A EDUCAÇÃO PARA SEXUALIDADE E SEUS ASPECTOS CIENTÍFICOS E SOCIOCULTURAIS: UMA ABORDAGEM NOS ANOS INICIAIS

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n2p254

Palabras clave:

Educação para Sexualidade, Sexualidade, Sequência Didática, Anos iniciais, Ensino Fundamental

Resumen

Este estudo objetivou desvelar de que maneira a Educação para Sexualidade pode ser abordada e discutida com base na implementação de uma sequência didática para o 5º ano, do Ensino Fundamental, nas aulas de Ciências. Tal sequência foi desenvolvida em sete encontros, com duração de 100 minutos cada um, os quais ocorreram ao longo de sete semanas. Esta investigação apresentou cunho qualitativo, baseado em uma pesquisa de intervenção pedagógica. A análise de dados ocorreu a partir da transcrição do áudio das aulas e das atividades realizadas pelos (as) estudantes, com base na Análise de Conteúdo, tendo como categorias a posteriori a) aspectos científicos da Educação para Sexualidade e como subcategorias anatomia e fisiologia b) aspectos socioculturais da Educação para Sexualidade, com as subcategorias: respeito às diferenças, crenças e tabus, prevenção e saúde e proteção. No decorrer da implementação da sequência, foi discutida a importância da inserção da Educação para Sexualidade dentro do espaço escolar, articulando as categorias dos aspectos científicos com os socioculturais, a fim de que não ocorresse a fragmentação dos conhecimentos acerca do corpo, contribuindo para a formação de crianças sexualmente saudáveis que se tornarão adultos conscientes e responsáveis sobre seus corpos e seus direitos sexuais.

Biografía del autor/a

Fernanda Fernandes, Prefeitura Municipal de Curitiba

Licenciatura em Ciências Biológicas e Mestrado em Educação em Ciências e em Matemática pela UFOR

Leonir Lorenzetti, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Ciências Habilitação, mestrado em Educação e doutorado em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professor da Universidade Federal do Paraná, atuando no curso de Licenciatura em Química e Ciências Biológicas e no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática. Lider do Grupo de Pesquisa Alfabetização Científica e Tecnológica na Educação em Ciências. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Ambiental, Ensino de Ciências e Biologia, CTS e Alfabetização Científica e Tecnológica.

Citas

Aikenhead, G. S. (2005). Educación ciencia-tecnología-sociedad (CTS): una buena idea como quiera que se le llame. Educación Química, 16(2), 304-315. Recuperado de https://andoni.garritz.com/documentos/aikenhead_a_rose_by_any_other_name.pdf

Arcari, C. (2017). Pipo e Fifi em: Como conversar com as crianças sobre nudez? Instituto Cores. Recuperado de https://7bade3ca-175c-4091-a883-617da1919eff.filesusr.com/ugd/5117a5_dc61270940974548aa8078f2fd46eb54.pdf

Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência – ABRAPIA (2002). Abuso sexual: mitos e realidade (3a ed.). Petrópolis, RJ: Autores & Agentes & Associados.

Bardin L. (2016). Análise de conteúdo. (3a ed.). Lisboa, Portugal: Edições 70.

Bogdan, R., & Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto, Portugal: Porto.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1988). Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm

Damiani, M. F., Rochefort, R. S., Castro, R. F. de, Dariz, M. R. & Pinheiro, S. S. (2013). Discutindo pesquisas do tipo intervenção pedagógica. Cadernos de Educação, 45, 57-67. Recuperado de https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/caduc/article/view/38222

Delizoicov, D., Angotti, J. A., & Pernambuco, M. M. (2002). Ensino de ciências: fundamentos e métodos. São Paulo, SP: Cortez.

Fernandes, F. (2020). A Educação para Sexualidade nos Anos iniciais. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e em Matemática, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. Recuperado de https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/68800?show=full

Figueiró, M. N. D. (1996). A produção teórica no Brasil sobre educação sexual. Cadernos de Pesquisa, 98, 50-63. Recuperado de: http://publicacoes.fcc.org.br//index.php/cp/article/view/795

Figueiró, M. N. D. (2007). Homossexualidade e Educação sexual: construindo o respeito à diversidade. Londrina, PR: Uel.

Figueiró, M. N. D. (Org.) (2009). Educação sexual: múltiplos temas compromissos comuns. Londrina, PR: UEL.

Furlani, J. (2005). O bicho vai pegar! Um olhar pós-estruturalista à Educação Sexual a partir de livros paradidáticos de educação infantil. (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS. Recuperado de https://lume.ufrgs.br/handle/10183/13259

Furlani, J. (2016). Educação sexual na sala de aula: relações de gênero, orientação sexual e igualdade étnico-racial numa proposta de respeito às diferenças. Belo Horizonte, MG: Autêntica.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (4a. ed.). São Paulo, SP: Atlas.

Gulo, F. H. (2011). Educação sexual na escola e juventude: um estudo das pesquisas acadêmicas no Brasil (2000-2004). (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, SP. Recuperado de http://www2.fct.unesp.br/pos/educacao/teses/2010/fabio_gulo.pdf

Lei n. 5.692 (1971, 11 de agosto). Fixa as Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências, Diário Oficial da União, 12/8/1971. Brasília, DF: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5692.htm

Lei n.13.185 (2015, 6 de novembro). Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Diário Oficial da União, 9/11/2015. Brasília, DF: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm

Lopes, A. C. (1999). Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro, RJ: Uerj.

Louro, G. L. (2008). Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, 19(2), 7-23. Recuperado de https://www.scielo.br/j/pp/a/fZwcZDzPFNctPLxjzSgYvVC/?lang=pt

Lüdke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, SP: Pedagógica e Universitária.

Maio, E. R. (2012). Gênero, sexualidade e educação: questões pertinentes à Pedagogia. In E. J. G. de Carvalho & R. C. Faustino (Orgs.). Educação e Diversidade Cultura (pp. 209-222). (2a ed.). Maringá, PR: Eduem.

MEC – Ministério da Educação. (1997a). Parâmetros curriculares nacionais: orientação sexual. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, DF: MEC/SEF. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro102.pdf

MEC – Ministério da Educação. (1997b). Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, DF: MEC/SEF. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf

MEC – Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular. Recuperada de http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

Melo, S. M. M. de (2002). Educação e sexualidade: caderno Pedagógico (2a ed.). Florianópolis, SC: Dioesc.

Nunes, C. A. (1996). Filosofia, sexualidade e educação: as relações entre os pressupostos ético-sociais e histórico-culturais presentes nas abordagens institucionais sobre a educação sexual escolar. (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP. Recuperado de http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/252438

OMS – Organização Mundial da Saúde. (2019). More than 1 million new curable sexually transmitted infections every day. Suiça. Recuperado de https://www.who.int/news/item/06-06-2019-more-than-1-million-new-curable-sexually-transmitted-infections-every-day

Pereira, A. M., & Santana, M., & Waldhelm, M. (2013). Projeto Apoema Ciências, 8º ano. São Paulo, SP: Editora do Brasil.

Sayão, R. (1997). Saber o sexo: os problemas da informação sexual e o papel da escola. In J. G. Aquino (Org.) Sexualidade na escola: alternativas teóricas e práticas (pp. 97-105). São Paulo, SP: Summus.

Silva, M. C. P. da (2007). Sexualidade começa na infância. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Silva, V. R. da (2018). Contribuições de uma sequência didática para a promoção da alfabetização científica nos anos iniciais. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. Recuperado de https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/55995

UNFPA (2019). Situação da População Mundial 2019. UNFPA. Recuperado de https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/situacao_da_populacao_mundial_final.pdf

Varela, C. M., & Ribeiro, P. R. C. (2017). Educação para a sexualidade: a constituição de um campo conceitual. In: P. R. C. Ribeiro, & J. C. Magalhães, (Org.) Debates contemporâneos sobre Educação para a sexualidade (pp. 11-24) Rio Grande, RS: Furg.

Xavier Filha, C. (2009a). Educação para a Sexualidade, equidade de gênero e diversidade sexual: carregar água na peneira, catar espinhos na água e a prática de (des)propósitos. In C. Xavier Filha (Org.). Educação para a Sexualidade, equidade de gênero e diversidade sexual (pp. 19-43). Campo Grande, MS: Ufsm.

Xavier Filha, C. (2009b). Educação para a Sexualidade: carregar água na peneira? In P. R. C. Ribeiro, M. R. S. da. Silva & S. V. Goellner. (Orgs.) Corpo, gênero e sexualidade: composições e desafios para a formação docente (pp. 85-103). Rio Grande, RS: Editora da Furg.

Zabala, A. (Org.) (1998). Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. Porto Alegre, RS: Artes Médicas Sul.

Publicado

2021-08-31

Cómo citar

Fernandes, F., & Lorenzetti, L. (2021). A EDUCAÇÃO PARA SEXUALIDADE E SEUS ASPECTOS CIENTÍFICOS E SOCIOCULTURAIS: UMA ABORDAGEM NOS ANOS INICIAIS. Investigaciones En Enseñanza De Las Ciencias, 26(2), 254–270. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n2p254