DIMENSÃO SEMÂNTICA NA SALA DE AULA DE CIÊNCIAS: RODAS DE CONVERSA COMO PROMOTOR DE ONDAS SEMÂNTICAS
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n3p220Palabras clave:
Ondas semânticas, Teoria do Código de Legitimação, Educação em CiênciasResumen
As discussões sobre a Teoria do Código de Legitimação na pesquisa em Ensino de Ciências têm chamado a atenção de pesquisadores que investigam questões relacionadas às interações discursivas e argumentação na sala de aula. Neste estudo, fundamentados na dimensão semântica, avaliamos uma situação de ensino desenvolvida por meio de Rodas de Conversa, com o objetivo explicitar e caracterizar os perfis semânticos de gravidade e densidade semântica desenvolvidos durante as interações discursivas. Dentre os resultados, destaca-se que apesar de interações discursivas entre professor e estudantes e entre os próprios estudantes em todos os episódios analisadas não foi verificado variação semântica entre os diferentes níveis de gravidade e densidade que permitissem a formação de ondas semânticas nas interações Tanto a compreensão da gravidade semântica nas limitações explicativas dos participantes, quanto à densidade semântica, não permitiu a circulação de diferentes discursos na sala de aula. Como consequência, este estudo indica que não bastam estratégias de ensino que promovam interações dialógicas na sala de aula, é necessário que também se compreenda como o conhecimento científico é produzido, circula e é legitimado na sala de aula.Citas
Andrade, D.G., & Wartha, E. J. (2021). Ondas semânticas: variação de códigos semânticos em aulas de química. Scientia Naturalis, 3(3), 1079-1092. Recuperado de http://revistas.ufac.br/revista/index.php/SciNat
Bernstein, B. (1996). A Estrutura do Discurso Pedagógico: Classe, códigos e controle. Petrópolis, RJ: Vozes.
Bernstein, B. (1999). Vertical and horizontal discourse: an essay. British Journal of Sociology of Education, Abingdon, 20(2), 157-173. Recuperado de http://lchc.ucsd.edu/mca/Paper/JuneJuly05/BernsteinVerHor.pdf
Bertoldo, T. A. T.(2018). Rodas de conversa como estratégia promotora de capacidades de pensamento crítico. (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE. Recuperado de https://ri.ufs.br/handle/riufs/8006
Blackie, M. A. (2014). Creating semantic waves: Using Legitimation Code Theory as a tool to aid the teaching of chemistry. Chemistry Education Research and Practice, 15(4), 462-469. http://dx.doi.org/10.1039/C4RP00147H
Candela, A. (1998). A construção discursiva de contextos argumentativos no ensino de ciências. In C. Coll, & D. Edwards (Orgs.). Ensino, aprendizagem e discurso em sala de aula (pp.143-170). Porto Alegre, RS: Artes Médicas.
Capecchi, M. C. V. M., Carvalho, A. M. P., & Silva, D. (2000). Argumentação dos alunos e o discurso do professor em uma aula de Física. Ensaio: pesquisa em educação em ciências, 2(2), 152-166. Recuperado de https://www.scielo.br/j/epec/a/yd9CZdGmHDY7dBtdJrHGpBH/?format=pdf&lang=pt
Carlsen, W. S. (2007). Language and science learning. In S. Abell & N. Lederman (Eds.). Handbook of research on science education (pp.57-74). Mahwah, United States of America: Routledge.
Cranwell, P. B., & Whiteside, K. L. (2020). Investigation into the semantic density and semantic gravity wave profile of teachers when discussing electrophilic aromatic substitution (SEAr). Journal of chemical education, 97(10), 3540-3550. https://doi.org/10.1021/acs.jchemed.0c00571
Driver, R., Asoko, H., Leach, J., Mortimer, E. F., & Scott, P. (1994). Constructing scientific knowledge in the classroom. Educational Research, 23(7), 5-12. Recuperado de http://labe.pre.aegean.gr/downloads/articles/Driver_Constructionofscikn.pdf
Hessen, J. (1974). Filosofia dos valores. Coimbra, Portugal: Armênio Amado.
Jiménez Aleixandre, M. D. P., & Díaz De Bustamante, J. (2003). Discurso de aula y argumentación en la clase de Ciências: cuestiones teóricas y metodológicas. Enseñanza de las Ciencias, 21(3), 359-370. Recuperado de https://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/21944/21778
Jiménez, J. P. C., Melo, G., Bacigalupo, F., & Manghi, D. (2016). Olas de significado em la interaction profesor-alumno: análisis de dos clases de ciências naturales de um 6to. de primaria. Ciência & Educação (Bauru), 22(2), 335-350. Recuperado https://www.redalyc.org/pdf/2510/251046221005.pdf
Kelly, L. (2007). The interrelationships between adult museum visitors’ learning identities and their museum experiences. Sydney, Australian: University of Technology.
Kelly, G. J. (2005). Inquiry, Activity, and Epistemic Practice. Paper introduced in the Inquiry Conference on Developing a Consensus Research Agenda. New Brunswick, United States of America.
Lima, M. C. B., & Carvalho, A. M. P. (2003). Linguagem e o Ensino de Física na Escola Fundamental. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 20(1), 86-97. Recuperado de https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/6567/6049
Lucas, L. B. (2014). Axiologia Relacional Pedagógica e a formação inicial de professores de Biologia. (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR. Recuperado de https://pos.uel.br/pecem/wp-content/uploads/2021/08/LUCAS-Lucken-Bueno-1.pdf
Maton, K. (2013). Making semantic waves: A key to cumulative knowledge-building. Linguistics and Education, 24(1), 8-22. Recuperado de https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0898589812000678
Maton, K. (2014). Building powerful knowledge: the significance of semantic waves. In E. Rata & B. Barrett (Eds). The future of knowledge and curriculum. International studies on social realism (pp.181-212). London, England: Palgrave Macmillan.
Maton, K. (2016). Legitimation Code Theory: Building knowledge about knowledge-building. In: K. Maton, S. Hood & S. Shay (Eds.). Knowledge-building: Education studies in Legitimation Code Theory. New York, United States of America: Routledge.
Mehan, H (1979). Learning lessons: social organization in the classroom. Cambridge, United States of America: Harvard University Press. https://doi.org/10.4159/harvard.9780674420106
Mortimer. E. F. (2000). Linguagem e formação de conceitos no ensino de ciências. Belo Horizonte, MG: UFMG.
Mortimer, E. F., & Scott, P. (2002). Atividade discursiva nas salas de aula de Ciências: uma ferramenta sociocultural para analisar e planejar o ensino. Investigações em Ensino de Ciências, 7(3), 283-306. Recuperado de https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/562/355
Patrício, M. (1993). Lições de axiologia educacional. Lisboa, Portugal: Universidade Aberta.
Pedro, A. P. (2014). Ética, Moral, Axiologia, Valores: Confusões e Ambiguidade em torno de um conceito comum. Kriterion,130, 483-498. Recuperado de https://www.scielo.br/j/kr/a/zMJGSvfJCfxBQwQRCyHnjgt/?lang=pt&format=pdf
Santos, J.S., Lima, J.A., Barbosa, L.S., & Gehlen, S.T. (2019). A dimensão axiológica na elaboração de uma Rede Temática na Educação Infantil: contribuições para o Ensino de Ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 19, 649-682. https://doi.org/10.28976/19842686rbpec2019u649682.
Santos, B.F., & Mortimer, E.F. (2019). Ondas semânticas e a dimensão epistêmica do discurso na sala de aula de Química. Investigações em Ensino de Ciências, 24(1), 62-80. http://dx.doi.org/10.22600/15188795.ienci2019v24n1p62
Silva, A. C. T., & Mortimer, E. F. (2013). Contrastando professores de estilos diferentes: uma análise das estratégias enunciativas desenvolvidas em salas e aula de Química. REEC – Revista Electrónica de Enseñanza de lãs Ciencias, 12(3), 524-552. Recuperado de http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen12/REEC_12_3_8_ex758.pdf
Silva, A. F. G.(2004) A construção do currículo na perspectiva popular crítica: das falas significativas às práticas contextualizadas. (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP. Recuperado de https://tede2.pucsp.br/handle/handle/22098
Smolka, A. L. B. (1995). A concepção de linguagem como instrumento: um questionamento sobre práticas discursivas e educação formal. Temas em psicologia, 3(2), 11-21. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413389X1995000200003&lng=pt&nrm=iso
Tenreiro-Vieira, C., & Vieira, R. M. (2000). Promover o pensamento Crítico dos alunos - Propostas concretas para a sala de aula. Porto, Portugal: Editor Porto.
Vieira, R. M.,& Tenreiro-Vieira, C. (2005). Estratégias de ensino/aprendizagem: o questionamento promotor do pensamento crítico. Lisboa, Portugal: Instituto Piaget.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.