APRENDIZAGEM COOPERATIVA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2019v24n3p01Palabras clave:
Aprendizagem Cooperativa, Ensino de Ciências, Revisão de Literatura.Resumen
A aprendizagem cooperativa é uma metodologia de ensino baseada na formação de pequenos grupos de alunos reunidos com o intuito de realizar uma tarefa com objetivos bem definidos. Ela apresenta diversas formas de aplicação e tem potencial para alcançar algumas das necessidades atuais do ensino, com destaque para a formação de cidadãos em uma sociedade da informação. Considerando, portanto, as possibilidades que a aprendizagem cooperativa apresenta, torna-se imperativo entender como ela vem sendo tratada no campo das pesquisas em Ensino de Ciências. Assim sendo, este trabalho tem como objetivo identificar as tendências da abordagem dessa metodologia em produções acadêmicas em âmbito nacional e internacional. Para tanto, este estudo consistiu em uma revisão da literatura, na qual buscou-se em revistas QUALIS A1, A2, B1 e B2 e nos anais das edições realizadas até 2015 do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) trabalhos sobre a temática. A análise dos trabalhos permitiu observar os seguintes focos temáticos mais frequentes: aprendizagem cooperativa e suas possibilidades; aprendizagem cooperativa e suas estratégias específicas; aprendizagem cooperativa em parceria com outras estratégias; e aprendizagem cooperativa apresentada em perspectiva teórica. Da análise dos resultados obtidos a partir da leitura dos trabalhos foi possível concluir que apesar do crescente interesse de investigadores sobre a temática, suas possibilidades educacionais não foram significativamente exploradas, principalmente no contexto nacional.Citas
Anderson, W. L., Mitchell, S. M., & Osgood, M. P. (2005). Comparison of student performance in cooperative learning and traditional lecture-based biochemistry classes. Biochemistry and Molecular Biology Education, 33(6), 387-393. https://dx.doi.org/10.1002/bmb.2005.49403306387
Aronson, E. (2002). Building empathy, compassion, and achievement in the jigsaw classroom. In J. Aronson (Ed.), Improving academic achievement. Impact of psychological factors on education. San Diego, United States of America: Academic Press.
Armstrong, N., Chang, S., & Brickman, M. (2007). Cooperative learning in industrial-sized biology classes. Cell Biology Education, 6(2), 163-171. https://dx.doi.org/10.1187/cbe.06-11-0200
Bandiera, M., & Bruno, C. (2006). Active/cooperative learning in schools. Journal of Biological Education, 40(3), 130 – 134. https://dx.doi.org/10.1080/00219266.2006.9656030
Banerjee, A. C., & Vidyapati, T. J. (1997). Effect of lecture and cooperative learning strategies on achievement in chemistry in undergraduate classes. International Journal of Science Education, 19(8), 903-910. https://dx.doi.org/10.1080/0950069970190804
Barbosa, R. M. N., & Jófili, Z. M. S. (2004). Aprendizagem cooperativa e ensino de química – parceria que dá certo. Ciência & Educação (Bauru),10(1), 55-61. https://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132004000100004
Barbosa, R. M. N., Jófili, Z. M. S., & Watts, M. (2004). Cooperating in constructing knowledge: case studies from chemistry and citizenship. International Journal of Science Education, 26(8), 935-949. https://dx.doi.org/10.1080/0950069032000138842
Casas, J. A., Pinzón, D.C., & Molina, M. F. (2013). Determinación de cobre y zinc en muestras falseadas de latón. Niveles de abertura como propuesta de enseñanza de la técnica de titulación complexométrica. Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias, 10(3), 445-457. https://dx.doi.org/10.25267/Rev_Eureka_ensen_divulg_cienc.2013.v10.i3.10
Cochito, M. I. S. (2004). Cooperação e aprendizagem: educação intercultural. Lisboa, Portugal: Acime.
Costa, A. R., Oliveira, J. P., & Alves, J. M. (2008). Analisando a construção de explicações individuais e coletivas em aulas sobre ligações iônicas, na 8a série. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 7(1), 86-106. Recuperado de http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen7/ART5_Vol7_N1.pdf
Day, S. P., & Bryce, T. G. K. (2012). The Benefits of Cooperative Learning to Socio-scientific Discussion in Secondary School Science, International Journal of Science Education, 35(9), 1533-1560. https://dx.doi.org/10.1080/09500693.2011.642324
Durán-Garcia, M. E. & Durán-Aponte, E. E. (2013). La termodinámica en los estudiantes de tecnología: una experiencia de aprendizaje cooperative. Enseñanza de las Ciencias, 31(1), 45-59. Recuperado de https://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/285703
Fernández-Santander, A. (2008). Cooperative learning combined with short periods of lecturing. Biochemistry and Molecular Biology Education, 36(1), 34-38. https://dx.doi.org/10.1002/bmb.20141
Francisco, C. A. (2011). Análise de dissertações e teses sobre o ensino de química nos programas de pós-graduação em ensino de ciencias e matemática – área 46/Capes (2000-2008). (Tese de doutorado). Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.
García, A. G., & Tuñón, M. J. I. (2004). El ciclo reflexivo cooperativo: un modelo didáctico para la enseñanza de las ciencias. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 3(2), 148-160. Recuperado de http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen3/REEC_3_2_2.pdf
Gillies, R. (2016) Cooperative learning: review of research and practice. Australian Journal of Teacher Education, 41(3), 39-54. http://dx.doi.org/10.14221/ajte.2016v41n3.3
Gowin, D. B. (1981). Educating. Ithaca, United States of America: Cornell University Press.
Ibañez, V. E., & Alemany, I. G. (2005). La interacción y la regulación de los procesos de enseñanza-aprendizaje en la clase de ciencias: análisis de una experiencia. Enseñanza de las Ciencias, 23(1), 97-110. Recuperado de https://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/22007
Johnson, D. W., Johnson, R. T., Holubec, E. J., Roy, P. (1984). Circles of learning. Virginia: Association for Supervision and Curriculum Development.
Johnson, D. W., & Johnson, R.T. (1989) Cooperation and competition: theory and research. Edina, United States do America: Interaction Book Company.
Johnson, D. W., Johnson, R. T., & Holubec, E. J. (1999). Los nuevos círculos del aprendizaje: la cooperación en el aula y la escuela. Virginia, United States do America: Aique,
Johnson, D.W., Johnson, R. T., & Smith, K. (2007). The state of cooperative learning in postsecondary and professional settings. Educational Psychology Review, 19(1), 15-29. http://dx.doi.org/10.1007/s10648-006-9038-8
Lazarowitz, R., Baird. J. H., Bowlden, V. & Hertz-Lazarowitz, R. (1996) Teaching biology in a group mastery learning mode: high school students’ academic achievement and affective outcomes. International Journal of Science Education, 18(4), 447 462. http://dx.doi.org/10.1080/0950069960180404
Megid Neto, J. (1999). Tendências da pesquisa acadêmica sobre o ensino de ciências no nível fundamental. (Tese de doutorado). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil. Recuperado de http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/252565
Nardi, R. (2005). A área de ensino de ciências no Brasil: fatores que determinaram sua constituição e suas características segundo pesquisadores brasileiros. (Tese de Livre Docência). Faculdade de Educação, Universidade Estadual Paulista, Bauru, SP, Brasil. Recuperado de http://www2.fc.unesp.br/gpec/documentospdf/Teses/TeseLDNardi.pdf
Okekubola, P. A. (1986). The problem of large classes in science: An experiment in co?operative learning. European Journal of Science Education, 8(1), 73 – 77. http://dx.doi.org/10.1080/0140528860080108
Oliveira, J. R. S., Porto, A. L. M, & Queiroz, S. L. (2014). Peer review no ensino superior de química: atividade didática para a apropriação do discurso da ciência. Revista Educación Química en Línea, 25(1), 35-41. http://dx.doi.org/10.1016/S0187-893X(14)70521-X
Seifert, K., Fenster, A., Dilts, J. A., & Temple, L. (2009). An investigative, cooperative learning approach to the general microbiology laboratory. Cell Biology Education, 8(2), 147-153. . http://dx.doi.org/10.1187/cbe.09-02-0011
Silva, O. B., & Queiroz, S. L. (2016). Mapeamento da pesquisa no campo da formação de professores de química no Brasil. Investigações em Ensino de Ciências, 21(1), 62-93. http://dx.doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v21n1p62
Slavin, R. E. (1986). Using Student Team Learning. Washington, DC, United States of America: Professional Library National Education Association.
Slavin, R. E. (2010). Co-operative learning: what makes group-work work? In. H. Dumont, D. Instance & F. Benavides (Eds.), The nature of learning: using research to inspire practice (pp. 610-628). N.P.: OECD Publishing
Stahl, R. J. (1996). Cooperative learning in Science: A handbook for teachers. Menlo Park, United States of America: Addison-Wesley.
Soares, M. (1989). Alfabetização no Brasil: O estado do conhecimento. Brasília: INEP/REDUC. Recuperado de http://portal.inep.gov.br/documents/186968/484330/Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o/f9ddff4f-1708-41fa-82e5-4f2aa7c6c581?version=1.3
Solaz-Portolés, J. J., Sanjosé, V., & Gómez, C.B. (2011) La influencia de las estrategias y motivación en la resolución de problemas: Implicancias para la enseñanza. Latin American Journal of Physics Educations. 5(4), 788-795. Recuperado de http://hdl.handle.net/10550/41752
Sweller, J., Ayres, P., & Kalyuga, S. (2011). Cognitive load theory. New York, United States of America: Springer.
Tanner, K., Chatman, L. S., & Allen, D. (2003). Approaches to cell biology teaching: cooperative learning in the science classroom - beyond students working in groups. Cell Biology Education, 2(1), 1-5. http://dx.doi.org/10.1187/cbe.03-03-0010
Tarhan, L., Ayyildiz, Y., Ogunc, A., & Acar, B. S. (2013). A jigsaw cooperative learning application in elementary science and technology lessons: physical and chemical changes. Research in Science & Technological Education, 31(2), 184–203. http://dx.doi.org/10.1080/02635143.2013.811404
Thurston, A., Topping, K. J., Tolmie, A., Christie, D., Karagiannidou, E., & Murray, P. (2010). Cooperative learning in science: follow-up from Primary to High School. International Journal of Science Education, 32(4), 501-522. http://dx.doi.org/10.1080/09500690902721673
Trautmann, N. M. (2009). Designing peer review for pedagogical success – what we can learn from professional science? Journal of College Science Teaching, 38(4), 14-19. http://dx.doi.org/10.2505/4/jcst09_038_04_14
Valverde, G. J., & Viza, A. L. (2006). Deducción de calificaciones individuales en actividades cooperativas: una oportunidad para la coevaluación y la autoevaluación en la enseñanza de las ciencias. Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias, 3(2), 172-187. Recuperado de https://revistas.uca.es/index.php/eureka/article/viewFile/3858/3436
Valverde, G. J., & Viza, A. M. L. (2008). Optimización metodológica de entornos telemáticos cooperativos (BSCW y SINERGEIA) como recursos didácticos de la química en la producción de hipermedia. Enseñanza de las Ciencias, 26(1), 93-106. Recuperado de http://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/89260/297674
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La IENCI es una revista de acceso libre (Open Access) y no hay cobro de ninguna tasa ya sea por el envío o procesamiento de los artículos. La revista adopta la definición de la Budapest Open Access Initiative (BOAI), es decir, los usuarios tienen el derecho de leer, descargar, copiar, distribuir, imprimir, buscar y hacer links directos a los textos completos de los artículos publicados en esta revista.
El autor responsable por el envío representa a todos los autores del trabajo y, al enviar este artículo para su publicación en la revista está garantizando que posee el permiso de todos para hacerlo. De igual manera, garantiza que el artículo no viola los derechos de autor y que no hay plagio en lugar alguno del trabajo. La revista no se responsabiliza de las opiniones emitidas en los artículos.
Todos los artículos de publican con la licencia Reconocimiento-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0). Los autores mantienen sus derechos de autor sobre sus producciones y deben ser contactados directamente en el caso de que hubiera interés en el uso comercial de su obra.