PLANEJAMENTO DE AULAS EXPERIMENTAIS DE QUÍMICA: UM ESTUDO NA FORMAÇÃO INICIAL
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2018v23n3p187Palabras clave:
Formação inicial de professores de Química, Estágio supervisionado, Matriz do Professor, Aula experimentalResumen
A presente pesquisa focaliza a sua atenção em identificar e analisar as percepções de licenciandos de Química ao planejar aulas experimentais. Os dados consistem de registros sobre o planejamento de aulas experimentais e de entrevistas realizadas com os licenciandos. Com esse foco, a sistematização dos dados e a sua categorização foram realizados com base no referencial teórico-metodológico da análise textual discursiva e da Matriz do Professor – M(P). Como resultado, o instrumento se revelou bastante pertinente para a análise das percepções dos licenciandos ao planejar aulas experimentais, tendo sido observadas incidências em todos os setores da Matriz, com destaque nas relações: i) epistêmica com o ensino (setor 2A), ii) epistêmica com a aprendizagem (setor 3A) e iii) pessoal com a aprendizagem (setor 3B). Também foi observado, de modo geral, que as percepções estão mais direcionadas a uma linha epistêmica (A), centradas na gestão do ensino (coluna 2) e, principalmente, com uma preponderância no setor 2A. No caso, esse setor diz respeito à relação epistêmica dos professores com o ensino, ou seja, com o que eles compreendem, sabem, conhecem ou não sobre a atividade docente; com o planejamento que realizam; com as suas percepções e reflexões quanto ao seu próprio desenvolvimento como professores, com as maneiras como realizam, avaliam e procuram melhorar o ensino que praticam e, enfim, com o seu conhecimento a respeito da atuação docente. Diante das análises, é possível ratificar o pressuposto inicial de que aulas experimentais planejadas sob uma perspectiva investigativa possibilitam que sejam consideradas todas as relações com o saber presentes na M(P), favorecendo o enriquecimento do conhecimento dos futuros professores sobre processos de ensino e de aprendizagem que envolvem a atividade experimental. Nesse contexto, as análises mostraram-se expressivas para se compreender as práticas e conhecer as percepções de futuros professores de Química no que diz respeito aos procedimentos de ensino e de aprendizagem e ao conteúdo, fatores que influenciam na forma como se aprende por meio da experimentação.Citas
Andrade, E. C. de. (2016). Um estudo das ações de professores em sala de aula. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática), Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
Arruda, S. M., Lima, J. P. C., & Passos, M. M. (2011). Um novo instrumento prara a análise da ação do professor em sala de aula. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 11(2), 139-160. Recuperado de https://seer.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/2404/1804
Arruda, S. M., & Passos, M. M. (2015). A relação com o saber na sala de aula. In IX Colóquio Internacional “Educação e Contemporaneidade, Mesa-Redonda Relação com o Saber e o Ensino de Ciências e Matemática (p. 1-14). Aracaju, SE, Brasil. Recuperado de http://educonse.com.br/ixcoloquio/arruda _passos2.pdf
Arruda, S. M., & Passos, M. M. (2017). Instrumentos para a análise da relação com o saber em sala de aula. Revista de Produtos Educacionais e Pesquisas em Ensino, 1(2), 95-115. Recuperado de http://se er.uenp.edu.br/index.php/reppe/article/view/1213
Arruda, S. M., Passos, M. M., & Elias, R. C. (2017). Percepções de professores de Física do Ensino Médio sobre o Sistema Blocado. Currículo sem Fronteiras, 17(1), 32-154. Recuperado de http://www.curriculo semfronteiras.org/vol17iss1articles/arruda-passos-elias.pdf
Broietti, F. C. D., & Stanzani, E de L. (2016). Os estágios e a formação inicial de professores: experiências e reflexões no curso de licenciatura em Química da UEL. Química Nova na Escola, 38(3), 306-317. DOI: 10.21577/0104-8899.20160042
Carvalho, A. M. P., Santos, E. I., Azevedo, M. C. P. S., Date, M. P. S., Fujii, S. R. S., & Nascimento, V. B. (1999). Termodinâmica: um ensino por investigação. São Paulo: Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação.
Carvalho, D. F., Passos, M. M., Arruda, S. de M., & SaviolI, A. M. P. das D. (2017). Relações com o saber, com o ensinar e com a aprendizagem em um projeto de formação inicial de professores de Matemática no Brasil. Educação Matemática Pesquisa, 19(2), 119-144. DOI: 10.23925/1983-3156.2017v19i2p119-144
Charlot, B. (2000). Da Relação com o Saber: Elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed.
Chevallard, Y. La transposición didáctica: del saber sabio al saber enseñado. (2005). Buenos Aires: Aique Grupo Editor.
Dias, M. P. (2018). As ações de professores e alunos em salas de aula de matemática: categorizações e conexões. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
Flores, M. A. (2012). Formação de professores e a construção da identidade profissional. In Simão, A. M. V., Frison, L. M., & Abrahão, M. H. Autorregulação da aprendizagem e narrativas autobiográficas: epistemologia e práticas (pp. 93-113). Natal: EDUFRN.
Galiazzi, M. do C., Rocha, J. M. de B., Schmitz, L. C., Souza, M. L., Giesta, S., & Golçalves, F. P. (2001). Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, 7(2), 249-263. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v7n2/08.pdf
Galiazzi, M. do C; & Gonçalves, F. P. (2004). A natureza pedagógica da experimentação: uma pesquisa na licenciatura em Química. Química Nova na Escola, 27(2), 326-331. Recuperado de http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/Vol27No2_326_26-ED02257.pdf
Gauthier, C., Martineau, S., Desbiens, J. F., Malo, A., & Simard, D. (2006). Por uma Teoria da Pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. Ijuí: Unijuí.
Gonçalves, F. P. (2005). O texto de experimentação na educação em Química: discursos pedagógicos e epistemológicos. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
________. (2009). A problematização das atividades experimentais no desenvolvimento profissional e na docência dos formadores de professores de Química. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Gonçalves, J. M., Antunes, K. C. L., & Antunes, A. (2001). Determinação de cálcio e ferro em leite enriquecido. Química Nova na Escola, (14), 43-45. Recuperado de http://qnesc.sbq.org.br/ online/qnesc14/v14a10.pdf
Hodson, D. (1994). Hacia un enfoque más crítico del trabajo de laboratorio. Enseñanza de las Ciencias, 12(13), 299-313. Recuperado de http://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/21370/93326.
Hofstein, A., Navon, O., Kipnis, M., & Mamlok-naaman, R. (2005). Developing Students’ Ability to Ask More and Better Questions Resulting from Inquiry-Type Chemistry Laboratories. Journal of Research in Science Teaching, 42(7), 791-806. Recuperado de https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10. 1002/tea.20072.
Houssaye, J. (2007). Prazer. Tradução Nilda Alves. Currículo sem Fronteiras: Revista da Universidade de Rouen, França, 7(2) p. 71-77.
Largo, V. (2013). O PIBID e as relações de saber na formação inicial de professores de Matemática. (Tese de doutorado, Universidade Estadual de Londrina, Londrina). Recuperado de http://www.biblioteca digital.uel.br/document/?code=vtls000185182
Lima, J. P. C. de, Passos, M. M., Arruda, S. de M., & Döhl, V. V. (2015). Aprofundando a compreensão da aprendizagem docente. Ciência e Educação., 21(4), 896-891. DOI: 10.1590/1516-731320150040006
Lüdke, M., André, M. E. D. A. de. (2004). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. (8a. ed.). São Paulo: EPU.
Maldaner, O. A. (2013). A formação inicial e continuada de professores de Química: Professor/Pesquisador. (4a. ed.) Ijuí: Ed. Unijuí.
Moraes, R., & Galiazzi, M. do C. (2011). Análise textual discursiva. 2 ed. Ijuí: Ed. Unijuí.
Oliveira, J. R. S. de. (2010). Contribuições e abordagens das atividades experimentais no ensino de ciências: reunindo elementos para a prática docente. Acta Scientiae, 12(1), 139-153. Recuperado de http://w3.ufsm.br/laequi/wp-content/uploads/2015/03/contribui%C3%A7%C3%B5es-e-abordagens-de-a tividades-experimentais.pdf
Passos, M M., Maistro, V. I. A., & Arruda, S. de M. (2016). A relação com a docência no estágio supervisionado do curso em Ciências Biológicas. Revista Ensino e Pesquisa, 14(2), 99-127. Recuperado de http://periodicos.unespar.edu.br/index.php/ensinoepesquisa/article/viewFile/794/602
Passos, Â. M., Passos, M. M., & Arruda, S. de M. (2017). Uma análise das ações do professor em uma sala de aula em que estão presentes estudantes com deficiência visual. Ciência & Educação, 23(2), 541-556. DOI: 10.1590/1516-731320170020016
Pimenta, S. G., & Lima, M. S. L. (2004). Estágio e docência. São Paulo: Cortez.
Piratelo, M. V. M. (2018). Um estudo sobre as ações docentes de professores e monitores de uma escola integrada a um centro de ciências em Portugal. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática), Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
Piratelo, M. V. M., Teixeira, L. A., Arruda, S. de M., & Passos, M. M. (2017). As relações epistêmicas com os saberes docentes em sala de aula em um PIBID/Física. Revista de Educação, Ciências e Matemática, 7(1), 165-181. Recuperado de http://publicacoes.unigranrio.com.br/index.php/recm/article/view/3968/ 2315.
Santos, W. L. P., & Schnetzler, R. P. (1996). Função Social: O que significa o Ensino de Química para Formar Cidadãos? Química Nova na Escola, (4), 28-34. Recuperado de http://qnesc.sbq.org.br/ online/qnesc04/pesquisa.pdf
Santos, W. L. P., Gauche, R., Mól, G de S., Silva, R. R. da, & Baptista, J. de A. (2006). Formação de professores: uma proposta de pesquisa a partir da reflexão sobre a prática docente. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 8, 1-14. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/epec/v8n1/1983-2117-epec-8-01-00069.pdf
Souza, A. C. de; & Broietti, F. C. D. (2017). Atividades Experimentais: uma análise em artigos da Revista Química Nova na Escola. In Anais do XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. (p. 1-8), Florianópolis, SC, Brasil. Recuperado de http://www.abrapecnet.org.br/enpec/xi-enpec/anais/resumos/R0148-1.pdf
Souza, F. L. de S., AkahoshI, L. H., Marcondes, M. E. R., & Carmos, M. P. do. (2013). Atividades experimentais investigativas no ensino de Química. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
Suart, R de C., & Marcondes, M. E. R. (2008). As habilidades cognitivas manifestadas por alunos do ensino médio de química em uma atividade experimental investigativa. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, São Paulo, 8(2), 1-22. Recuperado de https://seer.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/2221
Tardif, M. (2002). Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis: Vozes.
Tardif, M., Lessard, C. (2014). O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Tradução de João Batista Kreuch. (9a. ed.) Vozes: Petrópolis-RJ
Zanon, L. B., & Silva, L. H. A. (2000). A experimentação no Ensino de Ciências. In Schnetzler, R. P., & Aragão, R. M. R. de. Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens (p. 120-153). Campinas: Capes/Unimep.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.