O CONCEITO DE REPRESENTAÇÃO NA PERSPECTIVA DA TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS DE VERGNAUD
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2023v28n3p01Palabras clave:
Representación; Teoría de los Campos Conceptuales; Psicología CognitivaResumen
Embora haja muitas pesquisas utilizando a teoria dos campos conceituais, o conceito de representação, central na psicologia cognitiva ainda é pouco abordado nelas, pois a maioria dessas investigações parece estar focada na detecção de invariantes operatórios. Nesse artigo, retomamos a noção de representação de Gérard Vergnaud e discutimos a diferença entre esse conceito e o de sistemas semióticos, na perspectiva dos Campos Conceituais. Trazemos o modelo de representação de Vergnaud e apresentamos, ainda, uma relação entre representação e realidade pautada nessa visão. Concluímos discutindo a aplicabilidade do conceito para pesquisas empíricas, propondo linhas de investigação relevantes para a pesquisa em conceitualização e reinterpretando problemas antigos persistentes, tais como a “mudança conceitual” e destacando a importância de uma visão desenvolvimental da representação para o Ensino de Ciências e Matemática.Citas
Arntz, A. (2021). A plea for more attention to mental representations. Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry, 67, 101510. https://doi.org/10.1016/j.jbtep.2019.101510
Bachelard, G. (1996). A formação do espírito científico. Rio de Janeiro, RJ: Contrapunto.
Bunge, M. (2011). Caçando a Realidade. São Paulo, SP: Perspectiva.
Carvalho Junior, G. D., & Aguiar Jr, O. G. (2008). Os campos conceituais de Vergnaud como ferramenta para o planejamento didático. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 25 (2), 207-227. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2008v25n2p207
Chalmers, A. F. (1996). O que é ciência afinal? Brasília, DF: UNB.
Cunha, K., & Ferreira, L. (2020). A Teoria dos Campos Conceituais e o Ensino de Ciências: Uma Revisão. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 20, 523–552. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u523552
Fanaro, M., Otero, M., & Moreira, M. (2009). Teoremas-en-acto y conceptos-enacto en dos situaciones relativas a la noción de sistema cuántico. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 9 (3). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/3992/2556
Freitas, S., & Andrade Neto, A. S. (2023). Gestures in the teaching and learning process: a systematic literature review. Educação em Revista. 39, 239705. http://dx.doi.org/10.1590/0102-469839705T
Greca, I., & Moreira, M. (2002). Além da detecção de modelos mentais dos estudantes: uma proposta representacional integradora. Investigações em Ensino de Ciências, 7(1), pp. 31-53. Recuperado de https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/568
Guisasola, J. Almudí, J. M., & Zuza, K. (2011). University Students’ Understanding of Electromagnetic Induction. International Journal of Science Education. 35 (16), 2692–2717. https://doi.org/10.1080/09500693.2011.624134
Heusy, F., Gaulke, A., & Rocha, C. (2022). Uma visão geral dos recentes trabalhos realizados sobre a teoria dos campos conceituais de Vergnaud. Revista Ciência e Ideias, 13(1). https://doi.org/10.22407/21761477/2022.v13i1.1919
Iezzi, G., & Murakami, C. (1993). Fundamentos de Matemática Elementar. São Paulo, SP: Atua.
Llancaqueo, A., Jímenez-Gallardo, C., & Lebrecht, W. (2013). Progresividad del aprendizaje de fuerza y energía mecánica. In Actas del IX congreso internacional sobre investigación en didáctica de las ciencias (p. 2047) Girona, España. Recuperado de https://raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/307726/397702
Leimegnan, G., & Weil-Barais, A. (1994). A developmental approach to cognitive change. International Journal of Science Education, 16(1), 99-120. https://doi.org/10.1080/0950069940160107
Moreira, M. (2002). A teoria dos campos conceituais, o Ensino de Ciências e a pesquisa nesta área. Investigações em Ensino de Ciências, 7(1), 7-29. Recuperado de https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/569
Moreira, M., & Greca, I. (2003). Cambio conceptual: análisis crítico y propuestas a la luz de la teoría del aprendizaje significativo. Ciência & Educação, 9(2), 301-315. Recuperado de https://www.scielo.br/j/ciedu/a/PT4qZyPn3vfHNdtzFMx8Zjx/?format=pdf&lang=es
Pantoja, G. C., (2019). Classificação de problemas em eletrostática: uma análise epistemológica rumo à construção de um campo conceitual para o conceito de campo eletrostático. Latin-American Journal of Physics Education, 13(4), 4304. Recuperado de http://www.lajpe.org/dec19/13_4_04.pdf
Pantoja, G. C., (2021a). Campos Conceituais e Indução Eletromagnética: Classificação de Problemas em Eletrodinâmica. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 21(1), 1-33. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2021u441473
Pantoja, G. C., (2021b). Conceptual Fields and Magnetic Field: a theoretical model for epistemological classification of tasks in magnetostatics. Investigações em Ensino de Ciências, 26(3), 82-101. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2021v26n3p82
Pantoja, G. C., & Moreira, M. A. (2019). Investigando a implementação de uma Unidade de Ensino Potencialmente Significativa sobre o conceito de Campo Magnético em disciplinas de Física Geral. Revista Electrónica de Investigación en Educación en Ciencias, 14(2), 1-16. Recuperado de http://www.scielo.org.ar/pdf/reiec/v14n2/v14n2a01.pdf
Pantoja, G. C., & Moreira, M. A. (2020). Conceitualização do conceito de campo elétrico de estudantes de Ensino Superior em Unidades de Ensino Potencialmente Significativas sobre eletrostática. Revista Brasileira em Ensino de Física, 42(1), e20200288-2. https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2020-0288
Pantoja, G. C., & Moreira, M. A. (2021). Unidades de ensino potencialmente significativas em indução eletromagnética: um estudo sobre a conceitualização de estudantes de nível superior. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 38(3), 1420-1452. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2021.e75550
Perls, F., Hefferline, R., & Goodman, P. (1997). Gestalt-terapia. São Paulo: Summus.
Scaife, T., & Heckler, A. (2010). Student understanding of the direction of the magnetic force on a charged particle. American Journal of Physics. 78(8), 869–876. https://doi.org/10.1119/1.3386587
Trevisan, R., Serrano, A., Wolff, J., & Ramos, A. (2019). Peeking into students’ mental imagery: the Report Aloud technique in Science Education research. Ciência & Educação (Bauru), 25(3), 647-664. https://doi.org/10.1590/1516-731320190030004
Vergnaud, G. (1982). A classification of Cognitive Tasks and Operations of Thought Involved in Addition and Subraction Problems. In T. Carpenter, J. Moser & T. Romber. Addition and Subtraction: a cognitive perspective (pp. 39-59). Hillsdale, United States of America: Lawrence Erlbaum.
Vergnaud, G. (1983). Multiplicative structures. In R. Resh & M. Landau, (Eds). Acquisition of Mathematics Concepts and Processes (pp. 127-174). New York, United States of America: Academic Press.
Vergnaud, G. (1990). La théorie des Champs Conceptuels. Recherche en Didactique des Mathématiques. 10(2-3), 133-170. Recuperado de https://gerardvergnaud.files.wordpress.com/2021/09/gvergnaud_1990_theorie-champs-conceptuels_recherche-didactique-mathematiques-10-2-3.pdf
Vergnaud, G. (1996). Education, the best portion of Piaget’ heritage. Swiss Journal of Psychology, 55 (2/3),112-118. Recuperado de https://vergnaudbrasil.com/wp-content/uploads/2021/03/3.2-EDUCACAO-A-MELHOR-PARTE-DA-HERANCA-DE-JEAN-PIAGET.pdf
Vergnaud, G. (1998). A comprehensive theory of representation for Mathematics Education. Journal of Mathematical Behavior, 17(2),167-181. https://doi.org/10.1016/S0364-0213(99)80057-3
Vergnaud, G. (2007). ¿En Qué Sentido La Teoría De Los Campos Conceptuales Puede Ayudarnos Para Facilitar Aprendizaje Significativo? Investigações em Ensino de Ciências, 12(2), 285-302. Recuperado de https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/475
Vergnaud, G. (2008). Culture et conceptualisation: l'une ne va pas sans l'autre. Carrefours de l’éducation, 26 (2), 83-98. Recuperado de https://www.gerard-vergnaud.org/texts/gvergnaud_2008_culture-conceptualisation_carrefours-education-26.pdf
Vergnaud, G. (2009). The theory of conceptual fields. Human Development, 52(2), 83-94. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/26764894
Vergnaud, G. (2011). O longo e o curto prazo em aprendizagem matemática. Educar em Revista, (n. esp. 1), 15-27. https://doi.org/10.1590/S0104-40602011000400002
Vergnaud, G. (2012). Forme Operatoire et Forme Predicative de la Connaissance. Investigações em Ensino de Ciências, 17(2), 287-304. Recuperado de https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/187
Vergnaud, G. (2013). Conceptual Development and Learning. Revista Qurriculum, 26, 39-59. Recuperado de https://www.ull.es/revistas/index.php/qurriculum/article/view/65
Vergnaud, G. (2019). Quais questões a teoria dos campos conceituais busca responder? Caminhos da Educação Matemática em Revista, 9(1), 5-28. Recuperado de https://periodicos.ifs.edu.br/periodicos/caminhos_da_educacao_matematica/article/view/296
Vygotsky, L. (2005). Pensamento e Linguagem. São Paulo, SP: Martins Fontes.
Weil-Barais, A., & Vergnaud, G. (1990). Students’ conceptions in physics and mathematics: biases and helps. In J. P. Caverni, J. M. Fabre, & M. Gonzalez (Eds.) Cognitive Biases. (pp. 69-84). North Holland, Netherlands: Elsevier Science Publishers.
Zimmerman, D. (2007). Fundamentos Psicanalíticos: teoria, técnica e clínica. Porto Alegre, RS: Artmed.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Glauco Cohen Ferreira Pantoja
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.