O CONTO “ÓTIMA É A ÁGUA” DE PRIMO LEVI, COMO MOTE PARA O ESTUDO E COMPREENSÃO DO CONCEITO DE VISCOSIDADE

Autores/as

  • Fábio Eduardo de Assis Gasparetto Universidade Estadual de Maringá
  • Débora Piai Cedran Universidade Estadual de Maringá
  • Marilde Beatriz Zorzi Sá Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2022v27n1p160

Palabras clave:

Aprendizagem, Contos, Experimentos, Poluição da Água

Resumen

Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa de natureza qualitativa realizada com estudantes do Ensino Médio de uma Escola Pública da cidade de Maringá-PR, com o objetivo de responder à pergunta: que potencialidades pedagógicas, na aprendizagem do conceito de viscosidade, são reveladas pelo conto “Ótima é a água”? Analisando, desta forma, as contribuições do referido conto de Primo Levi para os processos de ensino e de aprendizagem. Para tanto, utilizou-se o conto, questionamentos constituídos por questões abertas e um experimento de caráter investigativo que se configuraram em instrumentos de coleta de dados. O estudo possibilitou discussões significativas a respeito da utilização e contribuições do conto empregado como ferramenta problematizadora para a construção de conhecimentos. Entre as discussões, destaca-se a importância de metodologias que possibilitem reflexões acerca de concepções dos estudantes, como a de que os conceitos de viscosidade e densidade são similares. Além disso, reflexões sobre problemas ambientais e o próprio conceito de viscosidade foram pontos significativos apontados na pesquisa.

Biografía del autor/a

Fábio Eduardo de Assis Gasparetto, Universidade Estadual de Maringá

Graduado em Química pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Aluno de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Educação para Ciência e a Matemática, PCM, da UEM.

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Publicado

2022-05-01

Cómo citar

Gasparetto, F. E. de A., Cedran, D. P., & Sá, M. B. Z. (2022). O CONTO “ÓTIMA É A ÁGUA” DE PRIMO LEVI, COMO MOTE PARA O ESTUDO E COMPREENSÃO DO CONCEITO DE VISCOSIDADE. Investigaciones En Enseñanza De Las Ciencias, 27(1), 160–172. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2022v27n1p160