CONSTRUINDO CONHECIMENTO SOBRE A BIOLOGIA EVOLUTIVA NO ENSINO MÉDIO: A OPERAÇÃO, A ASSIMILAÇÃO E A INTERAÇÃO LÚDICA EM UM JOGO PEDAGÓGICO

Autores/as

  • Fernando Aparecido de Moraes Universidade Federal de Jataí
  • Márlon Herbert Flora Barbosa Soares Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2022v27n1p503

Palabras clave:

Evolução Biológica, Ensino, Aprendizagem, Jogo Pedagógico, Piaget

Resumen

Este artigo apresenta alguns dos resultados de uma tese de doutorado surgidos a partir da relação das experiências do pesquisador, enquanto professor, com o que a literatura específica da área de Ensino de Biologia aponta sobre as necessidades do ensino de Evolução Biológica para a Educação Básica. O objetivo deste recorte é dar subsídios teóricos para se pensar em possibilidades de construção de conhecimento de conceitos relativos à Evolução Biológica em sala de aula com base na utilização de uma estratégia pedagógica lúdica, o jogo pedagógico. Inicialmente, o artigo apresenta uma discussão teórica sobre aspectos do ensino de Evolução Biológica na Educação Básica, relacionando esse ensino com a necessidade de inovação no que se refere às estratégias. Depois, a discussão teórica parte para a caracterização do jogo pedagógico relacionando-o com a Epistemologia Genética de Piaget. Após uma breve discussão teórica, são apresentados os procedimentos metodológicos da pesquisa qualitativa, realizada com 21 estudantes voluntários, de duas turmas da 3ª série do Ensino Médio de um Centro de Ensino em Período Integral, localizado no município de Jataí/GO. O recorte da análise em questão, se dá a partir do conteúdo construído durante a aplicação do jogo aos estudantes, registrado por meio da gravação audiovisual e transcrito posteriormente. Com o objetivo de avaliar o jogo, buscando verificar as suas possibilidades de permitir a construção do conhecimento de conceitos evolutivos, são trazidas para a discussão três categorias que emergiram na pré-análise do conteúdo: a operação, a assimilação e a interação lúdica, sendo que, ao longo da análise, os autores apresentam evidências de que em vários momentos da aplicação do jogo aconteceram situações de operação, assimilação e interação lúdica. Nestes momentos, também fica evidenciado que conceitos evolutivos abstratos selecionados para o jogo, como ancestral comum e especiação, foram operados e assimilados de modo coletivo pelos estudantes. Na conclusão do trabalho, com base nos resultados apresentados, os autores refletem sobre a importância do jogo pedagógico, sobretudo, no processo de ensino e aprendizagem de Evolução Biológica na Educação Básica.

Biografía del autor/a

Fernando Aparecido de Moraes, Universidade Federal de Jataí

Sou professor da Unidade Acadêmica Especial de Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Jataí. Mestre e Doutor em Educação em Ciências. Atuo nas áreas de: formação de professores de Ciências e Biologia, Educação Ambiental, Jogos e atividades lúdicas para o ensino de Ciências e Biologia. Sou host do EnsineCast, um podcast de divulgação científica vinculado ao Laboratório de Ensino de Biologia, da UFJ.

Márlon Herbert Flora Barbosa Soares, Universidade Federal de Goiás

Cursei Licenciatura em Química na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), entre 1992 e 1998. Desde 1993, até antes de me mudar para São Carlos -SP em 1999 para cursar o mestrado, ministrava aulas de química e física no ensino médio público. Em 2001, após dois anos, terminei meu mestrado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), trabalhando com ensino de química analítica. Minha dissertação versava sobre a caracterização e aplicação de corantes naturais de flores em equilíbrio químico, mudança de coloração, indicadores naturais enfim. No mesmo ano, 2001, logo após a defesa de dissertação, fui aprovado para o doutorado em química, também pela UFSCar, minha tese versava sobre o uso de jogos em ensino de química. Conclui o doutorado em 2004, três anos após meu ingresso e dois anos após ter sido aprovado em concurso público para professor assistente na Universidade Federal de Goiás, onde estou atualmente. Hoje sou PROFESSOR TITULAR e um dos professores da área de ensino de química do Instituto de Química da UFG. Coordeno o Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas (LEQUAL), grupo registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq e que também conta com financiamento deste mesmo órgão. Fui coordenador do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência do curso de Licenciatura em Química do IQ - UFG entre 2008-2012. Coordenei o estágio de licenciatura por 5 anos, entre 2003 e 2008, período de direcionamento, implantação e regulamentação do estágio docente no Brasil e na UFG. Sou pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências (NUPEC) da UFG, com financiamento do CNPq e do FINEP. Orientei 12 alunos de doutorado, 30 alunos de mestrado e 22 alunos de Iniciação Científica até o presente momento, além de 25 monografias de final de curso, implantadas em 2007 na licenciatura em Química da UFG. Atualmente, oriento 6 alunos de mestrado e 6 alunos de doutorado pelo PPGQ E PPGECM da UFG. Publiquei até o momento 84 artigos em periódicos especializados e 302 trabalhos em anais de eventos científicos, sendo 89 deles, trabalhos completos. Tenho 16 capítulos de livro publicados, e no final do ano de 2008, lancei meu primeiro livro: Jogos em Ensino de Química, teoria, métodos e aplicações, que se encontra na 2a edição no ano de 2015. No ano de 2018 lanço um livro novo: Didatização Lúdica no Ensino de Química/Ciências, em parceria com Cleophas, M. G. Finalmente, as linhas de pesquisa em que atuo são: Jogos e Atividades Lúdicas Aplicadas ao Ensino de Química; Ciência e Religião; Formação de Conceitos; Inclusão Digital de Professores de Ciências e Robótica Educacional em Ensino de Ciências

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Publicado

2022-05-04

Cómo citar

Moraes, F. A. de, & Soares, M. H. F. B. (2022). CONSTRUINDO CONHECIMENTO SOBRE A BIOLOGIA EVOLUTIVA NO ENSINO MÉDIO: A OPERAÇÃO, A ASSIMILAÇÃO E A INTERAÇÃO LÚDICA EM UM JOGO PEDAGÓGICO. Investigaciones En Enseñanza De Las Ciencias, 27(1), 503–525. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2022v27n1p503