ANALOGIAS EM LIVROS DIDÁTICOS DESTINADOS AO ENSINO SUPERIOR: QUÍMICA ORGÂNICA VERSUS FÍSICO-QUÍMICA
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v21n3p92Palabras clave:
conceitos abstratos, ensino superior, livro didático, QuímicaResumen
Os livros didáticos de Química, via de regra, fazem uso de analogias por se tratar de uma disciplina que envolve inúmeros conceitos abstratos. No entanto, há pouca pesquisa envolvendo identificação e explicação sobre as analogias utilizadas em livros didáticos direcionados ao ensino superior. Nesse sentido, o presente trabalho apresenta um estudo comparativo entre as analogias encontradas em livros de Química Orgânica e Físico-química destinados a estudantes do ensino superior. Foram identificadas 277 analogias nos livros analisados e categorizadas conforme sistemas adaptados de Thiele e Treagust (1994) e Francisco Junior (2009).Uma forma de abordagem mais adequada de utilização das analogias nesses livros foi realizada, bem como a verificação da importância do papel dos professores no uso desse recurso didático. Os resultados indicam que esses livros são ricos em analogias simples, dando ênfase às análogos estruturais no caso de livros de Química Orgânica e análogos funcionais nos de Físico-Química. As analogias simples são mais fáceis de induzirem os alunos a erros conceituais, pois mostram poucas similaridades entre os domínios comparados. É importante ressaltar que nesta pesquisa observa-se uma baixa ocorrência de analogias em que o autor do livro reconhece as limitações e/ou discute estas, repassando toda a responsabilidade ao professor e ao aluno no que se refere à explicação e percepção das analogias, respectivamente. É mister afirmar que muitas das analogias encontradas em alguns capítulos dos livros analisados, poderiam ser suprimidas sem perda significativa da compreensão dos conceitos abordados.Citas
Andrade, A. C. S., Sussuchi, E. M., Magalhães, C. N., & Piovesan, A. F. (2014). Analogias e metáforas no ensino e aprendizagem do conceito de átomo: breve análise em livros didáticos. Scientia Plena, 10(4), 1-9.
Atkins, P., & De Paula, J. (2006). Físico-Química. (8a ed.) Rio de Janeiro: LTC.
Ball, D. W. (2006). Físico-química. São Paulo: Thomson.
Bernardino, M. A. D., Rodrigues, M. A., & Bellini, L. M. (2013). Análise crítica das analogias do livro didático público de Química do estado do Paraná. Ciência & Educação, 19(1), 135-150. DOI: 10.1590/S1516-73132013000100010
Bruice, P. Y. (2006). Química Orgânica.(4a ed.) São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Chang, R. (2010). Físico-química para as ciências químicas e biológicas. (3a ed.) Porto Alegre: AMGH.
Cunha, M. C. C. (2006). Analogias nos livros de ciências para as séries iniciais do ensino fundamental. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 6(2), 1-15.
Curtis, R. V., & Reigeluth, C. M. (1984). The use of analogies in written text. Instructional Science, 13(2), 99-117. DOI: 10.1007/BF00052380
Duit, R. (1991). On the role of analogies and metaphors in learning science. Science Education, 75(6), 649-672. DOI: 10.1002/sce.3730750606
Francisco Junior, W. E. (2007). Bioquímica no ensino médio?! (De) Limitações a partir da análise de alguns livros didáticos de Química. Ciência & Ensino, 1(2), 1-10.
Francisco Junior, W. E. (2009). Analogias em livros didáticos de química: um estudo das obras aprovadas pelo Plano Nacional do Livro Didático Para o Ensino Médio 2007. Ciências & Cognição, 14(1), 121-143.
Francisco Junior, W. E., & Francisco, W., & Oliveira, A. C. (2012). Analogias em livros de Química Geral destinados ao ensino superior. Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, 14(3), 131-147.
Furió, C., & Furió, C. (2000). Dificultades conceptuales y epistemológicas en el aprendizaje de los procesos químicos. Educación química, 11(3), 300-308.
Harrison, A. G., & Treagust D. F. (1993). Teaching with analogies: A case study in grade-10 optics. Journal of Research in Science Teaching, 30(10), 1291-1307. DOI: 10.1002/tea.3660301010
Justi, R. S., & Mendonça, P. C. C. (2008). Usando analogias com função criativa: uma nova estratégia para o ensino de química. Educación química, 1(1), 24-29. DOI: 10.2436/20.2003.02.4
Lima, A. A. (2007). O uso de modelos no ensino de química: uma investigação acerca dos saberes construídos durante a formação inicial de professores de Química da UFRN. (Tese de doutorado em Educação) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN. Recuperado de https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/14122
Mcmurry, J. (2011). Química Orgânica. (7a ed.) São Paulo: CENGAGE Learning.
Melzer, E. E. M., & Castro, L., & Aires, J. A., & Guimarães, O. M. (2009). Modelos Atômicos nos Livros Didáticos de Química: Obstáculos à Aprendizagem. In Atas do VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciência-VII ENPEC (1-9). Florianópolis, SC, Brasil. Recuperado de posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/399.pdf
Mendonça, P. C. C., Justi, R., & Oliveira, M. M. (2006). Analogias sobre ligações químicas elaboradas por alunos do ensino médio. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 6(1), 22-34.
Monteiro, I. G., & Justi, R. S. (2000). Analogias em livros didáticos de química brasileiros destinados ao ensino médio. Investigações em Ensino de Ciências, 5(2), 67-91.
Nelson, D. L., & Cox, M. M. (2002). Lehninger: Princípios de Bioquímica. (3a ed.) Traduzido por A. A. Simões e W. R. Lodi. São Paulo: Sarvier.
Raviolo, A., & Siracusa, P., Gennari, F., & Corso, H. (2004). Utilización de un modelo analógico para facilitar la comprensión del proceso de preparación de disoluciones: primeros resultados. Enseñanza de las Ciencias, 22(3), 379-388.
Rigolon, R. G., & Obara, A. T. (2011). Distinção entre analogia e metáfora para aplicação do modelo Teaching with analogies por licenciandos de Biologia. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 10(3), 481-498.
Ros, A. C. (2001). La enseñanza de la química en el inicio del nuevo siglo una perspectiva desde España. Educación Química, 12(1), 7-17.
Souza, V. C. A., Justi, R. S., & Ferreira, P. F. M. (2006). Analogias utilizadas no ensino dos modelos atômicos de Thomson e Bohr: uma análise crítica sobre o que os alunos pensam a partir delas. Investigações em Ensino de Ciências 11(1), 7-28.
Solomons, T. W. G., & Fryhle, C. B. (2011). (9a ed.)Química Orgânica. Rio de Janeiro: LTC.
Terrazzan, E. A., Pimentel, N. L.,Silva, L. L., Buske, R., & Amorim, M. A. L. (2005). Estudo das analogias utilizadas em coleções didáticas de Física, Química e Biologia. Enseñanza de las Ciencias, [Extra, 1-6].
Thiele, R. B., & Treagust, D. F. (1994). The nature and extent of analogies in secondary chemistry textbooks. Instructional Science, 22(1), 61-74. DOI:10.1007/BF00889523
Thiele, R. B., & Treagust, D. F. (1995). Analogies in chemistry textbooks. International Journal of Science Education, 17(6), 783-795. DOI: 10.1080/0950069950170609
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.