EDUCAÇÃO INTERCULTURAL EM SAÚDE: UM DEBATE DESEJÁVEL À FORMAÇÃO DOCENTE

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2022v27n3p178

Palabras clave:

Saúde, Interculturalidade, Formação docente, Escola Básica

Resumen

O artigo relata pesquisa empreendida acerca da educação intercultural em saúde na escola básica e da formação crítico-reflexiva de professores de Ciências. O estudo teve por objetivo analisar os efeitos do desenvolvimento de dinâmicas dialógicas interculturais nas ideias sobre a saúde e a educação intercultural cultivadas por professores de Ciências do ensino fundamental de ambos os segmentos. Para tanto, a investigação se assentou em processos de pesquisa-ação numa escola pública da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, organizados em etapas de diagnóstico, intervenção e avaliação dos achados. A pesquisa demonstrou a educação intercultural em saúde como uma aposta não só altamente possível como também desejável a um ensino que seja pensado como uma práxis crítico-reflexiva.

Biografía del autor/a

Fagner Henrique Guedes Neves, Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutor em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio. Especialista em Ensino de História e Ciências Sociais pela Faculdade de Educação da UFF. Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais e Filosofia pela UFF. Pesquisador do NESED/UFF/Fiocruz - Núcleo de Estudos em Saúde, Educação e Diversidade, da Faculdade de Educação da UFF, coordenado pelo Prof. Paulo Pires de Queiroz, PhD.

Paulo Pires de Queiroz, Universidade Federal Fluminense

Doutor em Filosofia e Humanidades - Columbia Pacific University (1997) / TITULAÇÃO RECONHECIDA pela Universidade Federal Fluminense. Professor e Pesquisador Associado da Faculdade de Educação na Universidade Federal Fluminense. Professor e Pesquisador Permanente no Programa de Mestrado e Doutorado PGEBS - Ensino em Biociências e Saúde da FIOCRUZ. Professor e Pesquisador Permanente no Mestrado em Diversidade e Inclusão - CMPDI/UFF e no Doutorado em Ciências, Tecnologias e Inclusão - PGCTIn/UFF. Autor e organizador de vários livros, capítulos de livros e artigos científicos em diversos editoriais nacionais e internacionais. Membro do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior Brasileira - BASis. Líder do Grupo de Pesquisa, certificado pelo CNPQ, NESED. Tem experiência significativa na área de Ensino e atualmente trabalha com pesquisa nas áreas de Educação, Ciências Sociais e Saúde nos âmbitos da Graduação e da Pós-Graduação. 

Citas

Bernard, C. (2010). Introduction à l'étude de la médicine expérimentale. Paris, France: Flammarion.

Bourdieu, P. (1994). Esboço de uma teoria da prática. In R. Ortiz e P. Bourdieu. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo, SP: Ática.

Canguilhem, G. (1990). O normal e o patológico. São Paulo, SP: Forense Universitária.

Elliott, J. (1991). Action research for educational change. Buckingham, England: Open University Press.

Ferreira, M.S. (2014). Currículo e cultura: diálogos com as disciplinas escolares. In A. F. Moreira & V. M. Candau (Orgs.). Currículos, disciplinas escolares e culturas. Petrópolis, RJ: Vozes.

Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, SP: Paz e Terra.

Hall, S. (1997). The work of representation. In S. Hall (Org.). Representation: cultural representations and signifying practices. Londres, England: Sage Publications.

Krasilchik, M. (2000). Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo em Perspectiva, 14(1), 85-93.

Laperrière, A. (2008). Os critérios de cientificidade dos métodos qualitativos. In J Poupart (Org.). A Pesquisa Qualitativa. Petrópolis, RJ: Vozes.

Lopes, D. S. & Almeida, R. O. (2019). Percepções sobre limites e possibilidades para adoção da interdisciplinaridade na formação de professores de Ciências. Investigações em Ensino de Ciências, 24(2), 137 – 162. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2019v24n2p137

Marandino, M. (2006). A pesquisa em ensino de ciências no Brasil e suas metodologias. Ijuí, RS: Unijuí. Recuperado de https://repositorio.usp.br/item/001563656 .

Martínez-Pérez, L. F. (2012). Questões sociocientíficas na prática docente: ideologia, autonomia e formação de professores. São Paulo, SP: Unesp.

MEC (1999). Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais e suas tecnologias. Conselho de Nacional de Educação. Brasília, DF: MEC/CNE. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf

Moreira, A. F. & Candau, V. M. (2008). Currículo, conhecimento e cultura. In Indagações sobre currículo. Brasília, DF: Secretaria de Educação Básica.

Motin, S., Maistrovicz, R., Gonçalves, T., Cassins, D., & Saheb, D. (2019). Educação ambiental na formação inicial docente: um mapeamento das pesquisas brasileiras em teses e dissertações. Investigações em Ensino de Ciências, 24(1), 81-102. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2019v24n1p81

Neves, F, H. & Queiroz, P. P. (2020). O Ensino de Ciências e a Saúde: por uma docência Intercultural e crítico-reflexiva na escola básica. Ciencia & Educação (Bauru), 26, 1-17. https://doi.org/10.1590/1516-731320200013

Pimenta, S.G. (1995). O estágio na formação de professores: unidade entre teoria e prática. Cadernos de Pesquisa FCC, 94, 58-73.

Pimenta, S.G., & Ghedin, E. (Orgs.). (2005). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo, SP: Cortez.

Quivy, R; Marquet, J, & Campenhoudt, L. (2017). Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa, Portugal: Gradiva.

Ratcliffe, M & Grace M. (2003). Science education for the citizenship: teaching socioscientific issues. Philadelphia, United States of America: Open University Press.

Santos, B. S. (2014). Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. São Paulo, SP: Boitempo.

Souza, D. G., Araujo, I. S. & Veit, E. A. (2021). Formação continuada de professores viabilizada pela aproximação entre escola e universidade: uma narrativa histórica das experiências da iniciativa NUPIC (USP). Investigações em Ensino de Ciências, 26(3), 102 – 133. http://dx.doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n3p102

Tardif, M. (2012). Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes.

Publicado

2022-12-28

Cómo citar

Neves, F. H. G., & Pires de Queiroz, P. (2022). EDUCAÇÃO INTERCULTURAL EM SAÚDE: UM DEBATE DESEJÁVEL À FORMAÇÃO DOCENTE. Investigaciones En Enseñanza De Las Ciencias, 27(3), 178–197. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2022v27n3p178