PERSPECTIVA SEMIÓTICA DOS GRÁFICOS COMO PROMOTORES DE ARGUMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2022v27n3p01Palavras-chave:
Alfabetização Científica, Charles Sanders Peirce, EpistemologiaResumo
Os gráficos são uma das maneiras mais comuns de se representar fenômenos naturais ou sociais e sua ampla utilização no meio científico faz com que seja uma das formas de representação com grande importância na alfabetização científica. A partir da consulta de fontes primárias e secundárias sobre o referencial teórico da semiótica, ou teoria geral dos signo formulada pelo lógico, cientista e filósofo estadunidense Charles Sanders Peirce (1839-1914), este artigo tem como objetivo descrever os gráficos como signos semióticos, destacando suas características que induzem a um raciocínio argumentativo, bem como realizar uma síntese epistemológica sobre a estruturação de argumentos de modo com que seja possível a incorporação de gráficos e outros elementos não verbais como integrantes da estrutura argumentativa. A partir de uma análise aplicada da semiótica de Peirce, os gráficos foram descritos como signos simbólicos dependentes de conhecimento prévio do sistema de regras necessárias para se ler um gráfico que representa o respectivo fenômeno; porém, quando interpretados semioticamente, são capazes de disponibilizar premissas (informações acerca do fenômeno) que podem ser utilizadas na estruturação de argumentos, induzindo um raciocínio inferencial que utiliza dessa informações para elaboração de um sistema cíclico de interação entre inferências abdutiva, dedutiva e indutiva, permitindo, dessa forma, incorporar um elemento não verbal em uma análise de estrutura argumentativa.Referências
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