NÚCLEO DE ESTUDOS DOCENTES COM ENFOQUE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES E PERSPECTIVAS

Autores/as

  • Juliana Sauerbier UTFPR
  • Juliana Pinto Viecheneski Universidade Tecnológica Federal do Paraná Pedagoga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná Rua Pedro Koppe, nº 100, Vila Matilde, Irati, Paraná, Brasil
  • Rosemari Monteiro Castilho Foggiatto Silveira Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia – PPGECT Universidade Tecnológica Federal do Paraná Rua Doutor Washington Subtil Chueire, 330 Jardim Carvalho, Ponta Grossa, Paraná, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n2p349

Palabras clave:

Formação continuada, Ciência, Tecnologia e Sociedade, Alfabetização Científica e Tecnológica, Ensino de Ciências, Educação Infantil

Resumen

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de mestrado profissional, do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Ponta Grossa (UTFPR-PG), que foi desenvolvida a partir da implementação de um núcleo de estudos docentes, com enfoque em Ciência, Tecnologia e Sociedade, em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), na cidade de Ponta Grossa - PR. A abordagem metodológica foi qualitativa, de natureza interpretativa com observação participante, possibilitando a compreensão de todo o processo investigado. Os participantes foram: 7 professores e 70 alunos, com a faixa etária de 3 a 5 anos; totalizando, assim, 77 colaboradores da pesquisa. O objetivo desse estudo foi verificar quais são as contribuições de um Núcleo de Estudos Docentes na Educação Infantil com enfoque em Ciência, Tecnologia e Sociedade para a Alfabetização Científica e Tecnológica no Ensino de Ciências. A coleta dos dados ocorreu por meio de anotações em diários de campo, relatórios, filmagens, fotografias, áudios, vídeos, questionários, tutoriais e sequências didáticas.Os resultados apontam para a falta de postura reflexiva acerca da ciência e tecnologia e suas implicações na sociedade. Evidenciamos que as discussões devem acontecer desde a Educação Infantil, quando professores dessa etapa de ensino devem conscientizar as crianças sobre os problemas do mundo em que estão inseridos, tornando-os cada vez mais críticos, reflexivos, questionadores e atuantes na sociedade.

Biografía del autor/a

Juliana Sauerbier, UTFPR

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2001), Especialização em Educação Infantil e Séries Iniciais pela Faculdade Internacional de Curitiba(2003), é Brinquedista ( 2013) pela Associação Brasileira de Brinquedotecas, faz Mestrado em Ensino, Ciência e Tecnologia na UTFPR, sendo membro do grupo de pesquisa em Ciência, Educação, Tecnologia e Sociedade. Tem vasta experiência na área de Educação como Professora e Pedagoga da 1ª etapa da Educação Básica e facilidade em trabalhar com a formação de profissionais da área. Foi Tutora a Distância do Curso de Pedagogia oferta especial- da Universidade Estadual de Ponta Grossa e Pedagoga Institucional da Faculdade Secal (Sociedade Educativa e Cultural Amélia Ltda). Atualmente é Professora do Curso de Pedagogia, nesta Instituição, das disciplinas de Estágio Supervisionado na Educação Infantil, Estágio Supervisionado na EJA, Estágio Supervisionado em Formação de docentes, na disciplina de Jogos, corpo e movimento, de Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Educação Infantil, é Coordenadora da Brinquedoteca Institucional e membro do Colegiado do Curso de Pedagogia. Também é Professora da Educação Infantil da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, trabalhou na Secretaria Municipal de Educação na função de Assessora Pedagógica e formadora dos Professores da Educação Infantil da Rede Municipal, atualmente é Pedagoga de um Centro Municipal de Educação Infantil.

Citas

Afonso, M. (2005). O jardim de infância e o desenvolvimento de conhecimentos: capacidades e atitudes em

ciências: relato de duas experiências. Itinerários, (1), 47-61.

Araújo, P. L., & Yoshida, S. M. P. F. (2017). Professor: desafios da prática pedagógica na atualidade.

Bazzo, W. A. (2002) Pertinência da abordagem CTS na educação tecnológica. Revista Ibero-Americana de

Educação, (28). Recuperado de https://rieoei.org/historico/documentos/rie28a03.htm

Bazzo, W. A., Von lisingen, I., & Pereira, L. T. V. (2003). Introdução aos estudos CTS (Ciência, Tecnologia e

Sociedade). Cadernos de Ibero América. Madrid, España: OEI.

Bizzo, N. (2008). Ciências: fácil ou difícil (2a ed.). São Paulo, SP: Ática.

Brandão, M. A., Deccache-maia, E., & Bomfim, A. M. (2013). Os desafios da construção de um mestrado profissional: um panorama de sete anos. Polyphonía, 24(2), 319-337. Recuperado de

https://www.revistas.ufg.br/sv/article/view/37941/19059.

Carvalho, A. M. P., Barros, M. A., & Vannuucchi, A. I. (1998). Ciências no ensino fundamental: o conhecimento físico. São Paulo, SP: Scipione.

Crisostimo. A. L., Silva, F. A., Santos, S. A., Kiel, C. A., & França, E. (2011). Formação pedagógica na área de ciências nas séries iniciais: atividades de laboratório e experimentais. In: Anais do ENPEC Encontro Nacional de Pesquisa. Recuperado de http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0290-1.pdf

Cunha, A. M. O. (2001). A mudança epistemológica de professores num contexto de educação continuada.

Ciência & Educação (Bauru), 7(2), 235-248. Recuperado de

https://www.scielo.br/j/ciedu/a/rTR7GTbn6QbgJGnQthcY4Bw/

Fabri, F (2011). O ensino de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental sob a ótica CTS: uma

proposta de trabalho diante dos artefatos tecnológicos que norteiam o cotidiano dos alunos. 2011.

(Dissertação de mestrado). Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa. Recuperado de http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3208

Falsarella, A. M. (2004). Formação continuada e prática de sala de aula. Campinas, SP: Autores Associados.

Ferreira, M. C. C., Mallassa, M. R., Silva, S. R., Florczak, M. A. (2008). Alfabetização científica nas primeiras

séries do ensino Fundamental: uma reflexão e uma proposta de trabalho. Tecnologia e Humanismo, 22(34).

Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, SP: Paz e

Terra.

Freire, P. (1996). Pedagogia do oprimido. (34a ed.). São Paulo, SP: Paz e Terra.

Friedmann, A. (1998). A evolução do brincar. In A. Friedmann, A. (org.). O direito de brincar. (pp. 25-35) (4.

ed). São Paulo: Edições Sociais: Abrinq.

Lei n. 11.274 (2006, 6 de fevereiro de). Altera a redação [...] Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de

, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove)

anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Brasília:

Casa Civil. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11274.htm

MEC (2010). Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/diretrizescurriculares_2012.pdf

MEC (2012). Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192

MEC (2015). Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Interdisciplinaridade no ciclo de

alfabetização. Brasília: MEC, 2015. http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/pacto-nacional-pela-alfabetizacao-na-idade-certa

MEC (2018). Guia de implementação da Base Nacional Comum Curricular: orientações para o

processo de implementação da BNCC. Brasília: MEC. Recuperado de https://implementacaobncc.com.br/

Moreira, H & Caleffe, L. G. (2008). Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. (2a ed.). Rio de

Janeiro, RJ: Lamparina.

Oliveira. S. M. L. O. (2002). A legislação e as políticas para a educação infantil: avanços, vazios e desvios.

In M. L A. Machado. Encontros e desencontros em educação infantil. São Paulo. SP: Cortez.

Oliveira, D. A. A. S (2017). Tessituras sociocientíficas no contexto da horta escolar: com o protagonismo

infantil das narrativas à produção literária. 2017. (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Nilópolis, RJ.

Perrenoud, P. (2002). A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão pedagógica.

Porto Alegre, RS: Artmed.

Pietrobon, S. R. G. (2014). Formação de professores para educação infantil: alguns apontamentos sobre as

políticas e formação continuada. In S. S.Tozetto, & P. Larocca (Orgs.). Desafios da formação de

professores: saberes, políticas e trabalho docente (pp. 111-131). Curitiba, PR: CRV.

Pinheiro, N.A.M.C., Silveira, R.M.C.F. & Bazzo, W.A. (2007). Ciência, tecnologia e sociedade: a relevância

do enfoque CTS para o contexto do ensino médio. Revista Ciência & Educação, 13(1), 71-84.

https://doi.org/10.1590/S1516-73132007000100005

Pimenta, S. G., & Ghedin, E. (Orgs.) (2005). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. (3a ed.). São Paulo, SP: Cortez.

Ponta Grossa (2015). Diretrizes curriculares: educação Infantil. Ponta Grossa, PR: Secretaria Municipal de

Educação.

Ramalho, B. L. (2004). Formar o professor, profissionalizar o ensino: perspectivas e desafios. Porto Alegre, RS: Sulina.

Ramos, F. P., Neves, M. C. D., & Corazza, M. J. (2011). A ciência moderna e as concepções contemporâneas em discursos de professores-pesquisadores: entre rupturas e a continuidade. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 10(1), 84-108. Recuperado de

https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5505788

Romanowski, J. P. (2007). Formação e profissionalização docente. Curitiba, PR: Ibpex.

Sauerbier, J., Silveira, R. M. C. F., & Viecheneski, J. (2018). A percepção de professores da educação infantil sobre ciência, tecnologia e sociedade. In: Anais do Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e

Tecnologia, 6. Ponta Grossa, PR.

Schein, Z. P., & Coelho, S. M. (2006). O papel do questionamento: intervenções do professor e do aluno na

construção do conhecimento. Revista Brasileira de Ensino de Física, 23(1), 68-92. https://doi.org/10.5007/%25x

Teixeira, E. (2005). Vygotsky e o materialismo dialético: uma introdução aos fundamentos filosóficos da

psicologia histórico-cultural. Pato Branco, PR: FADEP.

Unesco (2005). Ensino de ciências: o futuro em risco. Brasília: UNESCO.

Viecheneski, J. P., & Carletto, M. R. (2013). Por que e para quê ensinar ciências para crianças. Revista

Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, 6(2), 213-227.

Vygotsky, L. S. (2000). A construção do pensamento e da linguagem. Porto Alegre, RS: Martins Fontes.

Publicado

2021-08-31

Cómo citar

Sauerbier, J., Viecheneski, J. P., & Silveira, R. M. C. F. (2021). NÚCLEO DE ESTUDOS DOCENTES COM ENFOQUE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES E PERSPECTIVAS. Investigaciones En Enseñanza De Las Ciencias, 26(2), 349–377. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n2p349