EDUCAÇÃO CTS NO ITINERÁRIO FORMATIVO DO PIBID: POTENCIALIDADES DE UMA DISCUSSÃO A PARTIR DO DOCUMENTÁRIO “A HISTÓRIA DAS COISAS”
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2018v23n2p18Palabras clave:
Educação CTS, Discussão de documentário, PIBIDResumen
Este estudo consiste em analisar como se estabelece a (re)construção de concepções de inter-relações Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS) de um grupo de bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), durante uma discussão a partir do documentário “A história das coisas”. Para a geração dos dados fez-se uma filmagem, seguida de transcrição e minutagem de todas as falas dos participantes. Com base nas análises centradas na interpretação de significados das falas dos sujeitos, tendo em vista a dimensão de seus efeitos ideológicos e políticos, emergiu um quadro de categorias de concepções críticas/reducionistas de inter-relações CTS diretamente relacionadas aos mitos da superioridade das decisões tecnocráticas, da perspectiva salvacionista/redentora atribuída à ciência e tecnologia, do determinismo tecnológico e do crescimento econômico ilimitado. Em suma, depreende-se que o documentário “A história das coisas”, quando trabalhado em contextos específicos, tais como o Pibid, tem potencial de (re)construir concepções críticas de inter-relações CTS. Com indicativos para avançar com as práticas de educação CTS no Pibid, considera-se bastante profícuo que esse programa venha a se consolidar como política de Estado que contribua para reestruturar a formação de professores de Ciências em nosso país.Citas
Auler, D. (2007). Articulação entre pressupostos do educador Paulo Freire e do movimento CTS. Contexto & Educação, 22(77), 167-188. Recuperado de https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/1089/844
_____. (2011). Novos caminhos para a educação CTS: ampliando a participação. In Santos, W. L. P., Auler, D. CTS e educação científica: desafios, tendências e resultados de pesquisas (pp. 73-97). Brasília: Editora UnB.
Auler, D., & Delizoicov, D. (2001). Alfabetização científico-tecnológica para quê? Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, 3(1), 1-13. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/epec/v3n2/1983-2117-epec-3-02-00122.pdf
Barros, S. M., Vieira, V., & Resende, V. M. (2016). Realismo crítico e análise de discurso crítica: hibridismos de fronteiras epistemológicas. Polifonia, Cuiabá-MT, 23(33), 11-28. Recuperado de http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/3854/2645
Brasil.(1996). Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasil.
_____. (2007a). Conselho Nacional de Educação. Escassez de Professores no Ensino Médio. Relatório produzido pela Comissão Especial instituída para estudar medidas que visem a superar o déficit docente no Ensino Médio (CNE/CEB). Recuperado de http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/escassez1.pdf
____. (2007b). Ministério da Educação. Portaria n. 38, de 12 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Recuperado de https://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Portaria_Normativa_38_PIBID.pdf
Cechin, A. (2010). A natureza como limite da economia: a contribuição de Nicholas Georgescu-Roegen. São Paulo: Editora Senac.
Dagnino, R. (2008). Neutralidade da ciência e determinismo tecnológico: um debate sobre a tecnociência. Campinas: Unicamp.
_____. A tecnologia social e seus desafios. In Dagnino, R. (Org.). Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. (pp. 53-70). Campinas: Komedi.
Dagnino, R., Thomas, H., & Davyt, A. (1996). El pensamiento em ciencia, tecnología y sociedad em latinoamérica: una interpretación política de su trayectoria. Redes (Bernal), 3(7) 13-51. Recuperado de http://www.unq.edu.ar/advf/documentos/56780c44d2729.pdf
Denzin, N., & Lincoln, Y. (2006). Introdução: a disciplina e a prática da pesquisa qualitativa. In Denzin, N., Lincoln, Y. (Orgs.). O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens (pp. 15-41). Porto Alegre: Artmed.
Dusek, V. (2009). Filosofia da tecnologia. São Paulo: Edições Loyola.
Fairclough, N. (2001). Discurso e mudança social. Brasília: Editora UnB.
Fernandes-Sobrinho, M. (2016). Temas sociocientíficos no Enem e no livro didático: limitações e potencialidades para o ensino de Física. (Tese de Doutorado em Educação, Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília). Recuperado de http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/21065/1/2016_MarcosFernandesSobrinho.pdf
Fourez, G. (2003). Crise no ensino de Ciências? Investigações em Ensino de Ciências, 8(2), 109-123. Recuperado de http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID99/v8_n2_a2003.pdf
Freire, P. (1982). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Georgescu-Roegen, N. (1971). The Entropy law and the economic process. Cambridge: Harvard University Press.
Herrera, A. O. (1973). Los determinantes sociales de la política científica en América Latina: política científica explícita y política científica implícita. Revista de Ciências Sociais, 13(49) 98-112. Recuperado de http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=90711276005
Japiassu, H. (2005). Ciência e destino humano. Rio de Janeiro, Himago.
Léna, P. (2012). Os limites do crescimento econômico e a busca pela sustentabilidade: uma introdução ao debate. In: Léna, P., & Nascimento, E. P. (Orgs.). Enfrentando os limites do crescimento: sustentabilidade, decrescimento e prosperidade. (pp. 23-43). Rio de Janeiro: Garamond.
Linsingen, I. von (2007). Perspectiva educacional CTS: aspectos de um campo em consolidação na América Latina. Ciência & Ensino, 1(n. especial), 1-19. Recuperado de http://200.133.218.118:3535/ojs/index.php/cienciaeensino/article/view/150/108
Lövy, M. (2014). O que é o ecossocialismo? São Paulo: Cortez.
Mies, M. (1992). Liberación del consumo o politización de la vida cotidiana. Mientras Tanto, (48), 69-86. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/27819955
Paniago, R. N., & Sarmento, T. J. (2016). O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência no contexto da formação de professores do IF Goiano. Itinerarius Reflectionis, 12(1), 1-15. Recuperado de https://www.revistas.ufg.br/rir/article/view/37138
Ramos, T. C., Fernandes-Sobrinho, M., & Santos (2016). Ensino de matriz energética na educação CTS: uma demarcação conceitual. Indagatio Didactica, 8(1), 1296-1310. Recuperado de http://revistas.ua.pt/index.php/ID/article/view/3935/3618
Resende, V. M., & Ramalho, V. (2006). Análise de discurso crítica. São Paulo: Contexto.
Santos, W. L. P. (2008). Educação científica humanística em uma perspectiva freireana: resgatando a função do ensino CTS. Alexandria, 1(1), 109-131. Recuperado de DOI: 10.5007/%25x
Simon, I. (1999). A revolução digital e a sociedade do conhecimento. Recuperado de http://www.ime.usp.br/~is/ddt/mac333/aulas/tema-1-04mar99.html.
Strieder, R. B. (2012). Abordagens CTS na educação científica no Brasil: sentidos e perspectivas. (Tese de Doutorado em Ensino de Ciências) Instituto de Física, Química, Biociências, Faculdade de Educação, USP, São Paulo.
Tinoco, D. (2014, 07 mai.). Falta de licenciatura atinge 35% de professores do nível fundamental. O Globo, Rio de Janeiro. Recuperado de http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/falta-de-licenciatura-atinge-35-de-professores-do-nivel-fundamental-12402843.
Varsavsky, O. (1969). Ciencia, política y cientificismo. Buenos Aires: Centro Editor de América Latina.
Veiga, J. E., & Issberner, L. R. (2012). Decrescer crescendo. In Léna, P., & Nascimento, E. P. (Orgs.). Enfrentando os limites do crescimento: sustentabilidade, decrescimento e prosperidade (pp. 107-134). Rio de Janeiro: Garamond.
Weller, W. (2006). Grupos de discussão na pesquisa com adolescentes e jovens: aportes teórico-metodológicos e análise de uma experiência com o método. Educação e Pesquisa, 32(2), 241-260. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/ep/v32n2/a03v32n2.pdf
Zen, E. L. (2007). Movimentos sociais e a questão de classe: um olhar sobre o movimento dos atingidos por barragens. (Dissertação de Mestrado em Sociologia), Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Brasília, Brasília.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.