A PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DE JAMES PRESCOTT JOULE: UMA LEITURA A PARTIR DA EPISTEMOLOGIA DE LUDWIK FLECK
Palavras-chave:
Ensino de Física, Filosofia, História e Sociologia da Ciência, Ludwik Fleck, James Prescott JouleResumo
O presente trabalho tem por objetivo analisar epistemologicamente a tentativa de James Prescott Joule em substituir o motor a vapor pelo elétrico. Nesta análise histórica, utilizamos as categorias epistemológicas: estilo de pensamento, coletivo de pensamento, circulação intercoletiva de idéias e práticas e as conexões ativas e passivas de Ludwik Fleck. Joule e os demais técnicos de Manchester receberam incentivos financeiros de governos e industriais para substituírem o motor a vapor pelo elétrico, uma vez que havia em Manchester, naquela época, uma cultura da técnica e da busca da exatidão e precisão, na qual Joule estava imerso, o que nos permitiu identificar, inicialmente, estilos de pensamento tecnicista e de eficiência experimental. Entretanto, Joule não conseguiu substituir o motor a vapor pelo elétrico; e a consciência dos problemas enfrentados por ele, na tentativa de fazer tal substituição, levou-o a buscar, por meio da circulação intercoletiva de ideias e práticas, como o estudo dos trabalhos de Faraday e de Jacobi, uma reorientação de suas pesquisas. A partir de nossa análise, o que ocorreu foi uma mudança de estilo de pensamento do tecnicista para o científico. Nesse sentido, Joule passou a investigar questões de cunho científico, como o efeito Joule e o equivalente mecânico do calor, que contribuiu significativamente para o estabelecimento do princípio da conservação da energia. Apontamos, aqui, as contribuições desta análise epistemológica para a discussão de questões da natureza da ciência no ensino básico e na formação de professores de Física.Downloads
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