RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM FÍSICA ENVOLVENDO ESTRATÉGIAS METACOGNITIVAS: ANÁLISE DE PROPOSTAS DIDÁTICAS
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2018v23n3p31Palabras clave:
Ensino de Física, Estratégias metacognitivas, Formação inicial de professores, Resolução de problemasResumen
A metacognição tem recebido atenção especial nos estudos que envolvem a aprendizagem e, aos poucos, vem ocupando espaço no contexto educacional, especialmente por favorecer a autonomia e potencializar a aprendizagem. A partir dessa identificação e tendo por base o estudo de Rosa (2011), que mostrou a pertinência de sua associação com as atividades experimentais em Física, o presente estudo ocupa-se de desenvolver e analisar propostas didáticas que permitam a aproximação desse constructo com a resolução de problemas em Física. O objeto do estudo situa-se em identificar as possibilidades de associar as estratégias metacognitivas com a resolução de problemas em Física, avaliando a sua pertinência didática na voz de futuros professores. Para atingir o objetivo pretendido, o estudo estrutura de distintas formas quatro propostas didáticas de resolução de problemas orientadas pela metacognição e aplica com alunos de um curso de Física - Licenciatura. A análise dos dados coletados permitiu apontar para a viabilidade das quatro propostas didáticas estruturadas e evidenciou que os futuros professores têm uma preocupação em oportunizar a qualificação da aprendizagem de seus futuros alunos e, para isso, se mostram abertos a discutir e analisar alternativas didáticas. Além disso, evidenciou que as propostas podem representar benefícios à aprendizagem, especialmente em termos de contribuir para que os estudantes sejam mais reflexivos e autônomos em suas aprendizagens. Ainda, representou uma oportunidade de aprendizagens de estratégias de ensino que podem ser empregadas nas ações docentes futuras.Citas
Araujo, I. S., & Mazur, E. (2013). Instrução pelos colegas e ensino sob medida: uma proposta para o engajamento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 30(2), 362-384. DOI: 10.5007/2175-7941.2013v30n2p362
Bogdanovic, I., Obadovic, D. Z., Cvjeticanin, S., Segedinac, M., & Budic, S. (2015). Students' metacognitive awareness and physics learning efficiency and correlation between them. European Journal of Physics Education, 6(2), 18-30. Recuperado de http://www.eu-journal.org/index.php/EJPE/article/view/4
Brasil (1998). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Ministério da Educação. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf
Brown, A. (1987). Metacognition, executive control, self-regulation, and other more mysterious mechanisms. Metacognition, motivation, and understanding, In F. E. Weinert, & R. H. Kluwe, (Eds.). Metacognition, motivation and understanding. (pp. 65-116). Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
Campanario, J. M. (2000). El desarrollo de la metacognición en el aprendizaje de las ciencias: estrategias para o profesor y actividades orientadas al aluno. Enseñanza de las Ciencias, 18(3), 369-380. Recuperado de https://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/21685/21519
Campanario, J. M., & Otero, J. (2000). Más allá de las ideas previas como dificultades de aprendizaje: las pautas de pensamiento, las concepciones epistemológicas y las estrategias metacognitivas de los alumnos de ciencias. Enseñanza de las Ciencias, 18(2), 155-169. Recuperado de https://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/21652/21486
Chi, M., Glaser, R., & Rees, E. (1982). Expertise in problem solving. In R. Sternberg (Ed.). Advances in the psychology of human intelligence. v. 1. Hilsdale, N. J.: Erlbaum.
Clement, L. (2004). Resolução de problemas e o ensino de procedimentos e atitudes em aulas de Física. 2004. (Dissertação de Mestrado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação, Centro de Educação, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.
Coleoni, E. A., Otero, J. C., Gangoso, Z., & Hamity, V. H. (2016). La construcción de la representación en la resolución de un problema de física. Investigações em Ensino de Ciências, 6(3), 285-298. Recuperado de https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/577/368
Couceiro Figueira, A. P. (2003). Metacognição e seus contornos. Revista Iberoamericana de Educación, Recuperado de http://rieoei.org/deloslectores/446Couceiro.pdf
Couceiro Figueira, A. P. (2006). Estratégias cognitivo/comportamentais de aprendizagem: problemática conceptual e outras rubricas. Revista Iberoamericana de Educación, 37(6), 1-20. https://rieoei.org/RIE/article/view/2680
Coll, C. (1986). Acción, interacción y construcción del conocimiento en situaciones educativas. Revista de Educación, 279, 9-23. Recuperado de http://redined.mecd.gob.es/xmlui/bitstream/handle/11162/70070/00820073003381.pdf
Davis, C., Nunes, M. R., & Nunes, C. A. A. (2005). Metacognição e sucesso escolar: articulando teoria e prática. Cadernos de Pesquisa, 35(125), 205-230. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/cp/v35n125/a1135125.pdf
Dufresne, R. J., Leonard, W. J., & Gerace, W. J. (2002). Marking sense of students' answers to multiple-choice questions. The Physics Teacher, 40(3), 174-180. Recuperado de https://srri.umass.edu/sites/srri/files/dufresne-2002mss/index.pdf
Efklides, A. (2006). Metacognition and affect: What can metacognitive experiences tell us about the learning process? Educational Research Review, 1(1), 3-14. DOI: 10.1016/j.edurev.2005.11.001
Flavell, J. H. (1976). Metacognitive aspects of problem solving. In L. B. Resnick (Ed.). The nature of intelligence. (pp. 231-236). Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
Flavell, J. H., & Wellman, H. M. (1977). Metamemory. In R. V. Kail, & J. W. Hagen (Eds.). Perspectives on the development of memory and cognition. (pp. 3-33). Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
Flavell, J. H. (1979). Metacognition and cognitive monitoring: a new area of cognitive - developmental inquiry. American Psychologist, 34(10), 906-911. DOI: 10.1037/0003-066X.34.10.906
Flavell, J. H., Miller, Patricia H., & Miller, S. A. (1999). Desenvolvimento cognitivo. Tradução de Cláudia Dornelles. (3a ed.). Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
Hinojosa, J., & SanmartIi, N.(2016). Promoviendo la autorregulación en la resolución de problemas de Física. Ciência & Educação, 22(1), 7-22. DOI: 10.1590/1516-731320160010002
Jacobowitz, T. (1990) AIM: a metacognitive strategy for constructing the main idea of text. Journal of Reading, 33(8), 620-624.
Malone, K. L. (2008). Correlations among Knowledge Structures, Force Concept Inventory, and Problem-Solving Behaviors. Physical Review Special Topics - Physics Education Research, 4(2), 020107-1--020107-15. DOI: 10.1103/PhysRevSTPER.4.020107
Martínez-Losada, C., García-Barros, S., Mondelo-Alonso, M., & Vega-Marcote, P. (1999). Los problemas de lápiz y papel en la formación de profesores. Enseñanza de las Ciencias, 17(2), 211-225. Recuperado de https://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/21574/21408
Meneses Villagrá, J. Á. (2018). Estrategias didácticas para la resolución de problemas en Física. In J. Á. Meneses-Villagrá, & M. J. F. Gebara (Orgs.). Estrategias didácticas para la enseñanza de la Física (pp. 19-41). Burgos, España: Editora da Universidad de Burgos.
Monereo, C., Pozo, J. I., & Castelló, M. (2001). La enseñanza de estrategias de aprendizaje en el contexto escolar. Psicología de la educación escolar, 2, 235-258. Recuperado de https://www.researchgate.net/profile/Carles_Monereo/publication/261082782
Monereo, C. (2001). La enseñanza estratégica: enseñar para la autonomía. In C. Monereo. Ser estratégico y autónomo aprendiendo. (pp. 11-27). Barcelona: Graó.
Monereo, C., & Castelló, M. (1997). Las estrategias de aprendizaje: cómo incorporarlas a la práctica educativa. Barcelona: Edebé.
Monereo, C., Badia, M. C., Muntada, M. C., Muñoz, M. P., & Cabaní, M. L. P. (1994). Estrategias de enseñanza y aprendizaje: formación del profesorado y aplicación en la escuela. Madrid: Graó.
Moser, S., Zumbach, J., & Deibl, I. (2017). The effect of metacognitive training and prompting on learning success in simulation?based physics learning. Science Education, 101(6), 944-967. DOI: 10.1002/sce.21295
Muñoz, Á. V. (2017). ¿Qué hay de nuevo en la metacognición? Una revisión del concepto y su aplicación en los procesos de lectura y escritura. Venezuela. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/306079274
Peduzzi, L. O. Q. (1997). Sobre a resolução de problemas no ensino da Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 14(3), 229-253. DOI: 10.5007/%25x
Pozo, J. I., & Postigo, Y. (2000). Los procedimientos como contenidos escolares: uso estratégico de la información. Barcelona: Edebé.
Ribeiro, C. (2003). Metacognição: um apoio ao processo de aprendizagem. Psicologia: reflexão e crítica, 16(1), 109-116. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/%0D/prc/v16n1/16802.pdf
Ribeiro, C. A. G. (2017). Habilidades metacognitivas envolvidas na resolução de problemas em física: investigando estudantes com expertise. (Monografia. Trabalho Final de Curso). Universidade de Passo Fundo, 2017.
Rosa, C. T. W. (2001). Laboratório didático de Física da Universidade de Passo Fundo: concepções teórico-metodológicas. (Dissertação de Mestrado em Educação). Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo.
Rosa, C. T. W., & Pinho-Alves, J. (2009). A dimensão metacognitiva na aprendizagem em Física: relato das pesquisas brasileiras. Revista Electrónica de Ensenãnza de las Ciencias, 8(3), 1117-1139. Recuperado de http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen8/ART19_Vol8_N3.pdf
Rosa, C. T. W. (2011). A metacognição e as atividades experimentais no ensino de Física. (Tese de Doutorado em Educação Científica e Tecnológica). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/95261/290643.pdf
Rosa, C. T. W. (2014). Metacognição no ensino de Física: da concepção à aplicação. Passo Fundo: UPF Editora. Recuperado de http://editora.upf.br/images/ebook/metacognicao_ensino_fisica.pdf
Rosa, C. T. W., & Rosa, Á. B. (2016). Ensino de Física por estratégias metacognitivas: análise da prática docente. Revista Electrónica de Investigación en Educación en Ciencias, 11(1) 1-7. Recuperado de http://www.redalyc.org/html/2733/273346440001/
Rosa, C. T. W., Darroz, L. M., & Rosa, Á. B. (2014). A ação didática como ativadora do pensamento metacognitivo: a análise de um episódio fictício no ensino de Física. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 7(1), 3-22. DOI: 10.5007/%25x
Rosa, C. T. W., Santos, A. C., & Ribeiro, C. (2017). Pensamento metacognitivo em estudantes do ensino médio: elaboração, validação e aplicação de um instrumento. In Anais do IV Congresso Internacional de Educação Científica e Tecnológica, Santo Ângelo. Recuperado de http://www.santoangelo.uri.br/anais/ciecitec/2017/resumos/comunicacao/trabalho_2742.pdf
Ryan, Q. X., Frodermann, E., Heller, K., Hsu, L., & Mason, A. (2016). Computer problem-solving coaches for introductory physics: Design and usability studies. Physical Review Physics Education Research, 12(1), 0101051-17. DOI: 10.1103/PhysRevPhysEducRes.12.010105
Sanjosé, V., & Gangoso, Z. (2007). Fuentes de obstáculos en resolución de problemas en Física. In Anais da 92ª Reunión Nacional de Física. (pp. 160-161). Salta, Argentina.
Schoenfeld, A. H. (1987). What’s all the fuss about metacognition. In A. H. Schoenfeld. Cognitive science and mathematics education (pp. 189-215). Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
Sousa, C. M., Fávero, M. H. (2002). Um estudo sobre resolução de problemas de Física em situação de interlocução entre um especialista e um novato. In Anais do Encontro de Pesquisa em Ensino de Física, 8, 2002. Águas de Lindóia, São Paulo: Sociedade Brasileira de Física.
Taasoobshirazi, G., & Farley, J. A. (2013). Multivariate Model of Physics Problem Solving. Learning and Individual Differences, 24, 53-62. DOI: 10.1016/j.lindif.2012.05.001
Thomas, G. P. (2013). Changing the metacognitive orientation of a classroom environment to stimulate metacognitive reflection regarding the nature of physics learning. International Journal of Science Education, 35(7), 1183-1207. DOI: 10.1080/09500693.2013.778438
Triviños, A. N. S. (1994). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. (4a ed.). São Paulo: Atlas.
Veenman, M. V. J., van Hout-Wolters, B. H. A. M., & Afflerbach, P. (2006). Metacognition and learning: Conceptual and methodological considerations. Metacognition and Learning, 1(1), 3-14. DOI: 10.1007/s11409-006-6893-0
Werner, C. T., & Otero, J. (2015). A influência da autoridade epistémica e da competência autopercebida no julgamento de estudantes sobre a compreensão da ciência. In Anais do Encontro Nacional de Educação em Ciências, 16. Lisboa - Portugal.
White, R. T. (1990). Metacognition. In Keeves, J. (Org.). Educational research, methodology and measurement: an international handbook (pp. 70-75). Oxford: PP.
Yin, R. K. (2015). Estudos de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
Zabalza, M. A. (1994). Diários de aula: contributo para o estudo dos dilemas práticos dos professores. Porto: Porto Editora.
Zepeda, C. D., Richey, J. E., Ronevich, P., & Nokes-Malach, T. J. (2015). Direct instruction of metacognition benefits adolescent science learning, transfer, and motivation: An in vivo study. Journal of Educational Psychology, 107(4), 954-970. DOI: 10.1037/edu0000022
Zohar, A., & Barzilai, S. (2013). A review of research on metacognition in science education: current and future directions. Studies in Science Education, 49(2), 121–169. DOI: 10.1080/03057267.2013.847261
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.