções, 4, 64-107. Recuperado de https://repositorio.ul.pt/handle/10451/4724.
Reis, P., & Galvão, C. (2005). Controvérsias sócio-científicas e prática pedagógica de jovens professores. Investigações em Ensino de Ciências, 10(2), 131-160. Recuperado de https://repositorio.ul.pt/handle/10451/4734.
Sadler, T. D. (2004). Moral sensivity and its contribution to the resolution of socioscientific issues. Journal of Moral Education, 33(3), 239-358.
SED/MS (2012). Secretaria de Estado de Educação: Referencial Curricular de Maro Grosso do Sul. Campo Grande/MS. Recuperado de http://www.sed.ms.gov.br/wp-content/uploads/2019/09/curriculo_ms_109.pdf.
Universidade de São Paulo. (2016). Serviço de Referência. Os fatos sobre a fosfoetanolamina. Recuperado de http://www5.usp.br/99485/usp-divulga-comunicado-sobre-a-substancia-fosfoetanolamina/.
Veronez, L. (2012). Atividade da Fosfoetanolamina sintética em melanoma murinho experimental. (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Recuperado de https://teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-15122012-123717/en.php.
Vigotski, L. S. (2001a). A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo, SP: Martins fontes.
Vigotski, L. S. (2001b). Psicologia Pedagógica. São Paulo, SP: Martins Fontes.
Vigotski, L. S. (2007). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo, SP: Martins Fontes.
Zeidler, D., & Keefer, M. (2003). The role of moral reasoning and the status of socioscientific issues in science education: philosophical, psychological and pedagogical considerations In D. Zeidler (Org.), The role of moral reasoning on socioscientific issues and discourse in science education (pp.7-38). The Netherlands: Kluwer Academic Publishers.
Zeidler, D., Sadler, T., Simmons, M. L., & Howes, E. V. (2005). Beyond STS: A research-based framework for socioscientific issues education. Wiley InterScience, 89(3), 357-377. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1002/sce.20048.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.